Moço, sei que não entende metade... Nanda Ribeiro

Moço, sei que não entende metade dessas minhas inseguranças, desses meus dramas, e eu também, nunca consegui explicar direito. Só sei que tudo aqui no peito e nesse meu cérebro inocente, é confuso, até mais do que parece.
Eu costumava acreditar no grande amor, desses de novela ou de cinema, com momentos e finais felizes, mas levei uma rasteira, que deixou seqüelas, das quais me deixaram assim, exatamente dessa forma insegura.
Assim que te encontrei, reencontrei o grande amor, o qual despertou o desejo de tentar mais uma vez. De arriscar sem medo de ser feliz. Mas o único medo que ficou grudado nessa minha paranóia foi o da perda. Da sua perda, entende?
Do amor, eu havia desacreditado. Achei que jamais poderia amar alguém novamente, até que você apareceu e fez meu coração reascender para a esperança. Capaz de viver novamente. De ter um motivo para sorrir.
Quando você apareceu, fiquei apavorada, tentei ser segura e confiante. Mas toda essa camuflagem não durou muito tempo. Em questão de dias, deixei escapar toda aquela pessoa neurótica e dramática que existia aqui dentro.
Não é que eu não confie no meu “taco”. Pelo contrário, sim, eu confio e acredito na gente. Mas toda essa insegurança e desconfiança funcionam de alerta pra mim, e eu não consigo impedir que elas dêem um sinal quando corro risco.
Pode ser que você nunca consiga entender toda essa bagunça. Mas só te peço um pouco de paciência, porque por você eu venceria toda essa barreira.
Preciso que você me abrace forte e não desista de nós.
Tenho pânico de pensar em te perder e eu sei que isso te assusta, mas eu não agüentaria mais um tombo daqueles.
Prometa-me que ainda estará aqui quando eu acordar. Prometa-me que nunca vai desistir da gente. Prometa-me um abraço apertado em dias de angústia. Prometa lembrar-me o quanto sou especial. Prometa-me sempre ficar. Prometa-me amar. Que eu lhe prometo Amor.