Plástico Bolha. Socialmente doentes,... Tatiana Sobreira

Plástico Bolha.


Socialmente doentes, rumo 'as catástrofes do humano, caminhamos e insistimos em querer ser esta profusão acelerada e descontrolada de destruição do si e do que nos fora confiado no decorrer da longa jornada de cada um.
Ironicamente é este o filme: "Pais adoecendo filhos com suas ansiedades geradas por um mercado mundialmente conhecido como "consumismo e da produção em massa de operários de coisas quaisquer".
A guerra tornou-se banal e a beleza da vida, cada vez mais, deu lugar ao Plástico Bolha que envolve a Terra.

Sim!
Nos tornamos máquinas de fazer nada.
Humanos gordos.
Humanos secos.
Humanos superficiais.
Humanos bonecos.
Humanos que querem ser perfeitos e fabricados em série produzidas por si, os próprios humanos.
A industria da beleza do supérfluo roubou o lugar do Conhecimento e deu lugar a crise de identidade..."


-Opa, opa, opa!! O que é isso? Ufa! Mais uma ilusão gerada pelo grande mago da terra: HUMANO? É. E eu que pensei que tudo isto seria real. Será?

Para que servem, de fato, todos estes anos que gastamos?
Para que nos demos de presente bilhões de anos de evolução para chegarmos na anulação do avançar Conhecendo?
Para que então adoecer o corpo e a mente com ações destrutivas em nossa máquina e n´outras se já sabemos qual é o caminho?
Para que nos serve tamanha ebulição instintiva e sagacidade se nem sequer queremos utiliza-las 10% por puro medo de avançar perante o coletivo e consigo?

É, meus amigos.

Transformar este plasma que geramos diariamente dentro de nós em vida de qualidade não é fácil!

A reconstrução do “Novo Viver” nesta “Nova Era” soa tão absurda como querer usar as roupas de sacerdotes do Egito antigo, aqui materializados, em pleno século XXI. Como fora imprescindível a visão daquele povo e de outros para várias áreas, e portanto, a sobrevivência do humano atual: astronomia, matemática, astrologia, engenharia, gastronomia, e etc., Tudo (digo tudo) para o avançar do dito homem moderno.

Ao passo que evoluímos encarceramos e aprisionamos o humano atual.

Mudança não significa progresso.

Somos, em sua maioria, sem profundidade, e por vezes, tão intensamente superficial que abarcamos até os horizontes mais densos dos sentimentos naturais e instintivos para dar lugar ao "sei alguma coisa, talvez eu saiba, tá bom assim e por aí vai...", então matamos para dar lugar a inúmeras confusões e conflitos internos, familiar e social. Forçosamente as “pressões” que nos desviam do nosso próprio eixo. Coitados de nós medíocres e necessários para o convívio.

Cadê o apertar das mãos, o abraço, a discussão salutar, as brigas entre classes, o encantar-se por si e por todos?

-Sem hipocrisia, sei que dá um tantinho assim, para sermos menos ou mais.

Desacelere um pouco.
A arte do observar proporciona uma forte decisão perante nossos dias: a de criar este novo Plasma interno e depois dar corpo do Conhecimento.
Este humano mais natural e possível, e que pode alcançar as raias da limpeza mais profunda da nossa espécie, e ser o que somos em nossa evolução, pode e deve vir a ser o que é: Matar, Gerar, Desenvolver, Construir, Moldar, Ajustar e tornar-se Dono de Si.
Tudo soberanamente delicioso.

Deixe o corpo pronto para o que vem pela frente em Conhecimento e assuma o que é seu por natureza:

Nascemos livres e não precisamos da liberdade.
Nascemos donos de si e não precisamos de patrões.
Nascemos o eu e não precisamos do todo.
Nascemos indivíduo e não comunidade.
Nascemos tudo e o que precisamos é do Nada.

Na disciplina do exercício de “indivíduo”, o Eu, se dá por amor e ódio ao Deus e Diabo com extrema satisfação em viver a dualidade.
A morte súbita foi fácil.
A vida longa é difícil.
Vida longa ao Rei e a Rainha chamada Vida.

T.S