Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

Nunca receberemos aplausos até traduzir o monólogo do sofrimento em entretenimento...

É no desespero que beijamos a mão da escuridão... Na redenção recebemos o carinho da Divina Criação.

Não posso falar tudo que penso, então uso o bom senso do silêncio na minha solidão...

Não se corta um braço apenas porque perdemos uma unha... Radicalismo é uma forma animalesca de viver.

Não devemos postergar nossas responsabilidades sociais... Afinal sabemos a diferença entre instinto e inteligência.

A Saudade que hoje sentimos nos dá a motivação para a continuidade até o reencontro...

Ter consciência é olhar-se no espelho e ver várias imagens... O ignorante ver no espelho apenas sua imagem distorcida.

Quanto mais perto da verdade chegamos, mais alucinações perturba nossas orações...

Nunca confie em políticos, mesmo após a sua morte... Eles são inimigos da Confiança.

Nenhuma mente é ilibada que não esteja sujeita a fúria da condenação da própria existência...

Só se vira uma página quando acaba a leitura... Caso contrário é uma viagem incompleta.

A noite chegou e com ela nossos medos e desejos... Ao acordar siga o calor do sol.

Quando se ofende um Poeta ou Poetisa a rima perde seu brilho e o Mundo perde a Esperança.

Tem uma coisa que precisamos acreditar: É no amanhã, antes que a morte nos encontre na madrugada...

Não me julgue, primeiro ouça a minha história e antes do ponto final dê uma pausa e chore comigo...

O medo não vem daquilo que não conseguimos ver, mas do criamos para não ser visto...

Quando acreditarmos que a tragédia é algo comum no nosso dia a dia... Estaremos realmente certos, é o “Fim”.

É melhor ser grato a uma pequena centelha de Luz Divina em seu espírito do que esconder as máculas no clarão de um novo dia...

É melhor chorar na frente da alma do que tentar ser corajoso em frente ao espelho...

Não peça a Deus para morrer antes de limpar por completo as chagas do espelho...