2- ESCOLHA ENTRE “VOCÊ” E VOCÊ... Marlon Manhani

2- ESCOLHA ENTRE “VOCÊ” E VOCÊ MESMO.

Já se pegou conversando consigo mesmo? Debatendo ideias, se condenando ou justificando?
Isso acontece porque temos 2 níveis de consciência. O primeiro nível é consciente e o outro subconsciente.
O nível consciente é nosso racional, é exatamente ele que esta lendo esse texto, analisando as informações, ponderando. Imagine-o como uma pessoa experiente, que analisa as situações, da bons conselhos e quer o seu bem.
Já o nível subconsciente, exerce uma grande influência em nosso ser, ele esta nesse momento descontrolado. É um nível muito profundo da nossa mente. Ele pode ser comparado a um jovem, aventureiro, sem experiência e que esta pronto a te fazer errar e te condenar brutalmente.

Não raro escutamos jargões dizendo que nosso maior carrasco, somos nós mesmos.
Ou que nosso maior obstáculo, esta dentro de nós mesmo.

É muito difícil lidar com esse segundo nível, pois ele esta a todo momento nos bombardeando com informações, imagens mentais, fazendo ligação com nossos piores sentimentos.
Não raro ele faz uma leitura do que esta a nossa volta, e faz uma ligação com nosso banco de dados mental (tudo que vivenciamos e sentimos em nossa vida toda), o que desencadeia sentimentos de angustia, desespero, solidão e inferioridade.
Acredito que uma das piores batalhas que podemos travar na vida, é com esse segundo estágio de nossa mente.

O poder de associação negativa desse nível subconsciente é assustador.
A notícia boa é que, a partir do momento que você consegue enxergar esse nível de função cerebral, você começa a entender o que esta acontecendo dentro de você e aos poucos o racional passa a assumir o controle sobre o “irracional”, o consciente passa a dominar o subconsciente.
Isso pode ser desgastante no início, exige muito esforço e determinação, mas é uma luta que precisa ser vencida para se conseguir paz interior e felicidade.
Vamos entender como podemos domestica-lo.
Inicialmente temos que aceitar que o problema existe, seja lá qual seja.
Após isso analise a situação, tente entender o que de fato aconteceu, os fatores ou atitudes que conduziram a situação ao seu clímax. Isso é muito importante em muitos aspectos, podemos destacar a lição que tiramos ao analisar nossos erros e como isso ajudará a não repetir os mesmos erros.
Se analise, honestamente, racionalmente. Não se justifique, lembre-se que você esta se entendendo e a veracidade é vital para um resultado positivo.

Após analisar friamente a situação, entende-la, passe para o segundo estágio.

Quais as atitudes necessárias para conserta-la? O que eu posso fazer, o que esta ao meu alcance?
Por exemplo, você magoou profundamente alguém que confiava em você e ficou claro nessa auto análise que sua atitudes voluntárias ou não culminaram para o resultado.
Você, exclusivamente você, sabe o que de fato aconteceu. Será que não seria o momento para conversar com a outra pessoa? Falar abertamente que você entende que seus erros a magoaram e que gostaria de, por atitudes, tentar reverter os resultados.
Esse agir é muito relativo ao caso concreto, assim vamos nos concentrar apenas na ideia de: Agir, tomar atitudes concretas para lidar com o problema ocasionado.

Infelizmente em alguns casos, não temos mais o que fazer.
Talvez a solução já não dependa mais de suas atitudes.
Nesse momento é vital a aceitação da situação como ela é!
Entenda que você não esta se acovardando da situação e sim sendo inteligente o suficiente para controlar a situação e não piora-la.

Imagina um cômoda com três gavetas. Dentro da primeira gaveta temos nossas atitudes diárias, que temos que lidar no dia a dia. Na segunda gaveta temos as situações a médio prazo, que exige de nós atitudes não imediatas. Na última gaveta temos os problemas que independem de nossas atitudes ou vontade. De que adiantaria, abrir a terceira gaveta a todo momento? Não seria desgastante ou mesmo atormentador?

Entendendo bem isso, voltamos aos nossos dois níveis de consciência.
Lembra que falamos que nosso subconsciente, insiste em trazer nossos problemas? Insiste em fazer associações que nos causam aflição e dor?

Executando o plano a cima, após reflexão, após analisar a situação, após ter agido ou mesmo a aceitação do não agir, temos que jogar fortemente essa postura para nosso segundo nível de consciência.
Por exemplo, nosso cérebro traz a informação involuntariamente, quando essa informação chega ao seu consciente primário, você impõe fortemente sua recusa, embasada em fortes argumentos já assimilados.
Você irá combater esse gatinho, a cada vez que ele trouxer o mesmo problema, o mesmo assunto, a mesma imagem. Lembre a essa criança mimada interna que os fatos são incontestáveis, irrefutáveis e que você não retroagirá. Se imponha.
Num primeiro momento, seu sub consciente, esse segundo estágio de consciência, vai insistir, vai lutar, como uma criança que quer um brinquedo dentro de um mercado, vai espernear, gritar, se jogar no chão.
Mas gradativamente ele observará que você esta assumindo o controle de você mesmo e essa voz, hoje latente e estridente, aos poucos se silenciará.
Dia a dia, a calmaria irá se instaurar. Esse é o caminho para a paz interior.


Nessa segunda parada, a lição aprendida é que, você tem duas vozes dentro de você. Uma quer o seu bem e a outra esta lutando contra você.
Se observe, entenda o que esta acontecendo, se enfrente, tome uma atitude se for possível ou aceite a situação como ela é, e SE IMPONHA!