Filha mais Velha
Cantam os pássaros nos beirais
Ansiando a asa que os faz voar
E no cantico das folhas da velha árvore
Adormece a terra na canícula da tarde
Cheira a alecrim do monte e a jasmim
A alfazema enamorada da rosa de alexandria
Embebeda-se dos seus exóticos aromas
No banco de madeira envelhecido pelo tempo
Solitário e pensativo
Sofre o poeta na incessante busca dos seus ideais
Sede que lhe seca as veias
Lhe aperta a garganta ...
E chora lágrimas apertadas junto ao peito
A calma e o silencio são tormenta
Solta-se o grito de alma e em convulsão escreve a vida incompreendida do poeta
Com o passar dos anos entendi que não nasci para ser jovem, já nasci velha e com uma alma bem velhinha, essa que me faz muito feliz.
Hoje em dia temos a impressão de que a cultura no mundo já nasceu velha, pois tudo que se torna sucesso culturalmente, ou deturpa a cultura, ou inverte os valores.
Pague bem a um homem
E descalço no inferno entrará
Com exceção da boa e velha saúde
O dinheiro pode tudo comprar
"Quem não sabe amar se torna uma pessoa velha no corpo e no espírito. Torna-se infeliz, por não estar satisfeito com nada. Reclama de tudo e de todos. Só o amor nos torna capazes de romper as barreiras do medo, da ansiedade e da depressão".
Sabe aquela velha máxima "onde se come um come dez"? É mentira pura. É conversa fiada, é historiazinha pra o boi dormir e a vaca parir.
Velha estação.
Velha estação,
Local de chegada e partida,
Valente conservas ainda
Pedaço da tua história,
Daqueles dias de glória
Resistes a força do tempo,
Tal qual foras um templo,
Que tantos destinos cruzou
Alguns tu trouxe de longe,
E outros pra longe levou,
Agora te resta o silêncio,
Tapera já sem serventia,
O cincerro que judiaria,
Nunca mais partida anunciou,
O trilho enferrujou,
O dormente apodreceu,
Só quem te conheceu,
Naqueles tempos dourado,
Consegue te ver no passado,
E o passado que o mundo perdeu...
Renato Jaguarão
De uma Velha Solidão -
Há um peso tão grande dentro em mim
nestas horas em que a vida não me escuta
um tormento que parece não ter fim
como espada que nos fere numa luta!
E há um pranto que me escorre em solidão
um vento que se agita pelas curvas
sou filho das pedras pisadas pelo chão
um poço de amargura e água suja.
A minha dor vestida de brocados
foi traje de amargura num corpo de sereia
e adorei-a, de joelhos, prostrado,
como um naufrago morto na areia.
Outros Tempos da Velha Direita Nova
Um doce
De melancolia
De tardes
De domingo
De antigamente
Na
Rua Direita
Mormaço
De sol poente
Com preguiça
De segunda
Pela frente
Inda ontem
Era sábado
Dia de banho
De corpo inteiro
Na bacia grande
À noite
Cinema
De Romeu
Coboiaço
E seriado
À saída,
Cafezinho
Com
Pão de queijo
No Dormival...
Eram tempos
De
Se ter tempo
Outros tempos!
Uma coisa que faz de mim o que eu sou, é uma velha persistência boba que me empurra a sempre procurar fazer do mundo um lugar melhor de se viver, embora haja muito imbecil por aí plantando terror;
Limpando hoje, encontrei aquela velha camisa do Zeppelin
Você vestiu quando fugiu, e ninguém podia sentir sua dor
Somos muito jovens, muito burros para saber coisas como o amor
Mas eu sei melhor agora, melhor agora
Não é a mesma coisa…
Olhar o por do sol sem sua presença
A beira do mar sentindo a boa e velha brisa
Eu só queria estar com você
Mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer
Talvez tenha perdido nossa única oportunidade
Mas o que fazer? agora é tarde
Tivemos os melhores momentos bons e ruins
E lembro de todos eles mesmo assim
Querer poder ser e estar
Mesmo sabendo que isso esse dia nunca vai chegar
Essa sensação angustiante de querer quem já se foi
E pelos meus erros peço que me perdoe
E ainda assim no lapso de euforia
Uma memória boa se inicia
E o choro por sua vez
O acompanha no fim do dia
A velha máquina de costura
Lembro de acordar à noite e ver um barulho vindo da sala
Altas horas na madrugada
Minha mãe ainda acordada.
Sentada em sua máquina de costura..
Da onde ela tirou o sustento de todos nós...
Depois que meu pai nos abandonou...
Foi na máquina de costura que minha irmã se formou..
Que médica se tornou...
Foi na máquina de costura que minha mãe comprou a nossa casa...
Foi na máquina de costura que a minha mãe me deu Cultura...
Hoje sou um professor com muita honra no coração..
Agradeço minha mãe e sua máquina de costura...
Anos se passaram e minha mãe e sua máquina de costura trabalhava com afinco para não faltar nada para nós...
Um dia um silêncio instaurou-se naquele quarto aonde ficava a máquina de costura...
Minha mãe com sua postura não estava mais entre nós
Minha esposa queria arrumar aquele quarto doando a máquina de costura....
E a máquina de costura ficou com um troféu e um exemplo de que através do trabalho com afinco a minha mãe nos criou...
Obrigado minha mãe obrigado minha querida e velha máquina de costura...
Quanto mais me distancio, mais insisto;
Naquela velha questão,
Do porquê eu existo.
O mais velho questionamento da humanidade,
Ironicamente o único que não há boa resposta;
Não se sabe a resposta, nem aqueles com mais idade.
Eu, como todo o tolo de nós, tentei entender;
Sem sucesso, certamente.
Poderia isso ser apenas mais tempo a perder?
Mas o próprio tempo já refuta esse pensamento;
Já que, se temos tempo, qual melhor uso se não,
Sua própria existência ou funcionamento?
A arte é bela, não é ruim. Mas é cruel;
Isso não a torna má,
Já que ilustrar a vida é o seu papel.
Através da dor eu vivo;
E através da arte respiro;
Certamente isso me levará à perdição,
Mas eu já estou em caos;
Penso no futuro, mas esta já é minha condição.
Tento me iludir externamente,
Para afugentar a dor;
Erro meu, pois ela fica pior e mais crescente.
Mas que diferença isso traz?
A dor é igual a um buraco.
Quanto mais se tira, mais se faz.
A inteligência traz o isolamento…
Eu discordo.
Eu acredito que seja o questionamento.
Sinto-me bem pelo feliz e pelo sensível,
Sinto-me também ignorante desta vez
Por não compreender como isso é acessível.
Para tudo e todos há uma limitação,
Pessoalmente já atingi a minha.
Muito precocemente, me deixou sem reação.
Reação à vida, já que consiste apenas na dor,
O que antes era um significado, agora só anestesia.
Tal como dinheiro, religião, pensamento e amor.
Não quero mais nada, nem ninguém.
As pessoas me acham sensacional,
Eu acho que sou apenas um refém.
Refém do meu congelado coração.
Que por mais que esteja bloqueado,
Não me impede de tomar uma decisão.
Decisão essa que faz sensacional,
Aos olhos externos, é claro.
Pois por dentro, sei que sou somente um ser anormal.
Aquele que não veio normativo,
Só encontra o que busca na intensidade.
Aquele que não vê graça em estar vivo
Só encontra no lado oposto da humanidade.
Me refiro ao amor pelo vida,
No desejo de sobreviver.
Em evitar a morte, e ignorar a porta de saída.
Não me sinto assim.
Por mais que não queira morrer,
Não faz diferença que encontre meu destino, enfim.
Desde o fogo intenso e finito da vida,
Até o inevitável e suave frio silenciador da morte.
Alguns encontram sua vocação tão querida,
Enquanto outros não têm a mesma sorte.
Encontrar o que precisa, ao invés do que quer.
Pode ser esse o significado.
O problema é o que fazemos para merecer.
Alcançar a motivação de avançar,
Requer que se complete com alguma exigência.
Mas quando não há o que se completar,
Perde-se o apetite da existência.
A sujeira da fumaça que inalo,
Representa o meu interior.
Que certamente é menos ralo;
Mas a sujeira não justifica a dor.
Na realidade, o oposto se solidifica,
Já que as feridas me intoxicam.
O que é bom se perde, o que é ruim fica,
E então, todas as dores se unificam.
A confusão acelerada se aquieta devagar.
No exato momento,
Que a depressão toma lugar.
Felicidade ou paz, não desejo nenhum dos dois;
Não pelo que ela é, de fato.
Mas sim, por conta do que vêm depois.
Sempre te considerei uma irmã mais velha, minha prima.
Suas conquistas e suas palavras de sabedoria sempre me inspiraram e me ajudaram a me tornar a pessoa que sou hoje.
Quero te desejar o mais feliz dos aniversários. Que ele seja um reflexo do amor e da pessoa maravilhosa que você é. Parabéns e muitas felicidades!
Velha amiga
Queria perfeccionista, decepcão
estou aqui para lhe falar mais uma
Vez obrigado.
Obrigado por dar uma basta nisso tudo.
Obrigado por mostra que o mundo
Não esta igual como antes.
Minha verdadeira amiga.
Quanto tempo, nos se conhecemos?
Quantos anos nos nao se vermos
Nem faz tanto tempo da última vez
que me guardei seu abraços.
Velha amiga sei que me distrair
Com novas pessoas pelo mundo,
Mas não se preoculpe Esta tudo bem,
eu assumo.
Os erros que cometir a muitos anos atrás.
Ass: poeta desleixado
.
Aquela velha desgraçada, maldita, fétida, morta
A velha que é a minha voz está morta
morta está, a voz que era minha.
Mentiras já não conto mais
Pois, morta está, a minha ira.
Estou cansada de ouvir aquela velha desculpa:
toda família tem brigas, divergências, um fala mal do outro, com inveja, despeito, desrespeito, falta de sinceridade, afeto, carinho, e a falta de empatia.
E o principal que é a união, não existe!
