Barreira do inferno Uma noite sombria... Túlio Mércio

Barreira do inferno

Uma noite sombria como a muito não via. Uma alma perdida grita entre nós, pedindo perdão para viver.

Uma centelha acesa ilumina na noite um beco escuro; um silêncio profundo; apenas visível a luz da centelha.

Fique entre nós, encontre sua luz, dizia uma voz: só haverá noite, apenas verás dia se encontrardes a luz da centelha.

É triste ver uma alma perdida clamando a morte apenas sossego, implorando a vida um novo começo, mas quem ousaria o risco correr de um novo erro?

Quando a centelha apagou, nada se via nem mesmo a noite; vozes e agonia e um vento de açoites jogava a alma por qualquer lugar.

O corpo muito sofria, mas a alma perdida já o esquecia, apenas o via uma lembrança vazia; dolorosa lembrança.

O tempo passou e foi tão longa a noite e a alma sumiu com a noite... a noite, na cidade do sol.

Nem tudo é exatamente como é. Relatar-se; um fato; pode nem ser o que é!

Às vezes metáforas são bem mais convincentes do que dados e bases, discursos eloquentes.

Uma noite na terra do sol, Las Vegas nem parece tentação.

Uma noite na terra do sol, tanta tentação"!