Preferi pensar em você como se fosse... Eu me chamo Antonio

Preferi pensar em você como se fosse inalcançável. Como as estrelas do cinema, mudo, antigo. O cinema de hoje não tem nenhum apego. As divas são todas iguais: produzidas, facilmente recicláveis. A beleza natural morreu. Mas você sobrevive. É atemporal. É bonita agora, brilharia nos anos 70 dedilhando o solo de Stairway To Heaven em uma guitarra imaginária, teria um charme único na década de 20 lendo as notícias sobre as consequências da Primeira Guerra, e seria sem dúvida a mais bela descoberta do Renascimento, no século XV, ou daqui a 100 anos, (na lua?), onde ainda nem sequer existe padrão estético para defini-la. Preferi pensar em você como se fosse inalcançável; só assim posso me distanciar sem doer de qualquer coração em qualquer época, em qualquer tempo, sem qualquer medo. O esquecimento forçado e a lembrança calejada também são atemporais.

“Se você estiver ocupado demais para me ligar, eu vou entender. Se você não tiver tempo para me mandar mensagens, eu vou entender. Se você tiver fazendo algo mais importante e não puder me ver, eu vou entender. Se você fingir que não está nem ai pros meus sentimentos e continuar me ignorando, eu vou entender. Se você continuar desperdiçando seu tempo de vida com coisas fúteis, eu vou entender. Mas se eu parar de te procurar, aí é a sua vez de me entender.”