Emagreça os seus preconceitos Há 06... Alexandre Santos

Emagreça os seus preconceitos
Há 06 anos, bolei por conta própria uma dieta pra mim, que me tirou do corpo quase 40 quilos. Nada de muito específico, mas deu certo!
Por conta disso, respondi uma enxurrada de perguntas, em que posso definir em três principais e repetitivas:
- Podia comer de tudo?
- Tinha que fazer exercício?
- Em quanto tempo?
Eu soube ali, que estava acabando de conhecer a segunda parte onde o “serumaninho” gosta mais de estar na vida: descobrindo ATALHOS.
Logicamente, antes é a ZONA DE CONFORTO - seu habitat preferido.
Nossa espécie atual é apaixonada por fabricar felicidade. Tomar pílulas para esconder tristeza e paga o valor que for para estar inserida na sociedade.
Eu rodei muito tempo para encontrar algo que adequasse ao meu estilo de trabalho em duas jornadas e vida pessoal. Como não sou fã de doces, comigo funcionou bem. Mas, havia uma série de pessoas com diversas particularidades de gostos, vontades, preguiças e disposições que variavam do zero a mil em poucas horas.
Então não deu certo para elas, e por fim, fiquei na minha e toquei minha vida, sem tá passando formulas e nem nada. Até porque há quem se considere gordo, muito, gordo, cheio, cheinho, fofinha e precisando perder só “três quilos”.
De verdade mesmo, ninguém admite nada.
Eu pensei nesse assunto, porque li de um conhecido, um monte de reclamações por conta do Dia da Raça Negra, que não foi lá muito comentada pelos faceboqueanos.
Eu puxei pela história e lembrei que o preconceito é bem mais antigo e não escolhe somente a cor. Mas, também estatura, peso, origem, condição social e uma infinidade de coisas.
Os hebreus que depois viraram judeus, já tinham sido escravizados pelos egípcios, pelo menos três mil anos atrás. Os chineses pelos japoneses. Depois um terço da humanidade pelos romanos, os indianos pelos ingleses, e os judeus pelos alemães com o aval da Itália, Hungria e França.
Não nos esqueçamos, que durante 1880 – 1930 os chineses trabalhavam por comida e água nas construções de ferrovias americanas. Por onde você estude de fato a história da humanidade vai encontrar alguém tentando desumanizar outra raça, outra pessoa.
Ser obeso na nossa época é ter um atestado permanente de “DESLOCADO”. Pois os cinemas, restaurantes, roupas, carros e demais coisas não foram feita para nós. Imagino o dia nacional do Gordo. Deveria ter um também. O bullyng praticado é horroroso e cruel. Segue por toda infância e culmina nas escolhas para namoro das mulheres e rapazes, que afoitos pelo modelo perfeito, dão ombros para quem não tem a forma vigorosa e “gostosa” do padrão atual.
Mas, de minha parte, - tô cagando para quem queira se colocar como vítima! A gente tem de passar por cima ou o rolo compressor do preconceito acaba por atropelar. Por isso fico de saco cheio do ser humano que gosta de atalhos para conquistar suas mudanças pessoais. A gente pega a vida pelo braço e dança ou não dança – não há meio termo. Ficar esperando que alguém diga que você é feio ou bonito, não te leva à lugar algum.
“Tem um rosto lindo”,” se não fosse gorda”,” Meio cheinho, né“. Quando não querem machucar, tentam relativizar as aparências, com suavidades nas colocações.
Não há mocinhos ou mocinhas no filme real da vida. Quando você sai, alguém vai falar de você, mas torça que seja pelo menos para o bem, se tiver sorte. Os pais, amigos e famílias, estão preocupados mais com quem você trás de importante para casa. Ter atitude significa estar consciente do meio ambiente, mas ter posições claras e pensadas, do que quer – como quer ou com quem quer, sem levar uma ou outra opinião baseada em aparências.