Fernando Pessoa Poema Hora Absurda
A chuva desce a ladeira
A água da chuva desce a ladeira.
É uma água ansiosa.
Faz lagos e rios pequenos, e cheira
A terra a ditosa.
Há muitos que contam a dor e o pranto
De o amor os não qu'rer...
Mas eu, que também não os tenho, o que canto
É outra coisa qualquer.
Abdicação
Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa — eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.
o sino da minha aldeia
O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Para onde vai a minha vida, e quem a leva?
Por que faço eu sempre o que não queria?
Que destino contínuo se passa em mim na treva?
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?
O meu destino tem um sentido e tem um jeito,
A minha vida segue uma rota e uma escala
Mas o consciente de mim é o esboço imperfeito
Daquilo que faço e sou: não me iguala
Não me compreendo nem no que, compreeendendo, faço.
Não atinjo o fim ao que faço pensando num fim.
É diferente do que é o prazer ou a dor que abraço.
Passo, mas comigo não passa um eu que há em mim.
Quem sou, senhor, na tua treva e no teu fumo?
Além da minha alma, que outra alma há na minha?
Por que me destes o sentimento de um rumo,
Se o rumo que busco não busco, se em mim nada caminha
Senão com um uso não meu dos meus passos, senão
Com um destino escondido de mim nos meus atos?
Para que sou consciente se a consciência é uma ilusão?
Que sou entre quê e os fatos?
Fechai-me os olhos, toldai-me a vista da alma!
Ó ilusões! Se eu nada sei de mim e da vida,
Ao menos eu goze esse nada, sem fé, mas com calma,
Ao menos durma viver, como uma praia esquecida…"
Fernando Pessoa
E que fresco e feliz horror o de não haver ali ninguém! Nem
nós, que por ali íamos, ali estávamos. . . Porque nós não éramos
ninguém. Nem mesmo éramos coisa alguma.. . Não tínhamos
vida que a morte precisasse para matar. Éramos tão tênues e
rasteirinhos que o vento do decorrer nos deixara inúteis e a hora
passava por nós acariciando-nos como uma brisa pelo cimo de
uma palmeira.
Não tínhamos época nem propósito. Toda a finalidade das
coisas e dos seres ficara-nos à porta daquele paraíso de ausência.
Imobilizar-se, para nos sentir senti-la, a alma rugosa dos
troncos, a alma estendida das folhas, a alma núbil das flores, a
alma vergada dos frutos. . .
E assim nós morremos a nossa vida, tão atentos separadamente
a morrê-la que não reparamos que éramos um só, que cada
um de nós era uma ilusão do outro, e cada um, dentro de si, o
mero eco do seu próprio ser. . .
Zumbe uma mosca, incerta e mínima. . .
Raiam na minha atenção vagos ruídos, nítidos e dispersos, que
enchem de ser já dia a minha consciência do nosso quarto...
Nosso quarto? Nosso de que dois, se eu estou sozinho? Não sei.
Tudo se funde e só fica, fingindo, uma realidade-bruma em que
a minha incerteza soçobra e o meu compreender-me, embalado
de ópios, adormece. . .
A manhã rompeu, como uma queda, do cimo pálido da Hora.
. . Acabaram de arder, meu amor, na lareira da nossa vida,
as achas dos nossos sonhos.. .
Desenganemo-nos da esperança, porque trai, do amor, porque
cansa, da vida, porque farta, e não sacia, e até da morte, porque
traz mais do que se quer e menos do que se espera.
Desenganemo-nos, ó Velada, do nosso próprio tédio, porque
se envelhece de si próprio e não ousa ser toda a angústia que é.
Não choremos, não odiemos, não desejemos. . .
Cubramos, ó silenciosa, com um lençol de linho fino o perfil
hirto da nossa Imperfeição. . .
"Mas se Deus é as flores e árvores
e os montes e sol e o luar,
então acredito nEle,
então acredito nEle a toda a hora".
(Fragmentos extraídos do livro “Fernado Pessoa – Obra poética II” – Organização: Jane Tutikian – Editora L&PM, Porta Alegre – RS, 2006).
Já é hora!
Sociedade que ainda continua criando racismo
A pessoa negra muitas vezes é retirada de vários locais.
Somente por ter uma etnia diferente,
Mas por que acontece isso?
Não somos todos iguais?
A pessoa pode ser emo, homossexual, bissexual,
Negra, branca.
O que importa na verdade e sua personalidade.
Quantas vezes já vi uma pessoa ser discriminada por ter outra religião,
Porque fizer isso sociedade,
Sociedade aparência não é tudo,
Em vez de olhar a cor dos olhos, olhe o brilho deles.
Em vez de olhar se o sorriso é branco, olhe se são verdadeiros.
Cada pessoa é muito bela, de seu jeito, jamais mude por alguém.
Fizeste tantas pessoas morrerem por depressão
Ocasionada pela sua discriminação.
Mas felizmente ainda existem pessoas que nos impressionam,
Por sua vontade de acabar com o preconceito.
Um dia quem sabe,
Teremos uma sociedade justa e honesta.
Neste dia, não existira pessoa pobre ou rica.
Não terá diferença entre negros e brancos,
Nem entre skinheads e emos.
Todos serão do jeito que quiserem ser, pois a vida é feita de inovações.
E aceitamos.
Infelizmente este dia vai demorar,
Pois muitos conceitos terão que cair,
Muitas desigualdades também.
Já esta na hora sociedade!
Depois, penso também naquele quase velho poema do John Lennon: “I don’t believe in yoga/ I don’t believe in mantra/ I don’t believe in God/ I don’t believe in Freud/ I don’t believe in drugs/ I don’t believe in sex/ I don’t believe in Beatles” e termina com um acorde profundo de guitarra e um “I just believe in me”. Mas nem isso.
Quero ser Fernando Pessoa, não Fernando Beira Mar
Pablo Neruda, e não Pablo Escobar
Deu pra sacar?
Não é pela cifra, é pela safra
Por amor, e pra isso eu entro até em estado de estafa
A gente não fala, a gente desabafa
O Brazza não escreve, o Brazza psicografa
"Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena"
já dizia o poeta...Fernando Pessoa
Nesta vida de imensidades, vivo em busca de entendimento.
No começo eu tentava te fazer me amar
Mas agora estamos juntos e posso confessar
Eu não gosto de cinema, eu não sei cozinhar
Nunca fui tão cavalheiro, jurei nunca casar
A carta que mandei não fui eu que escrevi
E o poema que te recitei num livro eu li
Não sou bom de futebol
E por você já chorei
Mas é de verdade estou te amando
Me apaixonei
Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis.
Meu coração tá ferido de amar errado.
Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos.
É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.
Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém.
Quem diria que viver ia dar nisso?
Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível.
Loucura, eu penso, é sempre um extremo de lucidez. Um limite insuportável.
Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.
A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro.
Don Juan - Esse poema é em homenagem ao meu querido amigo Don Juan Castelano
Don Juan
Olha-me em meus olhos
Que de tão puros, agora são em perdição
Abraça-me, como sol do deserto
Quente
Sedutor
Transforma-me em teus poemas
Faça-me a tua poesia
Traduza-me para que me entendas
Olhando assim o teu rosto angelical
Jamais se imagina o perigo de seu toque
És armadilha do destino
És sombra em dias de verão
És sonho
Jamais ilusão
Queira eu poder em teu caminho cruzar
Um abraço
Um sorriso
A me conquistar
És Don Juan de letras algozes ou heróicas
És simplesmente
Don Juan Castellano...
Mulher...
Sempre amável e adorada
Doce encanto da morada
Doa-se toda ao amor
Mulher...
Dádiva do criador
Sensibilidade de uma rosa
Mas tem a força de uma rocha
Quando ama é sincera
Mas se magoada é uma fera
Mulher...
Anjo indômito da sabedoria
Fada mãe luz da devoção
Deu a vida a humanidade
Mulher...
Fonte humana da criação
Anjo Protetor
Estou a procura de um anjo
que não sei onde encontrar
Eu escuto seu sussurro
mas procuro ele não esta
Sua voz é muito doce
e seu toque é uma brisa
Fecho os olhos e imagino
como esse anjo seria
Sei que esta sempre ao meu lado
me protege a cada passo
É um anjo protetor
que me guia com amor.
Levada eu... sou apenas aprendiz!!!
Sou uma bruxa que se preza
Sempre sou muito sapeca
Prego peça em muita gente
Pois sou muito inteligente
Sempre entro em enrrascada
Pois eu sou muito levada
Dou valor pra liberdade
Sempre digo a Verdade
Meus olhinhos violeta
Que me dão muita defesa
Me ajudam a fugir
Quando querem me punir
Posso não ter muito juizo
Mas não levo prejuizo
Tenho o dom de ser feliz
Sou apenas uma aprendiz
Pedaços de mim
Meu coração sangra
Sofre sem você aqui
Vive apagado aos pedaços
Não há colagem que o faça se unir
Há pedaços de mim
Por todo o meu quarto
Meu coração em cascalhos
Todo jogado esfarelado
Triste composição
De minha vida e o amor
Não sei viver sem você
Mas acredito friamente
Que não quero mais você
Superação...
É a palavra chave para o meu coração
Unirei os pedaços
Viverei em constante falsidade
Fingindo ser feliz enganando a mim
Sufocando meu coração
Vou ser assim
Sempre juntando
Pedaços de mim
Beija-flor
Flores em meu jardim vou cultivar
Para o beija-flor aqui vim pousar
E do mel vim provar
Ele traz alegria ao ambiente
Faz do meu jardim
Um lugar atraente
Não tenho muitas flores
Apenas jasmim e rosas
Mas o beija-flor não se importa
Todos os dias ele volta
Quando anoitece ele entristece
Não gosta de ver o jardim se apagar
Mas quando amanhece a alegria o aquece
Ao ver o jardim novamente brilhar
Não quero ser otimista
Sei que aqui ele sempre ira pairar
Não há jardim mais belo
Que o fará mudar
Eu
Não quero ser conduzida
A uma seqüência de erros irreparáveis
Vou levantar a cabeça e seguir em frente
**
Não olharei mais para os lados
Meu foco será apenas um
“Eu”
**
Cansei de ser comparada
Cada um tem seu próprio estilo
Seu modo de pensar... De falar
**
O meu é um
Não vou mais mudar só pra te agradar
Já mudei muito
Já deixei muita coisa pra traz
**
E o que eu ganhei com isso!
**
Mentiras traições
Comparações de tirar o sossego
Não tenho paz
Meu mundo se martiriza em mim
**
O que sou hoje!
Nada
**
Perco-me nas escritas
Sem sair nada da mente
O que escrevo não era realmente o que eu queria
Fica incompleto... Falta sempre um pedacinho
O fim
**
Fico coagida presa na mentira
Quem sabe assim
Ninguém realmente ira me reconhecer.
**
E eu mesma possa esquecer de mim
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