BANDEIRANTE O sol se põe na terra... André Zanarella

BANDEIRANTE

O sol se põe na terra estranha,
A lua linda e cheia é joia rara.
Índios engravatados pela mata,
Metros lotados de guaranis,
Fantasmas de um passado...
Nas marquises os drogados,
Nos bancos das praças os bêbados,
A floresta se ergue a cada esquina.
Queria ser um bandeirante,
Explorar os seus segredos,
Demarcar os seus segredos,
Apenas para lhe fazer feliz.
Traduzir os segredos das ruas,
Das matanças sem um porque,
Da solidão daqueles que ousam,
Ousam a amar e ser diferente.
Quero explorar seus caminhos,
Despertando o melhor de mim,
Assim explorar outros caminhos,
Outras matas fechadas,
Podendo fazer outros melhores,
Espalhando amor ao meu redor,
Pois amar só gerar mais amor,
Quero ir às lapides onde mães choram,
Guia-las para fora da floresta negra,
Ver os velhos nos asilos e guia-los
Para o sol da clareira...
Quero espalhar trilhas de amor,
Ser um bandeirante futurista,
Mas para isso preciso que me ame,
Assim poderei repartir meu dom mais precioso,
E o Deus não terá uma religião,
Pois ele será apenas o amor.
E todos seremos apenas irmãos.
Deixe-me ama-la e me ame,
Pois com você sou o melhor de mim...
Não me abandone jamais...
Assim viveremos sempre no paraíso...

André Zanarella 12-02-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4786368