Voam Alberto Duarte Bezerra Voa a ave... Alberto Duarte Bezerra
Voam
Alberto Duarte Bezerra
Voa a ave tranquila,
sobre os ares que descansam sobre o mar
e rompendo seu caminho ao acaso,
não vê ondas, não vê peixes nem o mar.
Águas verdes, azuis passam,
mas nas águas não cogitas mergulhar,
apenas voa, voa e vai em frente,
sem saber o porquê deste voar.
Passam terras,
E maravilhas florescem sobre o mar,
Animais, plantas, peixes e flores,
Mas não olha, não vê formas nem cores,
Apenas voa, voa, sem parar,
A mãe pássaro que partiu ainda há pouco,
mas com algo entre os bicos irá voltar.
As árvores que com seus galhos sempre fazem,
uma sombra pro seus frutos repousar.
E você que já passou e já foi pra tão longe,
que não notou, que não sentiu e nada viu,
a esta hora deve estar a sucumbir,
a esperar outra jornada pra parar.