Faz de Mim Senhor
LOUVOR ESPERANÇOSO
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. —Salmo 103:2
Um amigo meu estava aos prantos num lindo dia de verão, incapaz de enfrentar as dificuldades da vida. Outra amiga não conseguia ver outra coisa além das tristezas do passado que mudaram sua vida. Outro ainda lutava com o fechamento da pequena igreja que ele fielmente pastoreara. Um quarto amigo perdera o emprego num ministério local.
O que os nossos amigos que estão passando por lutas — ou nós — podemos fazer para encontrar esperança? Para onde nos voltamos quando o amanhã não oferece alegres promessas?
Podemos louvar ou “bendizer” ao Senhor, como Davi em Salmo 103. Em meio aos problemas, reconhecer o papel de Deus em nossas vidas pode redirecionar nossos pensamentos além das feridas da alma, e nos forçar a enfatizar — a grandeza do nosso Deus. Davi conhecia os problemas. Ele enfrentou a ameaça dos inimigos, as consequências do próprio pecado e os desafios da angústia. Contudo, ele também reconheceu o poder do louvor que cura a alma.
Por isso, em Salmo 103 ele pode enumerar os motivos para voltarmos a nossa atenção para Deus, que nos concede muitos benefícios: Ele nos perdoa; cura, redime, e nos coroa com amor e compaixão, satisfaz nossos desejos e nos renova. Davi nos lembra que Deus é bondoso e amoroso e concede justiça e retidão.
Aprenda com Davi: louvar a grandeza de Deus traz esperança em nossos corações aflitos. —JDB
O louvor pode aliviar o seu mais pesado fardo. Dave Branon
NOS BASTIDORES
[…] sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. —1 Coríntios 15:58
O local em que trabalhávamos era quente, sujo e mal-cheiroso. Tínhamos viajado milhares de quilômetros para trabalhar em alguns projetos, e neste dia, estávamos pintando a parte de trás de uma escola para surdos. As únicas pessoas que veriam esta parte do prédio seriam o jardineiro e qualquer desafortunado que tivesse que limpar a fossa séptica.
Mesmo assim, enquanto os jovens pintavam diligentemente, uma das moças, colocou tudo em perspectiva quando disse: “Ninguém virá até aqui para ver isto, mas Deus verá. Portanto, vamos caprichar.” E assim fizemos.
Às vezes, enquanto trabalhamos, pensamos que ninguém vê o nosso esforço. Ou quem sabe, ficamos numa linha de montagem organizando item por item, num trabalho monótono. Talvez nosso trabalho seja cuidar de bebês chorões no berçário da igreja. Ou às vezes, vivemos a vida cristã da melhor forma possível — e ninguém percebe.
Com frequência, o nosso trabalho é nos bastidores. Mas se foi para isso que Deus nos chamou, precisamos fazê-lo de todo o nosso coração. A nossa tarefa é trabalhar com as forças vindas de Deus para trazer o louvor e a glória a Ele, não a nós mesmos. Parte do nosso chamado é: amar ao próximo profundamente (1 Pedro 4:8), oferecer hospitalidade (v.9) e usar nossos dons para servir ao nosso próximo (v.10). O que realmente importa é que Deus goste daquilo que vê. —JDB
Cristo não ignora o que fazemos por Ele. Dave Branon
QUANDO A TERRA TREME
Na minha angústia, invoquei o Senhor […] —Salmo 18:6
Muitos dias depois de um terremoto devastador, um garoto foi visto se balançando no parque da escola. O diretor perguntou se ele estava bem, o menino balançou a cabeça afirmativamente e disse: “Estou me movendo como a terra, então se houver outro terremoto não vou senti-lo.” Ele queria se preparar para outro tremor de terra.
Às vezes, após um trauma, ficamos tensos pensando no que poderá acontecer depois. Se tivermos recebido um telefonema que trouxe más notícias, cada vez que o telefone tocar entraremos em pânico e ficaremos imaginando: E agora, o que aconteceu?
A “terra estava tremendo” para o salmista Davi depois que o rei Saul tentou matá-lo (1 Samuel 19:10). Ele fugiu e se escondeu, achou que a morte estava próxima e disse ao seu amigo Jônatas: “[…] apenas há um passo entre mim e a morte” (1 Samuel 20:3). Ele escreveu: “Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror” (Salmo 18:4).
Davi clamou ao Senhor na sua angústia (Salmo 18:6) e descobriu que Ele era um estabilizador, alguém em quem ele podia confiar que estaria sempre ao seu lado. Ele declarou: “O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; […] o meu baluarte” (Salmo 18:2). O Senhor será isso para nós também quando a terra tremer sob os nossos pés. —AMC
Para sobreviver às tempestades da vida, ancore-se na Rocha Eterna. Anne Cetas
QUEM É SURDO?
[…] a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar […] para que vos não ouça. —Isaías 59:1-2
Um homem contou ao seu médico que achava que a sua esposa estava ficando surda. O médico pediu-lhe que fizesse um teste simples. Quando o homem chegou à porta de sua casa, gritou: “Querida, o jantar está pronto?” Sem ouvir a resposta, entrou e repetiu a pergunta. Continuou sem resposta. Na terceira tentativa, quando estava bem atrás dela, finalmente ele a ouviu dizer: “Pela terceira vez, sim!”
De maneira semelhante, os antigos israelitas achavam que Deus era surdo, quando na verdade o problema era com eles. Isaías foi um profeta enviado para advertir o povo de Deus sobre o castigo iminente, mas a sua mensagem caiu em ouvidos surdos. Ao invés de ser o povo da aliança de Deus, que deveria trazer luz para aqueles que estavam nas trevas, e libertá-los da prisão do pecado (Isaías 42:7), recusaram-se a ouvi-lo quando disse: “[…] nos caminhos do qual não queriam andar, não dando ouvidos à sua lei” (Isaías 42:24).
O profeta explicou porque as orações deles pareciam cair em ouvidos surdos. “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59:1-2). O pecado pode estar bloqueando nossa audição e impedindo-nos de ouvir as respostas de Deus. Examinemo-nos com cuidado. Nosso Deus não é surdo. —CPH
Deus fala através da Sua Palavra para aqueles que o ouvem com seus corações. C. P. Hia
ENVOLVENDO-SE
[…] benigno e misericordioso é o Senhor. —Salmo 111:4
“Ninguém vai ajudar aquele pobre homem?” Fabiano exclamou enquanto ele e meu marido, Luciano, percebiam o que causava a lentidão do tráfego na estrada com cinco pistas. Um homem estava estatelado entre as pistas com a bicicleta em cima dele, enquanto os veículos simplesmente passavam. Fabiano acionou as luzes de alerta e bloqueou o tráfego com seu carro. Depois os dois rapazes desceram do carro para ajudar o homem ferido.
Ambos se envolveram, assim como fez o samaritano na parábola de Jesus em Lucas 10. Como aquele homem, eles superaram qualquer relutância que pudessem ter enfrentado para ajudar o homem em perigo. O samaritano também teve que superar o preconceito racial e cultural. Aqueles que nós esperávamos que se envolvessem demonstraram indiferença diante da situação daquele homem a beira da estrada.
É fácil encontrar motivos para não se envolver. Ocupação, indiferença e medo estão no topo da lista. Ainda assim à medida que buscamos seguir o nosso Senhor fielmente, perceberemos melhores oportunidades para demonstrar o tipo de compaixão que Ele mostrou. (Mateus 14:14; 15:32; Marcos 6:34).
Na parábola do Bom Samaritano, Jesus elogiou o homem que agiu com compaixão apesar de ter sido inconveniente, difícil e custoso fazê-lo. Então, para nós, Ele disse: “Vai e procede tu de igual modo” (Lucas 10:37). —CHK
A verdadeira compaixão coloca o amor em ação. Cindy Hess Kasper
ENTOE UM NOVO CÂNTICO
Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores. —Salmo 98:4
O pastor Willis foi admitido em um lar para idosos aos 94 anos. Sentado em sua cadeira de rodas ele compartilhou com alegria como Deus lhe dera um novo campo missionário para anunciar o evangelho. Quando estava acamado, anos mais tarde, ele falou entusiasticamente que estava na melhor posição para olhar para Deus. Ao morrer, com 100 anos, o pastor Willis deixou para trás um legado de alguém que cantou uma nova canção, em cada fase de sua vida terrena.
Salmo 98 nos exorta a cantar uma nova canção ao Deus que “tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória” (v.1). Devemos louvá-lo — mesmo em tempos de dificuldades — porque Deus se lembra “da sua misericórdia e da sua fidelidade” (v.3). Mesmo que esse salmo seja sobre Deus libertando os israelitas da escravidão, é também, profético, sobre a nossa salvação por Jesus Cristo nosso Senhor. E ao lembrarmos o que Deus fez por nós, podemos confiar nele para nos ajudar com as dificuldades de hoje tanto quanto com as incertezas do amanhã.
O salmista escreveu: “Ruja o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam […] cantem de júbilo os montes, na presença do Senhor” (v.7-9). Unamo-nos à criação de Deus na canção de louvor ao nosso Salvador. —AL
O coração em sintonia com Deus canta melodias de louvor. Albert Lee
CONTE SUA HISTÓRIA
Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. —Marcos 5:19
Um consultor organizacional em Nova Iorque diz que seus alunos universitários recordam apenas 5 por cento das principais ideias apresentadas em gráficos e quadros, e que, geralmente, estes mesmos alunos recordam metade das ideias que lhes são repassadas em histórias. Existe um crescente consenso entre estudiosos da comunicação a respeito do valor do toque pessoal ao relatar experiências. Enquanto fatos e gráficos geralmente põem seus ouvintes para dormir, uma ilustração da vida real pode motivá-los à ação. A autora Annette Simmons diz: “O toque humano é o ingrediente que falta na maioria das comunicações falhas.”
Marcos 5:1-20 mostra com dramaticidade Jesus libertando um homem dos poderosos demônios que o possuíam. Quando o homem restaurado quis ficar com Jesus em Suas viagens, o Mestre lhe disse: “‘Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti.’ Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam” (vv.19-20).
O conhecimento e eloquência, geralmente, são super valorizados no processo de anunciação do evangelho de Jesus Cristo. Nunca subestime o poder do que Deus fez por você, e não tenha medo de contar sua história aos outros. —DCM
Compartilhar o evangelho é compartilhar boas-novas com alguém. David C. McCasland
O PODER DO AMOR
O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor. —Sofonias 3:17
O documentário Young @ Heart (Coração Jovem) mostra a jovialidade de um coral de pessoas cuja média de idade está na casa dos 80 anos. Repleto de humor e momentos comoventes, o filme inclui cenas da apresentação do coral em uma prisão. Quando a apresentação se encerra, os cantores vão até o público e cumprimentam com apertos de mãos e abraços.
A surpresa inesperada que os prisioneiros refletem diante dessa aproximação pessoal, me fez lembrar o livro de Sofonias, no qual o profeta traz uma poderosa mensagem da presença e do amor de Deus por Seu povo durante os tempos difíceis: “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (3:17).
Uma estudiosa da Bíblia diz que: “Sofonias começa com tristeza, mas termina com alegria e canto. A primeira parte do livro contém pensamentos tristes e sofredores, mas encerra com uma das mais doces canções sobre amor escritas no Antigo Testamento”.
O amor de Deus por nós é sempre estonteante, especialmente quando enfrentamos situações difíceis na vida. Durante os tempos mais sombrios, o Senhor vem a nós com Sua alegria, Sua música e Seu amor. —DCM
No jardim de amor de Deus, você é o Seu “bem-me-quer”. David C. McCasland
MÚSICA DA ALMA
[…] falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. —Efésios 5:19
Em seu livro Musicofilia: Contos Sobre a Música e o Cérebro, Oliver Sacks dedica um capítulo ao papel terapêutico da música para pacientes portadores de Alzheimer. Ele descreve a observação de indivíduos com demência avançada que reagiram as músicas que trouxeram de volta lembranças que lhes pareciam perdidas: “Os rostos se tornam expressivos quando a velha canção é reconhecida e sentem o seu poder emocional. Uma ou duas pessoas, talvez, começam a entoar a canção, outros se juntam a elas e de repente o grupo inteiro — antes muitos deles estavam virtualmente sem fala —, mas agora cantam juntos, dentro de suas capacidades.”
Vejo isto acontecer nos cultos matutinos de domingo numa clínica para pacientes com Alzheimer, onde a minha sogra está internada. Talvez você já tenha vivenciado isso com algum ente querido, cuja mente está nebulosa, e uma canção evoca uma consciência vinda do profundo do ser.
Paulo incentivou os cristãos de Éfeso “[…] enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Efésios 5:18-19). Canções que glorificam a Deus podem atingir o patamar mais profundo onde o significado jamais se apaga. Mais do que palavras, harmonia ou pensamentos conscientes, esse tipo de música é bom para a alma e para o coração. —DCM
É inevitável louvar a Deus quando o coração está em sintonia com Ele. David C. McCasland
DIZENDO A VERDADE
Porém o Senhor lhes enviou profetas […] mas eles não deram ouvidos. —2 Crônicas 24:19
O livro O Sol é Para Todos, foi escrito por Atticus Finch, um advogado respeitado de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, nos anos 30, durante o período de segregação racial. Quando ele decide defender o caso de um negro inocente contra dois brancos desonestos, ele sabe que enfrentará o terrível preconceito do grupo de jurados. No entanto, sua consciência o impele a dizer a verdade com ousadia, mesmo diante de oposição.
Os profetas do Antigo Testamento muitas vezes eram enviados para pregar a verdade a pessoas inflexíveis. “Porém o Senhor lhes enviou profetas para os reconduzir a si; estes profetas testemunharam contra eles, mas eles não deram ouvidos” (2 Crônicas 24:19). A sua mensagem geralmente resultava em perseguição e algumas vezes até mesmo em morte (Hebreus 11:32-38).
Durante o ministério de Cristo na terra, a Sua mensagem também causou forte oposição. (Lucas 4:21-30). Ainda assim, na soberania de Deus, o terrível erro judicial que sentenciou Jesus a morrer na cruz comprou a nossa redenção.
Agora como representantes do Cristo ressurreto neste mundo, devemos promover a reconciliação, a justiça e a integridade (Miquéias 6:8; 2 Coríntios 5:18-21). E para promovê-lo é necessário dizer a verdade mesmo diante de oposição. Esta é a tarefa de todo cristão até aquele dia, quando Cristo fizer justiça (Apocalipse 20:11-15). —HDF
É melhor dizer a verdade e enfrentar rejeição, do que escondê-la só para ser aceito. Dennis Fisher
SOLUÇÃO DE CONFLITO
Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor. —Filipenses 4:2
Celebra-se hoje em muitos países o Dia Internacional de Resolução de Conflitos. O objetivo desta celebração é incentivar as pessoas para que usem a intermediação e a conciliação, ao invés do sistema judiciário para acertarem suas diferenças. Como seguidores de Cristo não estamos imunes ao conflito, por isso precisamos aprender a resolver nossas desavenças de maneiras que honrem ao Senhor.
Dizem que as “brigas nas igrejas geram os piores conflitos”, talvez porque ocorram entre pessoas que professam a crença na unidade e no amor. Muitos cristãos foram tão feridos por um irmão na fé, que saíram da igreja e jamais retornaram.
Evódia e Síntique são citadas nominalmente na Bíblia e persuadidas a resolver suas diferenças: “pensem concordemente, no Senhor” (Filipenses 4:2). Ao invés de deixá-las resolverem seus conflitos sozinhas, Paulo apelou a um companheiro de confiança que as ajudasse, quando escreveu: “auxilies [estas mulheres], pois juntas se esforçaram comigo no evangelho” (v.3). Neste mesmo contexto, Paulo instigou os filipenses a levar seus pedidos a Deus, enfatizando que a oração traz a paz divina (v.7) e a sensação da Sua presença permanente (v.9).
Os relacionamentos quebrados numa comunidade cristã são da responsabilidade desta. Em meio às dores e diferenças podemos encorajar, ouvir e orar. —DCM
O perdão restaura os relacionamentos quebrados. David C. McCasland
A DERROTA DA MORTE
Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. —1 Coríntios 15:57
A fé cristã deve fazer diferença em nosso estilo de vida diariamente. Contudo, a prova final da nossa confiança no evangelho é a nossa reação diante da morte. Quando participamos do funeral de um amigo que partiu e amava o Senhor Jesus, nos reunimos para honrar um cristão, cuja firme confiança em Cristo abençoou ricamente a vida daqueles que o conheceram. As palavras ditas são mais uma expressão de louvor a Deus do que um tributo a um companheiro admirável. O culto é um testemunho da vitória do nosso Salvador sobre a morte e o sepulcro, que glorifica a Deus (1 Coríntios 15:54-57).
Quanta diferença do funeral de Charles Bradlaugh, um combatente britânico ateu. O escritor Arthur Porritt relembra: “Nenhuma oração foi feita diante do túmulo. Na verdade, nem uma palavra foi balbuciada. Os restos mortais foram colocados em um caixão leve e baixados a terra de forma um tanto quanto sem cerimônia, como se um cadáver em decomposição estivesse sendo colocado fora de visão apressadamente… parti com o coração gelado. Só então despertei e percebi que, a perda da fé na continuidade da personalidade humana após a morte, dá a ela uma vitória pavorosa.”
Os cristãos, entretanto, creem na comunhão face a face com Deus após a morte e a ressurreição final dos nossos corpos (1 Coríntios 15:42-55; 1 Tessalonicenses 4:15-18). A sua fé se alegra com a vitória sobre a morte? —VCG
Porque Cristo vive, nós também viveremos.
Vernon Grounds
AJUDADO PELO MEDO
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência. —Provérbios 9:10
O medo tem significados diferentes para pessoas diferentes. Para o jogador profissional de golfe Padraig Harrington, o medo é a motivação para ajudá-lo a atingir seu melhor desempenho. Em 2008, quando venceu os Jogos Abertos da Inglaterra e o Campeonato da Liga Profissional de Golf, Harrington declarou: “Sim eu sinto medo. Gostaria de dizer que tenho toda a confiança e paciência e que estou tranquilo. Não, este não sou eu. [O medo] me impulsiona. Ele me mantém indo à academia. Tenho que trabalhar com ele e usá-lo a meu favor.”
Talvez seja o medo do fracasso, ou o medo de perder as estribeiras, mas Harrington considera o medo como algo útil em sua vida profissional.
O temor também pode ajudar a quem segue Cristo. As Escrituras nos desafiam a exercer um temor reverente a Deus, o qual é o melhor tipo de temor. Ele motiva-nos a estarmos preocupados com a nossa desobediência a Ele ou com o nosso viver de forma contrária aos Seus caminhos. É prestarmos reverência ao nosso grande Deus, curvando-nos à Sua perfeita vontade e buscando Sua sabedoria para vivermos. Com esse objetivo, Provérbio 9:10 declara: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência.”
Podemos viver sabiamente em um mundo incerto ao temermos a Deus, honestamente. —WEC
Tema a Deus e nada mais terás a temer. Bill Crowder
UM BOM TRATAMENTO
Examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos. Pois […] tenho-a perante os olhos […] —Salmo 26:2-3
Dolly, nosso animal de estimação, é da raça West Highland Terrier e tem sete anos. Ela adora cavar na sujeira, o que significa que suja-se muito. Damos banho nela em casa quase todas as semanas, mas às vezes ela fica tão encardida e o pelo embaraça tanto que temos que levá-la para cuidados profissionais.
Antigamente ela odiava ir à Pet Shop, porque a atendente estava sempre com pressa e mal-humorada. Fazê-la entrar no recinto era uma luta. A visão da loja sempre a animava para fugir.
No ano passado decidimos experimentar outra Pet Shop e descobrimos que o nosso animal de estimação, apesar de nem sempre gostar da experiência, agia com menos relutância. A atendente era bondosa apesar de lavar Dolly e causar-lhe desconforto.
Quando o pecado e os entulhos se acumulam em nossos corações, precisamos ser purificados. Como o salmista Davi, precisamos pedir a Deus que “sonde” e “prove” nossos corações e mentes e nos mostre nossos pensamentos, atitudes e caminhos perversos (Salmo 139:23-24). Nosso Senhor pode causar-nos desconforto, pois a exposição dos nossos erros é muitas vezes difícil, mas podemos nos aproximar dele sem medo.
Quando o Senhor nos examina, apesar de ser doloroso, Ele é gentil e bondoso. —DHR
Arrependimento é a ferida que traz a cura. David H. Roper
HUMILDE BRAVURA
Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse. —Filipenses 2:29
Uma reportagem de um jornal americano dizia: “Um grande número de americanos, de clérigos a advogados e diretores executivos de empresas reivindicam medalhas por bravura, que nunca lhes foram concedidas.” A fabricação de registros de guerra e falsificação de títulos de bravura estão mais disseminadas do que se imagina. Um homem, que de modo falso recebeu uma comenda da marinha, mais tarde se sentiu envergonhado e afirmou que os verdadeiros heróis raramente falam sobre seus feitos.
O heroísmo é reconhecido pela disposição em ariscar a vida de maneira altruísta em benefício do próximo. Em Filipenses, Paulo reconhece dois de seus colegas como verdadeiros heróis da fé. Paulo elogiou Timóteo por seu altruísmo e caráter aprovado, como um verdadeiro filho que serviu ao evangelho junto com ele (2:22). E Paulo descreveu Epafrodito como “meu irmão, cooperador e companheiro de lutas” (v.25) que arriscou a sua vida pela obra de Cristo (v.30).
Paulo disse aos cristãos em Filipos para “honrar sempre a homens como esse” (v.29). Honrar aos irmãos na fé pelo seu serviço magnânimo a Deus é um mandamento bíblico. Não é um culto a um herói, mas uma atitude de respeito por uma vida bem vivida.
Através de uma palavra de encorajamento ou uma expressão tangível de reconhecimento, a quem você pode honrar hoje pela sua humilde bravura no serviço ao Senhor e auxílio ao próximo em Seu nome? —DCM
A fé em Cristo pode transformar pessoas comuns em heróis extraordinários. David C. McCasland
DEUS, O OLEIRO
Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. —Gênesis 2:7
Isso é literalmente o que o Senhor fez em Gênesis. O soberano Criador formou e moldou a humanidade com um design único. Este processo envolveu a criação do homem a partir do pó da terra. A palavra formou em Gênesis 2:7 descreve o trabalho de um artista. Como um oleiro, moldando e transformando o barro num cântaro ou algum outro tipo de vaso de pó da terra, assim o Senhor formou a humanidade a partir da argila.
A obra de Deus com o pó e o barro continuou quando Ele soprou para dentro do homem o fôlego de vida, transformando-o numa alma vivente. Isto fez do homem um ser espiritual com a capacidade de servir e ter comunhão com o Senhor.
Depois que Adão e Eva pecaram, Deus continuou trabalhando e moldando o barro, enviando Seu Filho Jesus para morrer e regenerar aqueles que o recebem, para que possamos desfrutar da comunhão com Ele. Com gratidão, usemos nossas mãos para realizarmos boas obras para Sua glória. —MLW
Deus é verdadeiramente o único que pode nos moldar. Marvin Williams
QUE CAVALGADA!
Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor […] por toda parte […] —1 Tessalonicenses 1:8
Francis Asbury montou seu cavalo quase 10 mil quilômetros, anualmente, por quase meio século. Apesar da saúde frágil, ele prosseguia incansável. Ele se nutria com carne seca defumada — um tipo de alimento que não se estragava durante suas longas viagens. Asbury é lembrado por introduzir o circuito de cavalgada do pregador metodista como uma forma eficiente de conquistar a fronteira americana para Cristo. O seu objetivo era sempre a plantação de novas igrejas em áreas remotas.
Ao final do seu ministério, ele havia recrutado mais de 700 pregadores itinerantes. Quando Asbury chegou às colônias americanas em 1771, havia apenas cerca de 600 metodistas nos Estados Unidos. Após 45 anos o número subira para 200 mil!
A estratégia de Asbury para a plantação de igrejas reflete a abordagem do apóstolo Paulo de muitas maneiras. Para a igreja que ele plantara em Tessalônica, Paulo escreveu: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte” (1 Tessalonicenses 1:8; veja Atos 17:1-10).
Os dias do circuito de cavalgada do pregador se foram. No entanto, cada um de nós tem sua própria “fronteira” onde os amigos, parentes e vizinhos são nossos campos missionários. Você consegue lembrar-se de alguém que hoje precisa ouvir as boas-novas? —HDF
Os que amam a Cristo têm amor pelos perdidos Dennis Fisher
DIFÍCIL DEMAIS
[…] Ó Senhor meu Deus, tu fizeste reinar a teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me. —1 Reis 3:7
Jimmy Carter, quando jovem, era um aspirante a oficial da Marinha Americana. Ele foi profundamente impactado pelo Almirante Hyman Rickover, o oficial superior da frota de submarinos nucleares americanos.
Pouco tempo após sua posse como presidente, Carter convidou Rickover à Casa Branca para um almoço, nesta ocasião o Almirante presenteou Carter com uma placa onde se lia: “Ó Deus, o Teu mar é tão grande, e o meu navio, tão pequeno.” Essa oração traduz uma perspectiva útil a respeito do tamanho e complexidade da vida, e nossa inabilidade em lidar com ela sozinhos.
Salomão também sabia que a vida podia ser esmagadora. Quando sucedeu seu pai Davi como rei de Israel, confessou sua fraqueza a Deus, dizendo: “[…] Ó Senhor meu Deus, tu fizeste reinar a teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me” (1 Reis 3:7). Como resultado, ele pediu por sabedoria para liderar de maneira que agradasse Deus e que ajudasse outras pessoas (v.9).
A vida parece difícil demais para você? Talvez não haja respostas fáceis para os desafios que você está enfrentando, mas Deus promete que, se você pedir sabedoria, Ele a dará (Tiago 1:5). Você não precisa enfrentar sozinho os desafios esmagadores da vida. —WEC
Ao reconhecer nossa pequenez, podemos aceitar a grandeza de Deus. Bill Crowder
MUNDO MARAVILHOSO
Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu. —Salmo 119:89
A descoberta dos pergaminhos do Mar Morto em 1947 é considerada a maior descoberta arqueológica do século 20. Os antigos manuscritos escondidos nas cavernas próximas de Qumran são as mais antigas cópias dos principais livros do Velho Testamento. Em 2007, o Museu de História Natural de San Diego, EUA, patrocinou uma exposição contendo 24 destes manuscritos. Repetiu-se com frequência que o texto da Bíblia em hebraico (o Velho Testamento cristão) permaneceu virtualmente inalterado pelos últimos dois mil anos.
Os seguidores de Cristo que creem que a Bíblia é a eterna e imutável Palavra de Deus veem nessa espantosa preservação mais do que uma coincidência. O Salmista escreveu: “Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu. A tua fidelidade estende-se de geração em geração” (Salmo 119:89-90). Jesus disse: “[…] as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35).
A Bíblia é mais que uma relíquia histórica. Ela é a viva e poderosa Palavra de Deus (Hebreus 4:12), na qual encontramos o Senhor e descobrimos como honrá-lo e viver para Ele. “Nunca me esquecerei dos teus preceitos,” o salmista concluiu, “visto que por eles me tens dado vida” (Salmo 119:93).
Que privilégio nós temos em buscar a Deus em Sua extraordinária Palavra a cada dia! —DCM
Conhecer Cristo, a Palavra Viva, é amar a Bíblia, a Palavra escrita. David C. McCasland
O SENHOR PROVERÁ
[…] o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. —Mateus 6:8
Em meus primeiros anos de pastorado, servi em igrejas pequenas cujas finanças eram muitas vezes apertadas. Certa ocasião sentimos o peso dessa pressão em nossas finanças familiares. Nossos alimentos já estavam acabando e o pagamento ainda demoraria vários dias. Enquanto minha esposa e eu nos inquietávamos sobre como iríamos alimentar nossos filhos nos próximos dias, a campainha tocou. Ao abrirmos a porta encontramos duas sacolas de mantimentos. Não havíamos contado a ninguém sobre nossa situação, no entanto, nosso Deus provedor havia orientado alguém para suprir nossa necessidade.
Esta experiência me faz lembrar do relato de Abrão quando lhe foi ordenado que sacrificasse seu filho Isaque. Ao invés disso, Deus proveu um cordeiro no momento exato. Abrão chamou esse lugar de Jeová-Jireh, “O Senhor Proverá” (Gênesis 22:14). Ele é aquele que ainda se preocupa profundamente com Seus filhos.
Jesus disse: “[…] o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6:8). Ele constantemente nos cuida e busca o que considera melhor para nós — um lembrete de que em tempos de sofrimento, necessidade e temor, temos alguém que se importa. Pedro escreveu que podemos lançar todas as nossas ansiedades sobre Jesus, porque ele cuida de nós (1 Pedro 5:7) Podemos nos voltar para Ele em nossa hora de necessidade. —WEC
O que Deus promete, providenciará. Bill Crowder
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