Uma carta de alguém muito querido:... JP, Assofras

Uma carta de alguém muito querido:

Queridos amigos,

De todos os sentimentos humanos, sou tão forte que, sumariamente, consigo sucumbir os demais.
Não, não sou o amor! Ele pode ser lindo e maravilhoso como dizem, mas é passageiro e todos vocês sabem disso, querendo ou não aceitar tal fato.
Também não sou o ódio, apesar de muito expressivo, esse se deteriora com o tempo transformando-se em trist
eza, arrependimento ou simplesmente esquecimento.
E nem alegria, e nem tristeza, nem compaixão tão menos saudade. Todos eles são “regulados” pela intensa rotina do dia-a-dia que vocês vivem.
De uma forma dura e fria, eu me mantenho por tempos e tempos. Acentuando vossas imaturidades e, vos tornando pessoas mesquinhas, me passo despercebido quando me elogiam, comparando-me a forte personalidade, quando na verdade estou mais próximo de: receio de encarar o outro e os fatos.
Assim, sou eficiente e vou afastando as pessoas umas das outras, dificultando as relações e vos tornando adeptos de um individualismo irracional, guiado puro e simplesmente por breves momentos emotivos.
Assinado, o Orgulho.