Fico lembrando do passado, das minhas... Valmir Mizio

Fico lembrando do passado, das minhas histórias, rolos, namoros e fiquei analisando como tudo começa. Aquela cosia da paquera. O lado bom da história é esse. Olhos nos olhos, sorrisos, química, ansiedade, vontade um do outro. Aí você cria todas as expectativas, brilho no olhar, alegria contagiante, tudo é bom, tudo é saudade. Passados algumas semanas, onde tudo vai se moldando para um relacionamento sério, eis que damos de cara com os desafios. As coisas começam a mudar, começamos a exigir, a não ter tanta saudade, a ignorar algumas cosias. É, chegamos na rotina. Aí que damos de frente com a realidade. Ele não é essa coisa toda, tem mania de colecionar heróis, parece criança, gosta de sair demais, não perde uma balada; ela tem celulite, sempre quer ir embora mais cedo quando estão numa festa. Fica chata, ciumenta, insinua demais. É, chegou a frustração, um balde de água fria e tudo desanda. Tem que ter muita vontade de estar ao lado do outro. O momento onde percebemos os defeitos daquela pessoa, exige que o amor, quando verdadeiro, entre em ação. É preciso muito respeito, admiração e consideração. Querer estar juntos e que seja pra tudo. Na saúde e na doença. É, relacionamentos, no momento atual, é um grande desafio. Desaprendemos a nos doar porque estamos caindo na armadilha de achar que ninguém mais vale a pena. Vai ver seja por isso que as pessoas preferem apenas 'ficar', se pegar por aí, preferem os rolinhos, ao invés de assumir um compromisso sério.