O que não dava era ficar sempre no... Diogo Pedro

O que não dava era ficar sempre no limite, onde todos acreditavam que eu sempre estava,
E se dali eu sair? Quem colocaria a mão no fogo por mim? Quem iria me acalmar?
A distância mesmo nós estando perto ela existia e pode apostar, dói bem mais que quilômetros e quilômetros. É um choque, é uma parada-cardíaca, é uma língua mordida, era algo que só se sentia na hora e estando próximos, digo que na primeira vez que me senti longe de você foi um tapa, foi chute na cara, mas em momento nenhum queria que você se sentisse assim.
Se após um choque eu ter que beber água pra me acalmar, assim farei.
Se após um machucado eu ter que fazer um curativo, assim farei, o que não posso é deixar meu descuido me machucar e em vez de errar uma vez, errar duas.
Eu sempre carregado de modems que faziam em mim, onde a noite passava horas tentando me deixar como realmente sou, tentando deixar reto a parte que dali fizeram um circulo. Uma voz, um grito, um gesto me deixava molengo de novo, era como uma massa de cimento, se a providência não fosse tomada daquela forma ficaria.
Sei que não queria ninguém responsável pelos meus atos, sei que não queria deixar de falar o que sinto, mas era mais forte que eu e a firmeza de deixar o meu eu falar se apagava. Era como uma bateria fraca, onde só carregava com você.