Fazei me Instrumento de vossa Paz
Estou chegando a conclusão (tardia é verdade, mas que sempre me ocorreu) que as pessoas querem sempre algo de nós, mas nunca nos querem.
O tamanho da solidão de um criador é proporcional à abrangência que ele deseja para o êxito de suas obras e personagens.
Havia um tempo em que o espetáculo da humanidade era a própria vida, mas agora a vida se tornou espetacularizada e desumanizante. A vida não existe mais, porém, curiosamente, está a todo instante sendo filmada.
A euforia é a manifestação violenta no público de um vazio do ente privado. A alegria é o canto do eu na sensível harmonização da plateia.
A maior das violências se opera contra aquele que não pode protestar, justamente porque lhe é ausente um projeto de consciência e, consequentemente, julgamento moral que o motivaria a tal ação.
Gosto de coisas simples: café com leite, arroz com feijão, goiabada com queijo, paçoca e abraço de amigos.
Coragem é tão forte quanto covardia. A diferença é que a primeira é movida pela liberdade, a segunda pela fraqueza. Sim é uma força provida por miséria afetiva. Covardia produz também um hiato entre o caráter e o amor. Amor com falta de caráter é egoísmo.
