Força
Permita-se o descanso profundo. Recarregue a alma para retornar não apenas com força, mas com a serenidade que move montanhas.
A história nos ensina que o maior poder não reside na força do cetro, mas na força da mente iluminada, capaz de penetrar a superfície e tocar a fibra mais sensível da condição humana, o amor. Salomão demonstrou que a inteligência sem empatia é estéril, mas a inteligência a serviço do afeto é justiça. É um lembrete eterno de que cada um de nós carrega a responsabilidade de julgar com sabedoria, pesando não apenas os fatos, mas o custo humano de cada decisão impensada. Que a sua régua seja a ternura e o seu julgamento, a misericórdia.
O caminho da reflexão é solitário, mas essencial, ele nos força a encarar o espelho da alma, onde os disfarces caem e a essência nua de nossas fraquezas e grandezas se manifesta. Só nesse mergulho interior é possível encontrar a sabedoria para julgar a própria vida com retidão, e a coragem para assumir que nem sempre o nosso direito é a nossa verdade mais profunda. A maturidade é a aceitação de que somos mestres e alunos no tribunal silencioso do coração. Reserve um tempo hoje para ouvir o que sua alma tem a dizer sobre seus próprios vereditos.
A verdadeira força está na vulnerabilidade de amar sem exigir garantias, entregando-se ao risco da bondade.
A força que tanto busco não está distante. Ela reside, humilde e poderosa, no inesperado e constante aconchego ao meu lado.
Exausto ou não, a força me encontra no único abraço que nunca afrouxa o aperto e jamais permite a queda.
A busca na noite e a força do amor
nas fendas do rochedo, onde o mundo nos procura, é lá que a nossa voz se torna suave e a nossa figura é vislumbrada em sua máxima pureza.
A sua paixão é a força da morte e a voracidade do Sheol, uma lei mais antiga que o tempo, que não aceita resgate ou suborno.
A força visceral só emerge quando a existência, em um ato de desnudamento brutal, nos priva de todo e qualquer pilar externo.
Enquanto o mundo vocifera a exigência de força, a Fé sussurra a coragem paradoxal de se render ao pedido de ajuda.
