Uma das grandes marcas da... Joelson Ramalho Rolim

Uma das grandes marcas da contemporaneidade, e a propositura e reafirmação do ser humano em um completo e constante estágio no vazio, na angustia, perdido e vagando para lugar nenhum, melancólico e reprimido, atormentado e inquieto, atribulado e em constante embargo, aflito e diante de incertezas/ inseguranças/ dúvidas, amargurado e muitas vezes sem um norte, fugindo/ se escondendo da voracidade e do implacável real- propiciando sempre os dogmas e incongruências do ideal e do possível. É em síntese um retrato fiel das condicionantes que nos completam e nos amordaçam, perante a trajetória no acaso, do íntimo e do voraz silêncio que nos aflige. Essas são características sólidas, palpáveis, alternadas de desconfiança e incompreensão nos passos no deserto. Não visto e revigoro o drástico à toa (me atesto e me aprimoro), não contemplo a tragédia (apesar de acha-la fascinante e necessária, grosso modo), me debruço e encarno o cético (procedimento fundamental na construção do pensamento racional). Tenho simpatia, afinidade e uma leve sensação de espanto com o Niilismo (uma etapa a fundo- no abismo das garantias e incoerências das relações humanas).