Fase Ruim Fase Boa Fernando Pessoa

Cerca de 74716 frases e pensamentos: Fase Ruim Fase Boa Fernando Pessoa

Mesmo com tristeza, o que é perfeitamente normal, sinto-me bem porque sei que fiz o que pude, falei o que pensei, mudei quando foi preciso. (E, olha, minhas mudanças foram ótimas e serão permanentes) e fui sincera sempre, em todos os momentos, em cada conversa, em cada mensagem.

São tudo histórias, menino. A história que está sendo contada, cada um a transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo. Mesmo que ninguém compreenda, como se fosse um combate. Um bom combate, o melhor de todos, o único que vale a pena. O resto é engano, meu filho, é perdição.

Eu e você não acontecemos por uma relação causal, mas por uma relação de significado.

Quero muito te amar e me encontrar contigo. Mas não sei se conseguiremos — e tenho medo.

Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse.

Ando amando, durmo amando. Canto, espero, supero. Depois de uma ventania a paz volta ao coração.

Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero. E muito.
Talvez bastasse qualquer coisa, como chegar muito perto de você, passar a mão no teu cabelo e te chamar de amigo. Ou sorrir, só sorrir...

Estou me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém.

O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada.

‎Tem um lema de vida – aliás muito apropriado: “Somente as pedras não sobem à tona quando caem no fundo de um poço”.

Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo.

Quando tudo parece sem saída sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo.

Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada.

Sorriram um para o outro. E tudo estava certo, outra vez, e tudo tinha um gosto bom.

Até hoje eu não sei se o nosso grande problema é o seu apego idiota a sua liberdade, ou a minha bipolaridade maldita que na nossa história, de alguma forma, é abafada por essa sua escolha de ter a mim e ao mundo, sem abrir mão de nenhum dos dois. Também não sei se o que me prende tanto a você é justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós. Mas alguma coisa me prende, e me prende demais.

‎Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir.

Vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai: você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off.

Faço o papel sem dificuldade. A água flui, vai para a frente. Isto também vai passar. Mas não compreendo. Então um lado meu pensa: é sina, é fado, é destino, é maldição. Outro lado pensa: não, é mera neurose, de alguma forma sutil devo construir elaboradamente essa rejeição. Crio a situação, e ouço um não. Desta vez, eu tinha tanta certeza. E penso: os deuses me traíram, os búzios me atraiçoaram, as cartas me mentiram. E me sinto velho e cansado, e tiro toda a roupa preta guardada nos armários — e tudo não deixa de ser teatral, meio engraçado. Mas há também uma dorzinha verdadeira no fundo.

Sou tão inseguro, meu bem, não faça assim comigo não, como dizia Carmen Miranda.

Pro inferno com os corações. Você também sabe que não servem pra nada. E as coisas só começam pra terminar e as pessoas só não querem sair feridas. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço. E no fim, seus amores só os chamarão de passado e experiências infrutíferas.