Fantasia
Sô Juca
Num bóti reparu nu modi deu falá
Sô hôme simples, caboclo sem enricá
Pôcu letradu, mais tenhu vivênça
E vô ti contá puque bateu essi querê
De fazê ocê sabe de nossu cumpadi
Num é qui Tião se enrosco
Cum a fia de véia Fraviana¿
Nessa peleja, a minina pegô barriga
Tãossi Guilermino sotô as tampa
Tião juntô os trapo dele e ganhô mundo
Cumpadi Guilermino fez o mermo
Juntô os trapo da coitada
E jogo a minina Jussinaria na estrada
Ela vei batê aqui, sô Juca
Quis fazê pousada nu meu barraco
Mas aqui num dá, cê sabe
Ocê sempri diz que qué tê fio
E eu mandei a minina ai pro cê cuidá
Inté
Entre confete e serpentina chega Fevereiro sorrindo, e no ritmo da bateria mais uma vez abre alas para os foliões mascarados, para a alegria e a fantasia das festas de carnaval.
Sempre que me deparo com minhas utopias, procuro acalentar minha alma, com o entendimento que a realidade por vezes é tão cruel, que instintivamente me leva ao modo ilusão. Então é que, na verdade o real impiedoso é que me atira para o devaneio, mesmo sabendo eu que serei acordado pela realidade que irá bater a minha porta. Tock Tock Tock!
"Brincar de EU"
brincava de ser Seu
Teu presente era...
eu Não ser eu
brincava de ser tonto para te prender...
te assustavas e tu gostavas
até te admiravas...
o que EU podia fazer
presente a Ti
mal a Mim
À...
prender ao Peito
meu Jogado coração...
eras Tu Dia,
eu era noite
Brincava EU...
De Ilusão.
Leon Nunes Goulart
Na vida existem limites claros e sólidos, que jamais deveriam ser transpostos. Fantasiar um relacionamento com o namorado da melhor amiga é um desses limites.
Ideias e fantasias que saltam do travesseiro,
Imagens que se retém do vaivém de um dia inteiro,
Num sono revigorante de um transeunte em devaneio,
São sonhos de um insone que de uma noite é prisioneiro.
Na boca alheia não vejo encanto pra confortar meu pranto por viver a te amar,
Felicidade não sinto e eu sei que eu minto quando em você venho a pensar,
Uma existência hedônica de uma fantasia platônica que nunca se fará presente,
Mas estará sempre em meus sonhos a fim de confortar meu coração e torturar minha mente.
O tempo não reconhece minha ansiedade, meus desejos ou minhas fantasias. Apenas distingue o dia da noite. Apenas serve como unidade de medida para a espera do momento em que nós nos veremos novamente.
Romper
Permanência do ser
Distorção sentimento corpo
corpo
Ilusão fantasia escuridão
Ausência que se faz luz
luz
Nudez de pele de carne
Pudor de vestes reforço
esforço
Na tua minha imagem
Desenho que se funde
Finge
Já não sou o que ontem fui
Mas flui
Perturba castiga aflige
Imaterial intocável
Inefável
►O Mundo que Sonho
Esperança é o que me mantém na rota
Caminhando para não ter uma derrota
A minha vontade de vencer é o que pilota
A determinação se nota
Mas ainda sim serei um grande idiota
Mas no deserto, uma rosa brota
E, livre para voar, uma gaivota voa acima do mar.
Um mundo diferente é o que imagino
E deste muito sou um peregrino
A normalidade da cidade abomino
Deste novo mundo sou apenas um inquilino
Venham morar aqui, Latino, Nordestino
O Albino, o masculino e feminino
Que seja banido o assassino
Esse tipo de pessoa eu discrimino.
Venham pais e mães, sem mais preocupações
Aqui iram fortalecer suas relações
Aqui não terá mais obrigações
Não serão mais criticados pelas suas ações
Suas contas e dividas serão extintas
As prestações atrasadas serão isentas
Duzentas, Seiscentas, Novecentas
Não importa, irei queimar suas contas.
Não precisaram "aguentar as pontas"
Nem mesmo afrontas barulhentas.
Uma terra encantada, não é?
Aposto que já sonharam com ela, né?
Queremos fugir da realidade, mesmo que seja a pé
Nem mesmo que seja usando uma antiga galé
Mas você irá ouvir, "Tenha fé"
Me despeço aqui então, "Até"!
►Sonhos Belos
Ontem eu tive um sonho muito divertido
Onde minha cama era uma embarcação,
Navegando sobre o rio Nilo
E, eu não era o capitão, apenas um menino
Que estava perdido, mas sorrindo
Por quê? Não havia um motivo específico
Haviam comigo, passageiros inquietos
Como também, passageiros pacíficos
Eu desenhei no meu caderninho,
Um pequeno labirinto,
E eu o chamei de Minos.
Em menos de cinco segundos,
Eu dei a volta ao mundo
Com apenas desejos no bolso,
Eu comprei o tudo
Como um vidente, previ meu futuro
Como um homem da lei,
Determinei onde morrerei
E, assim como um grande samurai,
Não deixei a tristeza me vencer.
Com dois ou três passos,
Fui do Egito para o Ártico
Sobrevoei sobre um mundo mágico
Encantado, onde a harmonia reinava
E o ódio havia sido apagado.
O tempo era preguiçoso
O mundo era meu, para todos
E eu me contentava com pouco,
Que se tornava muito, com os encantos
A esperança preenchia os quatro cantos,
E a solidão passava apenas de relance.
Como flores em um jardim encantado,
A alegria tinha de sobra
Transbordava por entre os riachos
Não havia quem estivesse com sede,
Ou cabisbaixo
Ah, que mundo era aquele, tão admirável.
Mas então, quando acordei,
Estava caído no chão do meu quarto
Uma goteira intrusa estava acima de mim,
E meu rosto estava todo molhado
Então me levantei e peguei o caderno
Escrevi algumas ideias, em papeis reciclados
Não sabia ao certo o destino daqueles versos
Mas agora eles se tornaram um texto completo
Descrevendo o mundo predileto,
De um garoto de olhos castanhos,
E sonhos belos.
Buscar viver a realidade é querer viver aprisionado na dor.
Vive-se algemado com o sofrimento.
Um pouco de fantasia faz bem.
Buscar a liberdade depois da experiência de se viver na realidade, é se sentenciar a uma penitência.
Sei que a poesia é o sentimento maior
que se esparge em todo lugar,
mas a maioria nem a percebe, não tem valor,
infelizmente, porque é riqueza, sentimento,
e tem realidades dentro da fantasia,
toda e qualquer uma faz sonhar...
Grande ilusão morta no espaço tempo...
Do fundo do copo...
Disfarçando a espera de um qualquer sofrimento...
Pelas saudades que lhe aterram...
Procurando no amor a felicidade...
Entre conversas vãs...
Entre os descasos sem cuidados...
Pertencer a quem souber...
Apreciar os trejeitos...
No íntimo mais profundo...
Ignora o silêncio e o eco...
O que o coração murmura, a voz não diz...
Entorpecido sente-se feliz...
E vão-se em mar a fora...
Os sentidos embriagados e mal sentidos...
Que tudo é ilusão que esta alma sente...
Se nada há de novo e tudo o que há...
Sentir prazer em deitar-se com o perigo...
Que alguém lhe mostre a tua imagem, como tantos, sem sentido...
Sem expor à vergonha...
Sem alardear seus gemidos...
Pobre esperançado...
Que anda crê na ilusão…
Do amor…
Da fantasia...
Que nas portas dos bares aguarda...
Alguém a lhe acompanhar pelas ruas...
Tudo posso esquecer em minha vida...
As visões em minhas estradas percorridas...
Só não consigo me esquecer no entanto...
Dessa figura de alma nua...
Sandro Paschoal Nogueira
O propósito coletivo do homem é a evolução?
Somos humanos, inquestionavelmente soberanos? Ou do sistema que criamos nos enganamos?
Fantasiados de crenças, adoecidos pelo ego; Subjetivamos, ferimos, matamos...
Tudo perdeu a graça, fomos a lua, mas enfraquecemos nossa raça?
Por que nos escravizamos pelo valor inventado em um papel? Se na morte não levamos nada, nem nosso anel...
Racionalidade é ser mais forte do que falácias subjetivas, se unir por um propósito, não fazer reverência a quem não se inclina.
A Costura do Tempo
No concerto do tempo, onde a memória ressoa,
a roda da costura torna-se volante,
em mãos infantis, nervosas de esperança.
Ali, sob a mesa antiga de madeira,
um mundo se desenha em trilhas e trilhos,
na imaginação fértil que a tudo acolhe.
De ferro e linhas, nascem sonhos motorizados,
o silêncio da máquina transforma-se em estrada,
levando a alma a paragens nunca dantes vistas.
A cada giro, a promessa de um novo destino,
na simplicidade do brincar, a vastidão do universo.
Ah, os primeiros carros, feitos de nada
e de tudo que o coração de uma criança possui.
Éramos inventores, pilotos, aventureiros,
com um fragmento de mundo nas mãos,
tecendo histórias que o tempo jamais apagará.
A criança antevê a felicidade,
não espera que ela chegue para ser feliz.
Hoje, ao lembrar desse recinto sagrado,
onde o riso desafiava o impossível,
sinto a saudade suave como brisa estival,
acariciando o peito, evocando a magia
de quando podia costurar o tempo no chão da sala, meu infinito caminho.
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