Festa Bebida
Neste Natal, troque presentes, tapinhas nas costas, desfrute da comida, da bebida e das roupas elegantes, mas não se esqueça do verdadeiro homenageado.
Benê
Na mitologia grega, a ambrosia é o alimento ou bebida dos deuses que se acreditava conceder imortalidade ou longevidade àqueles que a consumiam.
Nos mitos gregos antigos, a ambrosia (/æmˈbroʊziə, -ʒə/, grego antigo: ἀμβροσία 'imortalidade') é a comida ou bebida dos deuses gregos, e é frequentemente descrita como conferindo longevidade ou imortalidade a quem a consumiu.
Associada à mitologia grega, onde "ambrosia" é um alimento ou bebida divina que, segundo a mitologia, conferia imortalidade e força aos deuses do Olimpo. Portanto, "água de ambrósia" poderia ser uma referência a algo divino, extraordinário ou que confere poder sobrenatural.
Alcoólicos Anônimos
A bebida, assim como a tinta,
pinta minha ação e criação;
às vezes alcoólica, às vezes não,
palavras saem com precisão.
Na manhã seguinte, vem a marvada,
a ressaca chega, entre páginas marcadas,
escrita borrada, grande enxaqueca,
e uma dor nas costas, lascada da parafuseta.
Já na enfermaria, observo a musa,
jaleco branco e uma leve curva.
Percebo as palavras e os pacientes;
na minha vez, ela diz impaciente:
"48 horas sem dependentes, ok?"
E eu, poeta da recaída, sorrio,
como quem sabe:
"Doutora, meu único vício é a vida."
"Eu não sei o porquê, mas as lembranças, estão cada dia mais fracas e a bebida, mais forte.
Talvez, o plano de tentar lhe esquecer, esteja dando certo, talvez tal plano, me traga a morte.
É; realmente; as lembranças estão mais fracas e a bebida, mais forte.
O problema, é que não quero te esquecer e foi nesse jogo de azar, em que lancei minha sorte.
Sou poeta sem Casmurro, Memórias, Kafka ou Dom Quixote.
Filósofo sem Platão, Epicuro, Aristóteles.
Tento justificar o assassinato de nossas lembranças, como Raskolinikov.
Imoral, atemporal, não existe tempo, tampouco religião, quando me perco em seu olhar e meu coração bate mais forte.
A cada copo, a cada taça, a cada gole.
Meu coração, está cada dia mais fraco e a bebida, mais forte.
A cada trago, a cada dose.
Sinto na boca, o gosto da morte.
Desmaio em meus pensamentos, ouço sua voz em todo canto; da sua pele, sinto o macio do toque.
Rogo a Deus, para me livrar do azar de te amar, mas parece-me, ele deixou-me à própria sorte.
As orações, estão cada dia mais fracas, Pai, e a bebida, mais forte.
'Sei, que nada sei', bem da verdade, só sei que a amo; perdão Sócrates.
Só crê que, 'O homem é o lobo do homem', quem não sabe do que é capaz, uma mulher; tolo Hobbes.
Já não suporto; a saudade, está cada dia mais intensa e a bebida, mais forte.
Rogo, talvez com sorte, eu hei de ser, rainha da minha vida, o seu consorte.
Enquanto não, miseravelmente falho em meu plano, meu amor, hoje bebo e a bebida, parece não fazer mais efeito e a lembrança de ti, em mim, nunca fora tão forte..."
O vento apaga uma vela mas pode agravar a queimada.
Uma atitude, uma comida, uma bebida podem trazer um alivio imediato, prazer repentino. Porém, muita atenção se isto for sempre o escolhido, pode se tornar um vício.
A distância entre prazer é o vício, é igual ao fogo e o vento.
“Buscar" o "gênio" que reside numa garrafa de bebida pode até dá a sensação de desejos realizados...”
