Hoje me peguei pensando nas idas as... Lene Almeyda

Hoje me peguei pensando nas idas as vezes sem vindas e meio que sentindo a dor de um coração abandonado, me coloquei na sofrida posição que é deixar ir.
Como deixar ir se unilateralmente ainda existe amor?
Se de um lado a chama não apagou .Se o querer de um parece valer por dois, se não há visivelmente possibilidade no depois, se o tempo da partida aperta mais o peito a cada abrir de olhos, a cada badalada do relógio a cada anoitecer. Se ainda há roupas misturadas nas gavetas, se há marcas na memória, o cheiro na pele.

Não existe um contrato no amor, e se houvesse existiria uma cláusula que prejudicasse apenas um lado?
Acordei fazendo os questionamentos de quem é deixado, e como são dolorosos.

Até que uma frase, numa rede social, daquele que partiu e me parecia quase cruel , porque não se abandonada quem te foi leal, e na tese funcionava bem assim.

Dizia : " Quero somente ser feliz e viver minha vida , mais ta complicado. Entendam ,ninguém é dono de ninguém!! "

Me fez repensar nesse contrato imaginário nas suas cláusulas e na lealdade.
É individual o compromisso de se fazer feliz. O sentimento de agora não interfere no que passou, foi amor.
Seria legal se não funcionasse assim, mas é; amor desgasta, amor acaba, por outro lado, amor respeita, amor não aprisiona.
E na definição de amor mais real que já li resumisse;
"O amor não se conduz de maneira inconveniente"
Se conveniente for pra um ,não seja o atroz, deixe ir, isso é amor ,agora.. relação só se vive a dois.