Alarme falso Na véspera do dia cinco de... Djalma CMF

Alarme falso

Na véspera do dia cinco de fevereiro último, numa quarta-feira, o prefeito da cidade carioca, aquela mais conhecida como maravilhosa, anunciava a chegada de um ciclone. Ele estava tão convicto de que realmente o ciclone chegaria, que chegou ao ponto de solicitar no alerta, que os empresários liberassem o seu pessoal mais cedo do trabalho, algo que ele fez questão de fazer na prefeitura para dar exemplo. No amanhecer daquela quinta-feira o alvoroço começava com toda força e todos se preparavam para o pior, uma senhorinha, vizinha minha, estava muito preocupada com a divulgação do alerta e imaginava tudo de ruim para ela, pois a sua casa está situada abaixo do nível da rua. E no fim daquela tarde, quando o litoral da cidade foi tomado por um céu enegrecido, cheio de nuvens carregadas, ela se viu em suas imaginações com a sua casa totalmente submersa, e a vila em que mora sendo transformada numa nova Atlântida. Mas como “Deus é brasileiro”, segundo um ministro do governo federal, o ciclone não veio e o prefeito acabou se tornando alvo de gozações nas redes sociais, inclusive dos próprios filhos, como confidenciou a uma repórter. Teve piada para todos os gostos, mas duas me chamaram atenção pela criatividade, são elas: que a cidade não estava preparada para um evento desse porte, a outra era, que o evento foi cancelado por falta d’água no céu, fazendo uma analogia ao racionamento de água que atualmente ocorre no sudeste brasileiro, mas para os religiosos foi uma verdadeira profecia da carne, onde o prefeito tentou ser um pouco do profeta Elias, quando o mesmo viu uma nuvem do tamanho da mão de um homem e avisou ao rei Acabe que viria uma forte chuva, fato que ocorreu com precisão ao contrário do ciclone do prefeito carioca. Eu, particularmente, acredito na boa fé do prefeito e na sua responsabilidade como autoridade máxima, o que faz dele o responsável direto pelo bem estar da cidade e do seu povo, até porque, em algumas cidades vizinhas como: Angra dos Reis, Niterói, Xerém, Baixada Fluminense e parte da Região Serrana, ocorreram recentemente desastres ambientais provocados pelas chuvas, provocando muitas mortes.