Fase Ruim Fase Boa Fernando Pessoa
Aos poemas que escrevo
Alguem ah de me inspirar
penso nela a todo instante
procuro ela encontrar
a esse pequeno verso
oque sinto tento falar
esse novo ano
ela vou esperar
o tempo que for
amor pra ti aqui estar
pense bem por que
quem muito esperar
um dia ah de acabar.
Me procure quando você precisar de mim, mais nunca esqueça meu nome quando você der uma festa...by.fmayoral
Nascimento, principio... é o momento em que se entra em contato com o mundo, é o começo.
“é brutal o nascimento.”
Imagine após nove meses, protegido de tudo e de todos, de repente você é retirado desse “mundo perfeito”, expelido...agarrado , o primeiro contato com o mundo, o toque das mãos enormes de uma pessoa, luz, o som ,...o rompimento do cordão umbilical, o elo entre você e seu "mundo perfeito" de carinho, proteção, amor,... a tragédia, você é desligado do seu criador.
O vazio existencial do ser humano pode ser que tenha tido origem ali, naquele momento, e deixa cicatrizes que vão o acompanhar por toda sua vida.
O nascimento é o inicio da tragédia, porque a vida é trágica, e você faz parte disso agora, e nem se quer perguntaram se você queria ou não. Um ininterrupto e constante processo de acontecimentos, assimilação, adaptação, ação, acomodação... que transcorre por toda vida, o objetivo? Buscar prazer, equilíbrio, plena satisfação no mundo em que você foi inserido.
Fazer parte desta “Divina Comédia” não é opcional.
E tão angustiante é saber que mesmo ininterrupto, e constante, a busca pelo equilíbrio, o prazer, a plena satisfação, nunca será atingido.
“Saúde é o pleno bem estar físico e mental.”
Mas quem conseguiu atingir este plano antes que a morte o levasse, sendo assim, a tragédia é viver sabendo que o tempo, o devir....é mais rápido do que se pode imaginar, não haverá tempo para contemplar a plena satisfação.
Através do nascimento...”o nascimento da tragédia”, inserido na comédia ....” A divina comedia” que é vivida no palco do teatro da vida, onde todos são atores que interpretam e buscam o tempo todo por algo que preencha o vazio...”vazio existencial”, deixado talvez... pelo rompimento do cordão umbilical.
E tudo começa pelo desejo do “ego” de alguém que pensa no devir... o devir, continuidade da vida , do mundo.
Assimilar, adaptar, agir, acomodar....até incomodar, e recomeçar, tudo de novo....
Sem a opção de fazer parte ou não deste mundo, seja bem vindo a “Divina Comédia”, é aqui mesmo o inferno, purgatório e paraíso, o palco da vida.
Na platéia apenas duas celebridades.
Deus e o Diabo.
É impressionante como durmo pensando em você, como eu envio uma mensagem no meio da noite e acordo logo de manhã esperando uma resposta, como eu consigo me afastar de tudo e todos mas não de você. Mas o que eu acho mais impressionante é que eu fiz e faço tudo isso sem saber se você faz ou já fez o mesmo também.
Carta da Liberdade
Um dia, eu conheci alguém especial.
E esse dia, se tornou um dia especial.
E por muito tempo, achei que esse dia, ninguém tiraria de mim.
Neste dia, esse alguém, se tornou parte de mim.
Erro, dádiva, ilusão, realidade... Não importa, esse alguém se tornou especial.
E esse alguém passou a ser eu, e eu passei a ser esse alguém (ou apenas vivi isso).
E esse alguém secou minhas lágrimas.
E esse alguém suavizou meu ser.
E esse alguém, se sintonizou a mim.
Mas de repente esse alguém se esvaiu, como a água que escapa pelos vãos dos dedos.
Não era abandono, não era traição... Era liberdade.
E do mesmo jeito que em um dia especial, conheci esse alguém especial, percebi, então logo de pouco raciocínio (mas talvez grande conflito), que esse alguém, que conheci naquele dia, o que tinha de mais especial era a sua liberdade.
E assim vi, que não estava permitindo deixar ser àquela pessoa especial o que é de fato: um ser livre.
Talvez o zelo, o carinho, o apego, ou até a posse (por que não pensar nisso?) não me permitiram fixar em uma cronologia óbvia e talvez lógica e antiga, de que somos seres livres e especiais.
E então me pergunto: Por que tenho dificuldades de entender a liberdade de um ser tão especial?
E diante das diretrizes da vida, cada ser (que também é especial), possui reflexos e reações à imposições que a vida (modificadora de milésimos), contrapõe às nossas realidades (ou castelos construídos na areia próxima a maré que logo sobe).
Na conclusão do meu íntimo, diante de minhas reações, finalizando, entendendo e até mesmo me perdoando (por que não?), que não devo praticar o abandono, nem a mágoa, nem o ciúme...
Devo praticar, como pratico, apenas o desapego, de deixar um ser especial (meu ser especial), ser o que é: um ser livre.
Atos singelos, olhares diferenciados, posturas marcantes, sintonia sincronizada.
Lembranças, de um passado, do presente e de um futuro que virá.
A família que escolhemos: são eles, os amigos.
O caos é o pai do improvável, e o improvável é quem o levará à incessante busca por novas descobertas.