Falecimento de Mãe
Quem ama trai?
Você trairia sua mãe?
Trairia seu pai?
Trairia seus filhos?
Se sim, realmente, que ama trai.
Tens em mãos, a dadiva da vida e no seio o alimento.
Amor bendito de Mãe Nova, Nova mãe da Nova Vida.
Transpareço o Amor contigo dobro e quase só, você triplica
Integra, forte, mulher de pudor e dor.
Atenue linha nos envolve,e de dois, somos três.
Na barriquinha de nova mãe, há nossa quimica em fusão
Entrelaçando nas entranhas do teu amor.
Então a mãe chegou para o filho adolescente, visivelmente drogado e aconselhou:
-meu filho, você já tem dezessete anos,
porque você não arranja uma namoradinha de quem você goste
e que também goste de você
e pense num futuro de construir um lar; pare com esse negócio de usar drogas!
Então o filho respondeu:
-Aos quinze anos eu ainda pensava assim mãe;
mas então começaram as bebedeiras,
brigas e seguidas traições entre a senhora e o pai;
naquele tempo eu ainda usava drogas, mas então vocês se separaram...
agora a droga que me usa...
FANTASMAS
meu pai chegava do trabalho
sempre com algum alimento nas mãos
minha mãe alegre fazia uma oração
havia muita harmonia e poucos deslizes
era uma época que eu não sabia que éramos felizes
agora desbota o passado em fotos amareladas
meus fantasmas vão perdendo seus sorrisos suas faces
mas um ou outro olhar vai além de fotografias
se aconchega às reminiscencias do dia à dia
um dia meu pai chegou com um cara muito alto,
era um amigo do trabalho,
aquele cara seria o marido da minha irmã
e foram felizes para sempre,
sempre que foi possível
minhas últimas lembranças de meu pai
mostram ele num canto
com dificuldades pra respirar e muito pigarro
foram sequelas deixadas pelo cigarro
então numa tarde, na editora, enquanto eu empacotava a vida
um telefonema de minha mãe avisara que meu pai tinha partido...
jamais consegui empacotar aquele momento...
O feto voltou às entranhas da mãe como um parto às avessas
O suicida flutuou ao vigésimo primeiro andar
Num dessuícidar-se...
Tudo desacontecia...
A noite voltou a ser tarde...
A tarde voltou a ser manhã,,,
Que voltou a ser madrugada
Então o meu quarto, enquanto eu escrevia
Alagou num pantanal, um lago azul e triste...
Era o meu despoemar...
Quero voltar pra África, mãe...
Quero voltar pra Mãe-África ...
Não quero mais saber de canavial,
Não quero mais saber,
De cana ou de engenho,
Não quero mais saber,
De presentes do senhorzinho...
Vi meu irmão no tronco,
Meu pai na plantação,
E meu irmão mais novo,
Tem olhos claros e cabelo louro...
Mãe, sinhá anda esquisita pro meu lado,
Senhorzinho deu-me de presente
Um cordão de ouro,
Ando sentindo enjoos,
Não sei do que se trata
Mas acho que não é coisa boa
Será que tem a ver com os banhos
Que tomo com o senhorzinho na lagoa?
Mãe o que é miscigenação?
Senhorzinho falou algo parecido,
tirou o meu vestido
E disse que era parecido com paixão...
NAIR
Minha mãe
Era como o papel de seda cobrindo a pipa,
Era o milho verde feito canjica
Canela em pó por cima da papa
Bife mal passado sobre arroz branco,
Figado acebolado cheirando
Café coado no pano,
As doces canções de moacir franco ...
Cabelo em desalinho,
Zêlo em forma de carinho
Cocada morena e branca
Em forma de coração
Como uma declaração
De amor a humanidade
Sua voz marcante e grave,
No ofício de nossa senhora,
Minha mãe carregaria se fosse preciso,
O mundo sobre os seus 44 quilos;
Abraçaria ao olhar, adotaria ao sorrir...
Minha mãe Nair
Mãe dos meus irmãos,
Mãe das suas irmãs...
Mãe da sua mãe!
O ruim de fazer poema sobre mãe é que sempre tem-se a impressão de que falta algo a ser dito; mãe é uma coisa tão imensa, tão incabível que tenho a impressão de que temos que inventar outras palavras pra definir com exatidão. Acho que mãe é Deus perto da gente...
ANGÚSTIA ETÍOPE
A minha mãe rezava pra todos os santos
E para alguns deles cantava
Meu irmão era umbandista e queria fazer a cabeça,
Jogar búzios e trazer a pessoa amada...
A minha vó, como eu, era louca de perder a cabeça
E guardava as estrelas que podia
Num saco de papel crepom
Um dia saiu de casa
E tomou banho de mar na praia do Leblon,
Depois foi vista na mata do governo,
Desde então nunca mais apareceu
Agora a vejo de vez em quando pelas praças
Como vejo todos os que já morreram,
Carrega um saco cheio de luzes cambiantes...
Nossos destinos se perdem quando perdemos o tino
Acho que minha avó foi vítima da paixão,
Já que perdera o marido que um dia partiu
Meu irmão foi vitimado pelo coração
Morreu solitário, mas não sozinho
Minha mãe sempre cantou com muita afinação
As canções de amor e devoção que com ela aprendi
Herdei seus cabelos em desalinho
O olhar perdido no vazio
E a angústia etíope de nossos antepassados...
Um ermitão moderno, com celular, perguntou à sua companheira e confidente, mãe natureza: ‘Uma colega ermitã, pelo WhatsApp, está me assanhado em vê-la em sua caverna, social físico de novo, o que acha?’ Resposta: ‘Reza forte!’
"Às vezes, a carga emocional nas palavras "pai" e "mãe" é tão poderosa que até eles próprios não conseguem dar conta do recado."
PRECISA-SE DE MÃES
Demétrio ena, Magé - RJ.
Aprendi com a minha mãe, que todo o cuidado será pouco para um filho, e que por isso, as mães não relaxam. São felizes, podem viver bem, mas não relaxam. Natureza de mãe que tem mesmo natureza não obedece à lei da prática e da serenidade, porque para ela o mundo está sempre a um passo de ruir sobre os ombros do filho. Há sempre alguém muito próximo, e acima de qualquer suspeita, pronto a se revelar capaz de um gesto indigno, malicioso ou desmano contra esse filho.
Com as demais pessoas, aprendi que não é certo a mãe ser extremada, super protetora e desconfiada de todo o mundo. Até minha mãe reconheceu muitas vezes, com palavras, o quanto estava errada por ser assim. No entanto, sua natureza infalível, com gestos e vivências me fez ver definitivamente que alguma coisa está errada com a mãe que não erra nesse aspecto. Especialmente aquela mãe que se deixa sufocar pela mulher, sempre bem-vinda, mas não como substituta da mãe.
Foi com a minha mãe que aprendi a apostar minha vida no caráter do próximo, mas não a vida de um filho. E que a integridade física do meu rebento precisa depender de mim, dos meus cuidados, minha desconfiança, e não da sorte ou do acaso de outra pessoa ter ou não bom caráter, tanto quanto aprendi que o caráter não tem cara.
Finalmente aprendi, com suas poucas palavras e muitos exemplos, que mãe não tem meio termo. Se não pecar por excesso, pecará por falta de cuidados, e que nos tempos em que vivemos, toda falta será castigada em maior ou menor escala. E também aprendi, com a moderna escassez de mães iguais à minha, que os pais de agora têm que aprender a ser mães, pois são muitas as mães que se tornaram como aqueles pais meramente provedores que delegam totalmente seus filhos.
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