A gente passa anos acreditando que amar... Larissa Dias

A gente passa anos acreditando que amar é sentir borboletas no estômago. Aí, em um dia comum e sem nem estar usando aquela pulseira da sorte, aparece alguém que simplesmente te faz sorrir e sentir alguma coisa que você não sabe exatamente o que é… mas é bom. E esse sentimento cresce tanto que a gente começa a desconfiar que nunca entendeu (e talvez nem vá entender) o que é amar.
Daí a gente começa a ser bem cuidada e entende um carinho, através do olhar. Daí você se pega sorrindo no meio do filme de suspende. Termina os dias sentindo o toque, e mesmo que sozinha, dorme bem. E é no sentimento de segurança que a gente aprende que amar é muito mais que desejar estar perto. Amar é sentir ciúmes, mas confiar cegamente, é entender que a bateria acabou, que o trânsito estava caótico, que a noite com os amigos, é simplesmente baralho e cerveja, e que ele está com você porque realmente não quer mais ninguém. É perdoar sem nem precisar pedir perdão.
Amar nunca foi sentir borboletas no estômago. Amar nunca vai ser desconfiar. E é com aquela pessoa, que conheceu em um dia comum, que a gente percebe que amar é se descobrir, é não entender e entender, é se sentir única, especial.