A falta de atenção no relacionamento pode ferir mais que qualquer palavra. Quando o carinho some e o silêncio pesa, surge a vontade de desabafar, deixar uma indireta ou escrever uma carta que revele o que não é dito. Encontrar voz nesse caos ajuda a entender sentimentos e recuperar força para seguir com mais clareza.
Às vezes, o que dói não é a briga, mas a ausência. Um carinho que deixou de aparecer, uma conversa que nunca começa, uma mensagem que fica sem resposta como se tivesse sido enviada para o vazio. É estranho perceber que alguém tão presente no início agora mal nota o que você sente. Parece que o relacionamento virou um lugar onde um fala e o outro apenas existe.
Eu não sei, fui acostumada, fui criada, totalmente sem carinho ou atenção, tive um longo tempo da vida onde isso também não foi me dado. Então quando resolvi crescer e me reconstruir incorporei isso em mim. Dar atenção ao máximo, aos amigos, a família a quem vive nos meus dias, estar sempre presente, ler, ouvir, aconselhar e muitos me procuram pra isso, e em todo tempo. Agora! Chega um belo dia que eu preciso falar, que eu quero desabafar minhas neuras e algo que me angustia, e não tem ninguém ali, ninguém esta disposto, estão todos muito envolvidos com algo, ou em algo e fingem não ouvir, ou já julgam o que eu acho ser um problema como uma coisa banal e simplesmente ignoram-me. Vi isso e doeu. Me senti estranha por precisar disso, então vejo que ainda não me basto, e também isso tenho que aceitar. Aceitar que não me basto e que os outros não estão nem aí com o que penso, sinto ou julgo... Se eximindo, não me dando a mínima atenção quando eu sinto precisar tanto. Às vezes no auto da arrogância que "ainda" há em mim, queria falar de muitas coisas, contar histórias, conjecturar, discutir os problemas do mundo, mas me contenho, porque eu sei que a falta de atenção dos "queridos" a minha volta me corrói, mas não aceito e não entendo. Se não ajo assim com as pessoas, por que elas agem assim comigo? A falta de atenção de quem a gente gosta, falta de envolvimento no assunto, dói mais que bater o dedinho na quina do sofá e nos decepciona muito com as pessoas a nossa volta. Eu sempre fico angustiada, com falta de atenção mesmo quando a mesma não se dirige a mim, me sinto mal vendo alguém ser ignorado num momento em que precisa falar, pôr pra fora, e a pessoa é simplesmente ignorada, como se não existisse, como se não estivesse falando, ou não estivesse ali. Isso me corrói e causa ira, e não quero esses sentimentos em mim mais não. Claro que tem o povo chato, que tenta encher o saco todo dia e com os mesmos problemas e lamentações, que querem falar e falar, e falar. Me policio pra não encher o saco de ninguém. Então fico disponível pra ouvir, palpitar, opinar, rir, falar de merdas que nem me interessam, mas dando atenção. Quando eu precisei encontrei o vácuo, o "não to nem aí", o "ok"... (ah! como odeio os "ok"). Assim é a merda do ser humano: quando precisam, você dá. Quando você precisa, que se dane. Então disso tiro mais uma lição: não sou assim tão importante aos que penso ser, e meus problemas não interessam a ninguém. Ninguém quer perder conversas em outra telas, outros telefones, perder meia hora. Porque simplesmente, não importo pra ninguém e ninguém quer escutar, e o que me angustia não angustia o outro. Mas, ora, às vezes também preciso falar.
Talvez por ingratidão, ou por falta de atenção, ou por teimosia mesmo... deixamos de ver quantas pessoas especiais nos cercam a cada momento, e se soubermos aproveitá-las, curti-las e nos doar um pouco, e de forma recíproca o mesmo acontecer, saberemos que a nossa bagagem para a vida será de uma riqueza inestimável, porque a felicidade está nas pequenas coisas que se tornam grande através de nossos atos, da nossa compreensão, do nosso afeto, da nossa disposição em ser feliz, e fazer as pessoas felizes.
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Entrar no canal do WhatsappExiste um tipo de abandono que não vem com partida, mas com descaso. A pessoa continua ali, mas não olha, não pergunta, não percebe. E isso machuca mais do que qualquer briga. A falta de atenção transforma momentos simples em provas silenciosas de que algo mudou. Você tenta conversar e parece que fala para o nada. Tenta dividir um sentimento e recebe indiferença. A sensação é de estar carregando o relacionamento sozinha, esperando que o outro desperte e lembre que carinho também se mostra na presença. No fundo, tudo que se deseja é ser vista de verdade.
A falta de carinho não acontece de repente. Ela aparece nos detalhes que quase passam despercebidos: o abraço que não vem, o toque que não acontece, a mensagem que fica sem resposta, a conversa que nunca se aprofunda. Aos poucos, a rotina vira distância. E a distância vira dúvida. É duro olhar para alguém que já foi tão próximo e sentir que o afeto se perdeu no meio do caminho. A falta de carinho corrói devagar, mas marca fundo.
Às vezes eu me pergunto se você não percebe ou apenas finge que não vê. A distância, a falta de carinho, a falta de palavra. Tudo vira rotina, menos você de verdade. Amar não é presença física, é presença de alma. E essa, sinceramente, faz tempo que não aparece por aqui.
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