Fernando Pessoa Ausencia
Sempre fui o tipo de garota que perdoa, que não julga, faço de tudo para ver a outra pessoa feliz, não sei dar um fora em alguém quando penso que vou magoar a pessoa, sempre tento fazer de tudo para um relacionamento dar certo por mais que eu esteja odiando. Penso muito nas pessoas, talvez devo parar de pensar nos outros e pensar mais em mim...
Porquê este meu jeito de ser? O que eu ganho ?
Ganho pessoas que fazem o que querem comigo se aproveitando deste meu jeito, pessoas que me magoam e fazem meu dia ficar ainda pior, ganho lágrimas e sofrimentos. E depois que tudo isso passar, a pessoa volta a pedir perdão e eu como sempre volto a dar confiança.
O que será que acontece com as pessoas ao meu redor, aparentemente ninguém possui sentimento algum, a maioria não se importa.
Mas não posso fazer nada se sou o oposto da maioria.
O desejo anula todos os sentidos, faz da pessoa ou do objeto desejado um prêmio de mais alto valor. É bom, vicia, cega, mas desejar o que não se pode ter, além de ser instigante, é extremamente perigoso.
Por que foi feito com todo sentimento, o jantar preparado pela pessoa amada é sempre o melhor do mundo! (Mesmo que o arroz tenha empapado, que o frango tenha queimado e que a cozinha quase tenha ido pelos ares!)
Cuida de viver e respirar a pessoa amada como se fosse ela a tua própria vida, para que ela perceba o quanto tu a amas, e para que não te depares com uma pessoa desconhecida no final de tua vida.
Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.
Não tem idade. Não tem tamanho. Não tem peso. Não tem cor. Não tem pessoa certo. Tem o momento certo, o resto é detalhe.
É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo - tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes.
É curioso: dizemos palavrão desde a manhã até de noite, mas se ouvimos no rádio uma pessoa conhecida e respeitada pontuar suas frases com "essa gente é um pé no saco", ficamos um pouco decepcionados.
(A Insustentável leveza do Ser)
Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
uma despedida pronta a cumprir-se.
"Coragem não é a ausência do medo, mas a decisão de que algo é mais importante que o medo. O corajoso pode não viver para sempre, mas o cauteloso nunca vive plenamente."
