Hoje ao vir para casa, sentindo a chuva... Emilly Laurindo

Hoje ao vir para casa, sentindo a chuva cair sobre meus olhos, consegui ler uma placa que dizia ”O que te faz feliz?” então, parei e perguntei para mim mesma: ”O que me faz feliz?” Eu ri com a pergunta tola que eu acabava de me fazer, pois eu sabia muito bem oque me fazia feliz, oque me deixava bem acima de tudo. Era ele. Como sempre, ele. E minha mente já estava cansada de saber isso, ele passava por minha cabeça milhares de vezes no dia. Ele que sempre estava me fazendo rir com as coisas mais tolas e bobas de todas. Ele que me prendia a realidade, e ao mesmo tempo conseguia me tirar dela. Era ele quem eu procurava quando eu estava triste, era ele por quem eu chorava quase todas as noites… Pois eu era boba. Sensível. Tinha um medo enorme de perde-lo, pois eu sabia que não resistira sem ele. Pois sem ele eu era fraca, sem ele uma parte grandiosa de mim estaria sumindo, se partindo, desabando. E como qualquer outra garota boba e apaixonada, eu dava meu mundo por ele, se importava mais com ele do que comigo mesma. Até que chegou um dia que ele se foi. E sempre irá chegar essa parte de nossas vidas, que os nossos amores se vão. E ficam só na lembrança, no passado. Temos que aprender que nada é pra sempre, ao não ser as lembranças, a saudade. Continuei caminhando pela rua fria, e sentindo a chuva cair sobre mim, então consegui ler outra placa que agora, havia uma frase do filme Titanic, dita por Rose: “Ele me salvou de todas as formas que uma mulher pode ser salva, e eu nem tenho uma fotografia dele”. Dessa vez as palavras desapareceram dos meus lábios, e senti lágrimas brotarem em meus olhos. Percebi de vez, que ele tinha partido, e que não havia ninguém mais nesse mundo que me desse motivos para sorrir. Então me perguntei de novo: ”O que me faz feliz?