Embora vivamos para a vida, quando se... Maria Zenith Andrade...

Embora vivamos para a vida, quando se trata da morte devemos considerar que é "quando", não "se" ela virá...
Então...deixando as aparências de lado, de verdade mesmo, gostaria que fosse ao meu velório quem sinceramente simpatizou comigo e me deseja uma boa viagem; aqueles que mesmo com pouco contato, tivessem caridade bastante para orar por mim, como quem acende uma lanterna e entrega na mão do que trilhará uma estrada desconhecida e por isso precisa de luz; apreciaria se aparecesse o desconhecido que um dia leu um artigo no jornal que escrevi e lhe fez bem, alguém que leu uma mensagem, de várias que procurei deixar e lhe fez sentir esperança, os que de algum modo incentivei a lutar por sua alma, as pessoas que mais amei e todos os demais amores e amigos que preencheram meu coração...
Porque falo de morte?
Porque estou viva e ela me espera.
Quero estar pronta no dia em que vier me buscar...
Nesse dia quero merecer ajoelhar-me aos pés de Jesus.
Sei que preciso de mais tempo para alcançar o que almejo.
Por isso trabalho sem férias, por mim...