Eu ando tão infeliz, sufocada em... Raileza

Eu ando tão infeliz, sufocada em malditas lembranças que diariamente reabre feridas. Ah, João, eu sinto tanta raiva de não conseguir te perdoar. Dói tanto aqui dentro. Eu não tenho dormido direito. Meus pesadelos estão frequentes. E não há esforço que eu faça, que eu consiga de fato de perdoar. E eu quero tanto João, tanto. Quero me livrar do fantasma que você se tornou na minha vida, quero viver minha paixões e quem sabe João, retribuir um desses carinhos que eu recebo em uma esquina qualquer. Nesse momento eu sinto um nó na garganta, dá vontade de te ligar e te falar tanta coisa, falar das coisas que você jura que eu não sei, das minhas mágoas, de quanto você foi a maior decepção da minha vida. E não era mera expectativa João, você já foi um bom rapaz, decente, confiável. Você mudou João, abriu uma porta pela qual eu passei e nunca mais consegui entrar de volta. Eu venho sempre nela, fico perto de você, mas nada mais do que isso, as vezes eu te olho pela janela mesmo. E João, enquanto eu tiver essa mágoa, o meu ódio e meu suposto amor estarão aqui. Me corroendo feito ácido, estragando meus dias e impedindo minha evolução. Eu te odeio tanto João, tanto. Eu te amo tanto, João. Você deveria morrer, ou eu deveria morrer.