Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade
Hoje...despertei minha alma caminhando pela praia, a areia branquinha massageava meus pés entre meus dedos, e cada vez mais me incentivava a caminhar e caminhar...
Meu corpo todo se sentia livre, o céu estava azul vestindo o mar, o sol brilhava acariciando minha pele sem me incomodar , as ondas do mar arrebentavam ao longe que de mansinho molhavam meus pés em suas espumas.
É tanta beleza, se soltar e deixar nossa alma, conduzirnosso corpo ao divino, à natureza.
Wall de Souza
O vinho me trás a anuência para
saborear a vida e a penumbra para alegrar minha alma..
Wall de Souza
Uma mente transtornada, aprisiona sua própria alma.
Cabe a outra alma mais próxima soltá-la.
Wall de Souza
Um barco ancorado, expõe uma solidão não contida, na alma viajante do meu ser.
É como se os meus sonhos dormidos, quisessem acordar, já estando em alto mar.
Wall de Souza
O livre arbítrio é uma das provas da inata liberdade da alma. Ele nos dá o poder de não enfrentar as consequências de determinada escolha errada que fizemos, e, fazendo nova escolha, adiar por um tempo as consequências desse erro. Mas, com certeza a cobrança virá nessa nova escolha, ainda que pensemos estar livres, pois o karma é peremptório, e não está adstrito somente nas escolhas feitas em uma existência, mas em várias delas.
Nelson de Medeiros
Meus pensamentos não passa
Continua latejando em mim
Sufocando minha Alma
Gritando no meu peito
Percorrendo meu sangue
Um desejo me perturba
Não tem hora, não tem dia
Está mente insensata
Egoísta só pensa nela
Esqueceu que estou aqui
Viajo nos desejos de um dia acabar
Hora felicidades
Hora tristeza
Espero isso acabar
É só te encontrar
Minha alma é escura e estranha, minha voz é calma, mas repleta de dor, minhas palavras são como um fio de navalha cortando a realidade que cerca ao meu redor.
Onde estou? Não sei dizer.
Sou uma alma em constante sofrer. Caminho sem saber para onde, em busca de mim mesmo, em um mundo que parece feito para a confusão.
Sou prisioneiro do meu próprio ser, enclausurado em uma cela invisível, mas minha mente inquieta não para de correr, como um cavalo selvagem, indomável e imprevisível. Em um mundo que parece sempre me negar o prazer.
A escrita? Minha única companhia, minha vingança, minha forma de expressar a dor que sinto a cada novo dia. O desabafo da esperança de encontrar um dia a paz que tanto anseio, a redenção da minha mente.
Sinto a minha alma a clamar por liberdade,
Por algo que me faça sentir especial.
E no silêncio da noite, solitário e perdido,
Encontro um pouco de paz e de solidão.
No meu íntimo há um mundo infinito de sonhos e desejos a me embalar, sinto-me um ser pequeno e limitado diante de tanta imensidão a me cercar.
Sou um fragmento de tudo o que existe, um grão de areia perdido na imensidão, mas ainda assim carrego em mim a chama da paixão que me move em direção a algo que a mim não parece são.
Então, deixe-me mergulhar no abismo, e encontrar a paz no nada, pois não há nada mais libertador do que a aniquilação de si mesmo.
Na busca pelo amor eu me perco, em devaneios, sonhos e esperanças, sinto a alma pulsar, o coração arder, e a solidão apertar, como uma lança.
Procuro nos olhos do outro a cumplicidade, a ternura, o afeto, a felicidade, mas muitas vezes só encontro desilusão, e me pergunto se há, afinal, alguma solução. Certa vez encontrei quem abracei e senti a força das minhas emoções, mas não era eu o sonho que desejavas, nem a ilusão que procuravas.
Ah, como seria bom encontrar alguém, que me amasse como sou, sem pudores, que me aceitasse com todas as minhas dores,
O amor é uma sorte, o talvez da escassez, quem sabe um dia vai bater em minha porta e me preencher de vez.
Dentro de minha alma residem mil vidas, cada uma com uma voz que deseja ser ouvida. Eu sou mil eus diferentes, cada um com seus desejos e sonhos, todos entrelaçados, que sussurram segredos a cada palavra proferida.
Meu coração, uma tela, pintada com seus matizes, cada pincelada uma lembrança do que já foi. Uma colcha de retalhos de emoções e pontos de vista, um retrato de uma vida vivida interiormente.
Eu sou o poeta, o pensador, o ignorante, o palhaço, o amante, o romântico, o desiludido, o andarilho, o sábio. Eu sou o silêncio, o rugido, o som, a luz, a escuridão, o palco.
Sou uma contradição, um mistério, um enigma que não pode ser resolvido, um quebra-cabeça sem história, uma história que ainda não foi contada.
No entanto, em meio a todo esse caos, encontro, um silêncio que ecoa lá no fundo. Uma quietude que acalma minha mente inquieta, uma paz que habita em minha alma. É o meu Daemon, que me diz o que eu preciso ouvir. Diz-me que não estou só, que todos os meus eus são um no final, que eu sou uma semente que foi semeada, e que vou crescer e transcender.
E assim, vagueio por essas tantas vidas, abraçando cada uma como se fosse a minha. Pois nesta jornada, eu descubro o que sobrevive, a beleza de uma alma que cresceu demasiadamente, mas que habita uma vida que não viveu inteiramente, e um corpo puramente ausente.
Minha pele tem a cor azul da sua alma. Uma colagem minimalista que reflete a beleza do céu ensolarado sem nuvens, leve como borboleta você me completa e me conforta. Com você nunca estou só. Marquei feito tatuagem o meu amor pelo feminino. Sou imune a qualquer trauma, sou um herói de mim mesmo. Me salvei com lágrimas salgadas que me alimentaram como um faminto no deserto.
