Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade

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Caso não ponha fim à guerra, esta não será uma vitória.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

Os que têm tentado reformar os costumes do mundo, no meu tempo, com opiniões novas, reformam os vícios da aparência; quanto aos da essência, deixam-nos intactos, quando não os aumentam.

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

A razão, sem a memória, não teria materiais com que exercer a sua atividade.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

Não falar para o seu século é falar com surdos.

As coisas maiores só devem ser ditas com simplicidade; a ênfase estraga-as. As menores precisam de ser ditas com solenidade; elas só se sustentam pelo modo de expressão, pela atitude e pelo tom.

Perdoamos tudo a nós próprios e nada aos outros.

A autoridade de poucos é e será sempre a razão e argumento de muitos.

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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