Antes quando me perguntavam qual era o... José Octávio

Antes quando me perguntavam qual era o meu maior medo, eu saberia responder sem dúvidas, perder quem eu amo. Tempos se passaram, e percas foram inevitáveis, percebi que nada é pra sempre, e tudo tem seu fim, vai de um amor de namorados, a um amor de mãe. Hoje em dia, talvez consiga superar uma dor de perca, eu disse talvez, pois é uma dor inigualável, e não existe nada pior, nada mesmo, acredite em mim. Foram tantas percas na minha vida, que hoje eu não sei se dou risada do destino, ou se choro por mais uma pessoa que ele me levou. O destino costuma nos pregar peças conforme o tempo passe, e justamente em momentos altos da vida. Tenho certeza que os que se foram, estão em algum lugar bem melhor do que esse mundo monótono que vivemos hoje em dia, na verdade, acho que qualquer lugar hoje em dia, é melhor do que ao lado dessa humanidade. Porém, a saudade, resta realmente pra quem fica, e não pra quem parte. Hoje, tento aproveitar e fazer valer ao máximo cada segundo ao lado das pessoas que amo, vivo falando eu te amo a elas, não por falsidade, e sim por não saber qual será o último que darei a elas. É como eu disse, o destino prega peças, lembro como se fosse ontem, eu brincava com o meu amigo, em um balanço, disputávamos quem conseguiria ir mais alto naquele brinquedo, aproveitamos ao máximo, porque no dia seguinte, ele iria viajar, passar as férias com o resto dos familiares dele, brincamos a tarde inteira. Cheguei em casa, dormi sabendo que meu amigo viajaria naquela mesma noite. Acordo de manhã e recebo a notícia que ele morreu em um acidente do carro que ele estava com um caminhão, e desde aquele dia, achei melhor não me apegar, porque sempre iria ter a famosa perca daquela pessoa, o destino sempre leva quem amamos, aproveito ao máximo com quem eu amo, pois daqui talvez um segundo, pode ser muito tempo, e a pessoa já poderá ter partido.