Fazei me Instrumento de vossa Paz

Hiato é uma palavra linda com significado triste. Há beleza na tristeza. Feio é o desencanto.

Viver é uma fúria adolescente à sabedoria anciã.

Sonhamos todos os dias. Lembramos pouco, mas sonhamos sempre. Tenho a imperfeita impressão que quando dormimos, morremos. O sonho é a lembrança para se manter vivo; é o alimento do sono. Mas, a era virtual matou o sonho e transformou a vida real em fuga débil. Estamos passando uma fome onírica, sem precedentes.

E eu que penso e não existo através do espelho, calculei sem muito gasto sináptico o tempo que se perde no selfie para encontrar a posição (projeção) idealizada de si. Foi, pois que o resultado é: esse tempo é muito maior que o tempo no qual as pessoas rapidamente encontrarão seus mais perfeitos defeitos. As virtudes, no entanto demorarão uma vida inteira para lhe devolverem à altura de sua imagem sonhada ou pesadelo indescritível.

As pessoas se irritam com as mentiras, mas se ofendem com as verdades.

Há de se desconfiar de uma sociedade quando a preocupação passa de "to be or no to be" para "curtir ou não curtir".

Não preciso de arte de protesto. O meu protesto é a arte.

Ateu, de verdade, adora Mitologia.

Com o advento do 'digital', as fotos sumiram de dentro de casa e as imagens das crianças se tornaram souvenirs.

A pele é um evento político do corpo.

Sobretudo, no Ocidente;
quando teve o homem a consciência da finitude, ele morreu antes de começar a vida.

Rir é tão bom que ainda tem bônus de palíndromo perfeito.

O Ministério da Carência adverte:
Pessoas que se apegam rápido demais às outras estão muito distantes de si mesmas.

Curiosamente o Uni Verso só se constrói no DI Verso

Escrever é talvez a arte mais solitária de todas e, por isso, a que habita uma possibilidade incrível de escuta interna e reinvenção de mundos e de si. É escrever com você, contra você, através de você e a partir do outro, sem o outro saber que lhe faz companhia nessa travessia.

Sou o que não sou. Porque se fosse sou, já não seria eu sendo. Sou o que hei de ser!

Crianças levam tombos. Adultos dão rasteiras.

Tudo que a gente quer é encontrar alguém para se perder e atravessar a rua de mãos dadas.

Escrever é viajar, só, com passagem de ida.

A realidade é um filme sem trailer.