Filha Sinto a sua falta
“Não quero receber presente se vem de alguém que carrega sentimentos negativos de mim e falta de respeito. Prefiro ficar sem nada e ser respeitado do que ser controlado e refém do consumo das coisas que recebo”
Falta do seu afeto
Saudades do seu beijo
Que acelerava meu coração
Fazendo o tempo parar
No calor da emoção
Saudades do seu abraço
Que me acolhia do frio
Aquecendo com seu amor
Nesse dia tão sombrio
Saudades do seu toque
Que acariciava o meu peito
Com a suavidade de suas mãos
Tornando cada momento perfeito
Quando foi o seu último?
Beijo, abraço, toque...Lembra?
Saudades desses pequenos gestos
Simples carência humana
Hoje, só restaram as palavras
Que descrevem quanta falta faz
O afeto entre as pessoas
Isoladas e distantes é capaz
A sinergia entre o trabalho e o movimento decorrente dele nos faz pensar que há tristeza nos feriados e domingos. É o costume que produz a sensação de falta.
Precisamos fazer um inventário psicológico de nós mesmos para conhecer o que nos sobra e o que nos falta.
Dói-me tanto, vê-lo a passar e não dizeres nada, tudo bem, que agora não te importas com ninguém ao seu redor, mas eu acho uma tremenda falta de consideração depois de tudo que eu fiz por ti.
"Viver em gotas é terrível para alma. O corpo se compadece da alma que esvaece de pouco em pouco.
Viciado, mas negado oferecido, mas não entregue. Assim em passos lentos a falta está naquilo que nunca está inteiro. Em parte, sempre faltando e aos poucos desfalecemos pelo amor que nos foi retribuído de maneira tão artificial, visceral e nada natural."
Se cada um soubesse e busca se o pedacinho incompleto que nos falta e encontra se em excesso e abundancia no outro. Viveríamos e existiríamos mais felizes e completos.
CAÇADORA
Olhas-me com um olhar tão doce.
Olhas-me como se teu, eu fosse.
Me acanho, tem horas que me sinto
preso a ti, e por que?
Não sei.
O teu olhar, prende como se a
qualquer hora, sobre mim, venhas a
triunfar.
Mulher sensual e linda,torna-me teu
em definitivo.
Se não te vejo, falta sinto e procuro-te,
me expondo.
De ti atrás sempre eu vou.
Assim, na busca do teu amor,a caça vai
ao caçador.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras Brasil
Membro da U.B.E
Falta
A perda é singular
E eu não imaginara
Que em mim teria
Tanta voracidade
Até sentí-la
A aflição da saudade
Me mantém vivo
Entristecidamente vivo
Sobre falsos sorrisos
E gestos calmos
Me mantenho
Para nunca mostrar
A dor da falta
Na minh'alma
Diante de inúmeras e graves enfermidades, chagas e dores, existe um gesto que é ainda pior do que todas elas, é a doença da alma, caracterizada com a indiferença, frieza, crueldade e falta de amor, desrespeito e ausência de empatia diante do sofrimento alheei-o.
Nunca mais fico de bem.
Vez ou outra, na minha infância, eu escutava alguém dizer: "vou ficar de mal! Nunca mais fico de bem". Achava isso bem estranho; ficava pensando o que seria esse 'de mal'. Fato é que não entendia aquela fala. Até porque, como geralmente vinha da boca de uma criança, depois de poucos minutos, uma chamava a outra para "voltar a ficar de bem". Lembro que nunca fiquei de mal. Por volta dos 8 anos, tive uma discussão com umas amigas e fui embora pra casa. Não tinham se passado nem 15 minutos quando elas foram me chamar para jogar queimada. Não havia em mim um só resquício de irritação. Nem nelas.
Mas, lá com uns 13 anos, voltando de ônibus da escola, uma de minhas amigas que cresceu e estudou comigo entre os 7 e 9 anos, começou a me instigar, falando que a escola dela era milhões de vezes melhor que a minha. Tivemos uma discussãozinha de adolescente, em que eu fiquei curtindo com ela, levando-a na brincadeira, e, no final, ela ficou bem brava. Foi uma tolice, porque foi a primeira vez que alguém ficou de mal de mim. E o afastamento que veio em seguida foi bem doloroso. Nunca deixei de gostar dela, mas não a procurei para pedir que voltássemos a ficar de bem, nem ela a mim. Só fomos voltar a trocar algumas palavras quando já éramos adultas, casadas, com filhos. Não é lamentável?
Depois disso, aprendi o que era ficar de mal; é deixar o mal crescer dentro da gente; é perder aquela virtude infantil de sentir o valor do outro. É óbvio que o outro não deixou de ser querido; é óbvio que gostaríamos de reatar os laços; mas deixamos o rancor ir crescendo, permitimos que ele vá dando um sabor amargo nas lembranças antes tão doces ou tão bem temperadas. Tantas aventuras, gargalhadas, travessuras que nem nos permitimos mais ventilar na memória... Agora estamos de mal.
Antes fossem só as crianças que ficassem de mal; elas sim, sabem fazer isso do jeito certo! Jovens e adultos perdem a linha, esquecem como se faz. Para a criança, o outro é o que importa, porque nem mesmo consegue distinguir de fato onde é que termina o eu para começar o outro. Esse é o tempo em que se é um com o outro. Não é adorável?
Então começamos a crescer, nos individualizamos. Sabemo-nos separados e assim nos fazemos. Cada um para o seu lado e se há motivos para discussões, e sempre há, agora pode haver também a separação sem volta. De uma grande e linda amizade pode ficar apenas uma dor no peito de quem não teve o amor pueril que chama a crescerem juntos.
Isso acontece porque, em algum ponto, entendemos que o outro se apequena. Não somos mais um com ele, agora somos mais. Quando o olhamos, ou dele lembramos, maior que ele está aquilo que nos irritou, chateou ou indignou; e isso toma uma proporção maior do que o valor do outro. É importante perceber o quanto isso é sério e é fácil entender se exemplificarmos usando uma cédula de valor.
No Brasil, a cédula de maior valor é a de 100 reais. Pois bem, se acharmos uma cédula suja de barro, ou com um pequeno rasgo, ou toda amassada, embolada, ainda assim nos alegraremos pela sorte de tê-la achado. Independentemente do seu estado, ela não perde o seu valor. Com as pessoas deveria acontecer exatamente assim: a pessoa tem o seu valor e não o perde por ter-nos feito algo que nos entristeceu. Jogá-la fora, 'matá-la' em nossa vida, querer nunca tê-la conhecido é, para mim, um dos maiores males que pode existir entre as pessoas. É mesmo algo comparável à morte; tão ou mais doloroso que ela.
Quando vejo amigos se afastando com o tom de até nunca mais, ou um tempo próximo ao nunca, dói em mim. Quanta estupidez! Quanta vida jogada fora! Lembro da parábola do filho pródigo. Sim, porque aquele filho ficou de mal do pai. O pai não; este nunca guardou rancor pelas intempéries do filho. Com certeza, ficou muito triste, muito chateado; mas rancoroso, jamais. E, desde então, sua vida foi esperar o seu retorno, esperar para poder o abraçar novamente. Claro que seguiu a vida fazendo o que devia fazer e amando todos os seus. Mas vivia à espera do filho que nunca deixara de amar.
Penso que eu 'puxei' isso do Pai. Não sei ficar de mal. Nunca soube e espero jamais aprender. Fico sim irada vez ou outra, e me derramo feito lava de vulcão. Mas passada a erupção, mal lembro do que a causou. Tantas feitas, uma questão qualquer que poderia ser resolvida de uma maneira mais amena. Tantas vezes tenho de pedir perdão... Mas ficar de mal, isso não é pra mim. Continuo achando estranho como da primeira vez que alguém falou isso perto de mim. Só que naquela época não doía, até porque nem era sério. Hoje, no mundo adulto, o 'ficar de mal' é uma terrível doença; é um grande mal. É a própria doença do mundo!
Sem teu Sol
Caminhando sobre o lago congelado coberto com uma camada fina de gelo em meio a neve e sendo observado por uma alcateia de lobos, pude perceber quanta falta faz estar ao teu lado, abaixo do teu Sol.
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