Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
Relicário do Tempo
No âmbar do tempo, há portais escondidos,
vestígios de astros, de passos perdidos.
O agora, que vibra em tão tênue espessura,
é sombra de outrora, é veste de altura.
Caminho em espiral sob cúpulas mudas,
em ruínas de horas, em casas agudas.
O tempo não passa — ele gira, ele espreita,
esculpe memórias na carne desfeita.
Se tento prendê-lo, escorre em minha mão,
mas volta em silêncio no sonho e no chão.
Se falo seu nome, ele cala em mistério,
oculto nos traços do mundo etéreo.
Talvez seja templo, talvez seja abismo,
ou um deus que se veste de ritmo e cismo.
Mas sigo seu rastro com olhos fechados,
ouvindo relógios nos céus enluarados.
Pois sei — mesmo quando se parte e se finda,
há algo no tempo que nunca rescinda.
Um fio, uma trégua, um véu de infinito,
que dança, que some… no velho labirinto.
O Umbral Invertido
Há um véu que se ergue no fim da ladeira,
tecido de névoa, bordado em madeira.
Ali onde os olhos já não têm abrigo,
a morte se curva — e retorna contigo.
Não vem como faca, nem sombra de açoite,
mas como um regresso ao ventre da noite.
Um porto sem nome, um espelho sem rosto,
um vinho ancestral sorvido com gosto.
O corpo se cala, mas algo persiste:
um traço, um sopro, um rumor que resiste.
E tudo que foste — promessa e engano —
recolhe-se ao pó do primeiro arcano.
A morte é um caminho que volta ao princípio,
um sino que ecoa num templo fictício.
Não leva, devolve; não cessa, transborda,
abrindo no nada uma porta sem corda.
E os que partem, dizem, não vão tão distantes —
permanecem na alma em forma de instantes.
São brisa que sonda o mundo adormecido,
são nome esquecido num canto contido.
Morrer é despir-se da forma do vento,
e ser o que sempre se foi por dentro.
É ter, no silêncio, um berço escondido —
é mais que um fim: é um umbral invertido.
A destruição ambiental que se alastra pelo planeta não é apenas um problema técnico ou político — é, antes de tudo, um sintoma psíquico.
A forma como tratamos a Terra reflete, com precisão simbólica, a forma como tratamos nossa própria natureza interior.
A cultura do espetáculo, humilhação e eliminação transformou-se em um palco coletivo para a catarse das sombras humanas.
A sombra coletiva, camuflada de moralidade, encontra no tribunal digital uma forma segura de extravasar pulsões que não foram elaboradas internamente.
O que está por trás desse mecanismo é o desejo de não olhar para dentro, ignorância da própria sombra.
MÃES QUE ME FORMARAM
Eu venho de um mundo diferente.
Um mundo em que o que eu mais tive, desde muito novo, foi mãe.
Mãe não só no sentido do sangue — mas no sentido do cuidado, da bronca, da atenção.
Apanhei na escola, da diretora, da madrinha, da vizinha.
Na minha época, a gente apanhava tanto que o que mais tinha era mãe.
Era porrada misturada com afeto — ou, pelo menos, com o que entendiam por amor naquele tempo.
Minha mãe de sangue sempre viveu no Sudeste, no Rio de Janeiro.
E eu cresci no Sítio Novo, em Olinda.
Dois mundos separados por quilômetros e por silêncios.
Fui conhecê-la de verdade já quase aos 15 anos.
E mesmo assim, foi uma passagem rápida —
a vida logo nos colocou em direções diferentes.
Saí de casa muito cedo, com os trapos na sacola, e fui girar o mundo.
Nesse giro, encontrei muitas mães:
as que me deram teto, comida, um conselho, uma bronca, um colo, um olhar.
Algumas já nem lembro o nome.
Mas levo um pedaço de cada uma dentro de mim.
Essas mulheres me ensinaram a me virar, a respeitar o outro,
a ser homem sem ferir ninguém.
Foram todas mães à sua maneira —
e todas ajudaram a compor quem eu sou hoje.
Por isso, nesse Dia das Mães, minha homenagem vai pra todas elas:
as que me pariram e as que me pariram de outras formas.
Meu muito obrigado por terem me acolhido no mundo quando o mundo parecia não ter lugar pra mim.
Fernando Kabral
Olinda, 11 de maio de 2025. 13h32
"Há aqueles que têm e querem, mas não podem.
Há aqueles que podem e querem, mas não têm.
Há aqueles que têm e podem, mas não querem.
Quanto a nós — que temos, podemos e queremos — façamos."
A idéia de que a lei da atração é capaz de anular o carma é absolutamente inepta, tendo em vista que são regidas por leis diferentes de causa e efeito.
Quanto a lei da atração, você continua criando sua realidade.
Quanto ao carma, não há como desfazer o que já foi feito.
Não há fuga do aprendizado. Ou você aprende ou repete a lição. Como fazer? Basta buscar aprender através do amor e entendimento.
O TEMPO É VALIOSO DEMAIS
O tempo é valioso demais
para eu gastar torcendo por vitórias que não mudam minha jornada,
em festas ruidosas que abafam o silêncio da alma cansada.
É valioso demais para discussões vazias,
para correr atrás de aplausos em plateias frias.
Não vale a pena perder horas com inveja ou rancor,
com medo de errar ou fingindo ser o que não sou. Por favor...
Não vale chorar por orgulho ferido,
nem esperar que o mundo me faça sentido.
Não vale a pena alimentar vaidade,
nem fingir alegria em meio à falsidade.
O tempo não deve ser jogado fora em amores mornos,
em promessas rasas, em sonhos sem adornos.
Mas vale — oh, como vale —
sentar ao lado de quem te escuta com o coração inteiro,
abraçar o silêncio de um fim de tarde verdadeiro.
Vale rir até a barriga doer,
vale amar mesmo com medo de sofrer.
Vale escrever, criar, construir,
ver a vida brotar, sem medo de partir.
Vale sentir o vento, andar descalço na areia,
valem os cafés lentos, as conversas sem peleia.
Vale lutar pelo que aquece a alma,
perdoar para manter a calma.
Vale servir, aprender, crescer,
e estar presente no que se escolhe viver.
O tempo é valioso demais
Não para contar os dias que passam,
mas para viver os dias que ficam.
A Esperança que brota
E a semente lançada no coração
Pra ser humano tem que ser super humano tem que plantar amor no coração.
Em dias difíceis onde falta empatia
Falta o respeito e a gratidão.
Esquecemos dos nossos princípios
E ferimos nossos irmãos.
Não se busca paz nas armas
E nas guerras e afrontas diárias.
Somos somente uma semente
Que iremos renascer
Ser humano que não sabe servir
Não serve para viver.
Somos feitos da mesma matéria
Status, holofotes e posição social
Não nos define.
Somos somente feito da terra
Por isso Somos irmãos.
Vamos buscar a paz
E amar o seu irmão.
Pois tudo que plantamos nesta
Terra adubada colheremos nas nossas ações.
A convicção verdadeira não teme a revisão, não se afasta da escuta e se ancora em princípios — ela é forte justamente porque é flexível e consciente.
A teimosia, ao contrário, é a rigidez de quem teme parecer fraco ou perder controle, confundindo força com obstinação cega.
A máscara se ajusta tão bem ao rosto que começa a parecer pele. Mas, no fundo, há um ruído.
Uma fricção entre o que mostramos e o que sentimos. Um cansaço. Uma sensação de estar sempre atuando, sem saber exatamente onde termina o personagem e começa o eu.
Sentou-se no trono sem nunca merecer,
preguiça e vaidade são tudo que sabe fazer.
Cargo virou prêmio de amizade falsa,
discurso? Esqueceu, só vive na farsa.
Senta onde devia construir e guiar,
mas só aprendeu a fingir e se aclamar.
Não é líder, é sombra, vazio exposto,
um peso morto, um absurdo imposto.
Quem troca dever por título vazio
não merece trono, só desprezo frio.
O rei sem rei, o falso soberano,
queda rápida — inevitável engano.
"Além da Culpa, a Vida Recomeça"
Não sou o erro antigo de ninguém
Nasci com sonhos, sede e coração
Se a dor do mundo às vezes me detém
Também me guia a luz da compaixão
Fizeram-me acreditar que fui condenado
Que a alma era falha desde o nascer
Mas descobri que a vida é aprendizado
E cada um planta o que está disposto a colher
A culpa vêm, mas não tarda a ir embora
Pois cada um escreve a própria estrada
Se há sombras que mostram o outrora
Há sóis que curam sem pedir nada.
Então, eu sigo simples, mas inteiro
Sou fruto novo e livre, verdadeiro.
O coração pulsa. A Terra gira.
As marés sobem e descem.
As galáxias dançam.
Tudo vibra.
Tudo se move em ciclos.
O ritmo é a linguagem oculta da vida e do universo.
Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?
Na verdade, a pergunta precisa ser refeita.
Depois da palavra de Deus — 'haja vida' — o que veio primeiro, o ovo ou a galinha?
Com Deus, tanto a origem quanto a continuidade da vida são parte do mesmo milagre. Nele, tudo é possível
Conduze-me pelos Teus caminhos, pois são perfeitos.
Leva-me às Tuas moradas, pois são perfeitas.
Usa-me, Senhor, como instrumento em Tuas mãos.
Dá-me o sentido que busco para a minha vida.
Que haja nobreza em meus planos,
que eu prospere para então servir.
Aba, Pai! Eis-me aqui.
Nova geração
O mundo não me permite ser criança para sempre, então vou crescer amostrando o meu melhor; para os que me olharem vão ver eu
crescer
e
florescer
E quando eu crescer, eu vou me esforçar para o melhor eu ser, por que
as pessoas do mundo continua a sofrer ao seu envelhecer; e eu quero poder muda-lo, para que laços de famílias não venham mas se romper a cada dia eles venham se fortalecer
A cada fase do meu florescimento eu venha aprender a apagar as mágoas do passado, e viver o presente mesmo se ninguém me amar ou me da carinho que o ódio não venha vir em forma de depressão, mas que eu aprenda a lidar com a solidão mesmo que seja sozinho.
O seu corpo responde aos estímulos dos seus pensamentos; pensamentos tristes,
corpo doente;
pensamentos felizes, corpo saudável.
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