Falas do Texto a Caixa de Pandora
Ode ao mundo que virá
Suspendeu-se o tempo. A vida passara a pulsar tão só por momentos. Não se sabe em que tempo as pessoas viviam. Elas não mais se preocupavam em contar dias, dinheiro ou vantagem. A utopia se tornara realidade, como já preconizaram os filósofos mais otimistas (por muitos, até então, considerados loucos).
Teria a vida ganhado sentido? Ou teria mesmo era o sentido largado da vida? Viviam como plantas e animais: sem questionar. No universo de e das possibilidades, questionar é, mesmo, um jogo sem fim. Afinal, é assim que tem que ser, não?
Medo e dor ainda davam suas caras. Mas todas eram tomadas como lições. Eram os famosos trampolins: deparando-se com um deles, sabia-se que era hora de ganhar algumas estrelas no rol de experiências.
Pessoas eram conhecidas tão só por seus atos de coragem da vidacotidiana. Sem glórias, sem orgulhos. Eram todos normais e aprendizes da vida. Todos gratos por partilharem da mesma sorte: abrir os olhos, todos os dias. Abrir os olhos fisicamente e no sentido da essência do viver, como bem despertara o saudoso Saramago.
Não havia espaço para a vaidade. Fingir ser o que não era causava uma baita confusão, porque ninguém conseguia, primeiro, entender o porquê de se fazer isso. E, se por alguma causa do além, alguém conseguisse, todos logo percebiam e ficavam confusos com aquela contradição entre gestos e palavras.
Aliás, falava-se pouco. O corpo, que tanto nos expressa, passou a dizer. Era comum uma leve curvatura da coluna, numa postura que muito remetia ao respeito àquele que com você cruzava. E a gratidão por qualquer gesto recebido, ainda que um olhar.
Não se apossavam de gestos, de pessoas e do amor. Tudo era fluido, sem ser banalizado. Era fluido no sentido dos rios e da vida. Momentos eram vivenciados e, quando a hora chegasse...gratidão e adeus. O bens eram poucos e o coração era tão farto!
Se, por uma ventura da vida se encontrasse com qualquer dos soulmates (todos partilhavam a alma)desse belo mundo, diriam eles não ter medo da morte. Atingiram um nirvana na vida. Por que não o encontrariam na morte? Entendera-se, finalmente, que o sofrimento é criação. Não reside em nós; não reside no mundo. E, no multiverso de possibilidades, criar felicidade era a opção daqueles que, cansados do apego que é, também, o sofrimento, entregaram seus caminhos à confiança no bem.
Pode-se falar em crença. Pode-se falar em utopia. Até se pode dizer que foi tudo obra da imaginação.
Pode-se, sobretudo, acreditar que todos temos parte disso pulsandoem nossos corações.
Quando me tornei dona do meu próprio tempo
Me permiti almoçar com calma e ouvir as histórias de meus avós. Consegui acordar cedo e com bom humor. Ouvir uma boa música, pisar na grama e, aos poucos, perceber o dia lindo que nascia. Adquiri um pouco de conhecimento e cuidei do meu corpo. Aquele velho ditado "meu corpo, meu templo" passou a ser mantra. Cuidei da alimentação, escolhi meus alimentos e, finalmente, comecei a cozinhar. Percebi que saber como é feito e de onde vem meu alimento influenciava nas escolhas que fazia ao comer. "-Vai tanta tranqueira assim em um brownie?" "-A felicidade vem, também, com suas adversidades." E que delícia saboreá-las!
Comecei a prestar atenção no simples ato de respirar. Andar de bicicleta tornou-se mais complexo que simplesmente ir a algum lugar. Era a vida pulsando em mim. Consegui ouvir com mais atenção e focar mais no momento presente. As simples trocas de cada dia se tornaram mais carregadas de sentido.
E ainda pretendo tanto... Voltar a tocar, dançar e aprender tantas outras coisas. O tempo se tornou, novamente, escasso. Não por me acumular de coisas que eu não quero fazer. Mas por ser curto demais pra tudo que a vida oferece!
Eu sei: vivo num plano ideal e temporário. Mas, a vida, em sua essência, não o é? Temporária em cada segundo; ideal em sua essência? Por que não fazer da "vida real" a "vida ideal"? E se, todos, universalmente, ousássemos ser donos de nossos tempos? Que grande revolução viveremos! (E digo "viveremos" por acredito que ela virá!) Até vejo o capital, finalmente, numa cova, revirando-se...
Atraves(sendo)
Como todo bom viajante, eu comecei sonhando. Alimentando a cada dia o desejo de me aventurar. Buscando a coragem em cada história que pudesse me dizer: "sim, vai valer a pena!". Eu tentava me explicar o porquê dessa ânsia de viajar. Pra longe. Pra fora da zona de conforto.
Um dos -muitos- filmes que eu assisti inúmeras vezes foi "Comer, Rezar, Amar". Dentre os vários aprendizados que Liz Gilbert assimilou ao longo de sua jornada, um me marcou bastante. Ele diz respeito à filosofia que ela adotou diante das pessoas que encontrou e dos lugares por onde passou. O trecho é grande (e pode ser encontrada ao final do texto), mas pode ser resumido emse jogar de coração na jornada da vida eaceitar cada pessoa que atravessa sua vida como um professor.
Na minha tradução livre, uso o verbo atravessar porque essas pessoas passarão, deixarão uma marca, mas não necessariamente permanecerão; falo em travessia, porque é o que, na minha opinião, fazemos ao viver, ao viajar, ao superar nossos próprios medos. Atravessamos. Atravessamos para algo além.Vivemos através. Através, sendo. (Atraves)sEndo. Atravessando...
Ao longo da minha travessia, tomei para mim a lição de Liz: aceitar cada pessoa como um ensinamento. Qual lição essa pessoa me traz? O que posso aprender com isso? Aceiteicada revés como um aprendizado; e cada pessoa como um desafio...pra mim mesma. Se no começo isso serviu para aceitar tudo o que a mim viesse; agora, no final, isso me ajuda a entender por onde eu caminhei para chegar até aqui. O aqui tido como a filosofia e as crenças que tenho hoje.
Comecei fazendo uma lista das pessoas que encontrei ao longo desse ano. Suas histórias incríveis... (Ainda consigo imaginar meu sorriso no rosto e o brilho nos olhos ao ouvir cada uma delas.) Pessoas que me faziam ver que, sim, eu estava me aventurando; mas, sim, é possível ir -ainda- mais longe. Sempre é.
Ao longo da lista, o mais incrível foi perceber que a minha caminhada começara antes mesmo que eu me desse conta dela. Percebi que, antes mesmo da jornada propriamente dita - mochila nas costas e pé na estrada-, eu já havia encontrado pessoas que, no meu dia-a-dia, colaboraram para os ideiais e ideias que eu adotei. E que hoje se mostram ainda mais fortes. Eles estavam todos a minha volta. Da casa à mesa de bar.
A mãe que te mostrou como é possível ter um grande coração. O pai que te ensinou a sonhar. A irmã que todos os dias encenava a arte da leveza:"relaxa!".A professora de filosofia que te abriu os olhos para a lógica da Matrix (mal sabia eu que enquanto eu bocejava, eu já começara a mudar...)O namoradinho de portão que já naquela época tentava me abrir os olhos sobre as ilusões da vida cotidiana. A amiga, que por anos discutiu as mais loucas teorias que, no fim, não eram tão loucas assim. E de teoria pouco tinham. A amiga que te fazia sorrir só de estar(sor)rindo. Tudo assim, ao mesmo tempo! O sonhador determinado que com 20 e tantos anos resolveu mudar de profissão, trocando a certeza de uma vida mais ou menos pela incerteza de uma vida transbordante. As amigas que largaram um curso meio -ou quase- completo, para iniciar um outro curso. E hoje brilham ao falar sobre a profissão que escolheram. O amigo que te ensinou a não levar a opinião dos outros tão a sério - ou, dependendo do caso, nem mesmo levar. Deixe por lá. A mineira doida que chegou no hostel, em pleno ano novo, sozinha: "posso me juntar?", mostrando que pra começar a falar com alguém é preciso, antes de tudo...falar! E, sim, viajar sozinho te força a falar...consigo e com os outros!Os amigos que viajaram e trouxeram mil fotos. E um novo jeito de agir.
Eles, todos eles te prepararam em doses homeopáticas para as lições por(vir). Estas, que viriam todas de uma vez; numa só intensidade. Ensinamentos que você ainda assimilará e entenderá - talvez- ao longo de toda uma vida. Pessoas que passariam pela sua vida rapidamente em termos de presença física, mas que permanecerão contigo por toda a sua existência através do aprendizado que deixaram.
A senhora croata que, sem falar inglês, te pegou pela mão e mostrou o caminho, em meio à muita neve e frio. O senhor meio manco que, mesmo sem conseguir andar direito, encarou sua desconfiança egoísta e levou você até a parada de ônibus, em meio ao caótico trânsito de Istambul. O professor turco que viu que você estava esperando o pôr-do-sol no lado errado do Bosphoros, perdeu um certo tempo para te mostrar que é possível confiar e te mostrou onde você devia estar... (Eu nunca esqueci aquele pôr-do-sol. Entre a Ásia e a Europa...não havia outro lugar para estar naquele momento!)
Dia 11 de fevereiro de 2013. Há pouco mais de 9 meses eu entrava num avião com uma única certeza: a incerteza! Trocava uma “formatura-certa” e um “futuro-certo” por um intercâmbio para um lugar que eu nunca tinha ido, nunca tinha ouvido falar e nunca tinha pensado em estar.
Alguns chamaram de loucura, outros chamaram de coragem. Eu já nem tentava nomear. O que antes era sonho, já era quase fato no dia do embarque . O que seria, então? Meus pais chamavam de “investimento no meu futuro” (mas...não seria no presente?).Era muita justificativa para uma só opção: subverter a ordem das coisas na sociedade! (Como assim, você não vai se formar no “tempo certo”?).
Os pessimistas chamaram de “Ano Perdido”. A eles eu dedico o meu post.Eles estavam certos: eu, realmente, perdi muito esse ano!
Primeiro de tudo, eu perdi MAIS um ano normal na faculdade, imaginando como seria aquele mundo de que eu tanto ouvia falar, mas conhecia apenas uma insignificante parcela. Eu perdi de passar mais um ano pensando “E se...?.” Eu perdi um ano de desejar ser uma pessoa em intercâmbio. Eu perdi um ano de reclamações. Eu perdi um ano de atormentar os meus amigos e familiares com o meu mau humor e frustração. Eu perdi de passar um ano num lugar, achando que meu lugar era outro. Eu perdi uma formatura que me traria mais infelicidade que satisfação.
E tem mais!
Eu me perdi pela Europa, eu me perdi pelo mundo. Dei um pulinho na Ásia, só pra sentir o gostinho do – ainda mais – diferente. E querer voltar. Eu me perdi pelas ruas de todas as cidades que visitei, principalmente Barcelona!
Eu me perdi pelos meses, pelas semanas e pelas horas. E, só não me perdi mais, porque as estações do ano estavam sempre lá, dispostas a lembrar que os tempos estavam sempre dispostos a mudar, do mesmo modo que eu mudava.
Eu perdi ônibus, perdi trem, perdi avião. Sim, eu perdi! Eu também perdi o sentimento de perda. Esse - que eu já começara a abandonar quando decidi vir para a Croácia - continua se perdendo em cada viagem, em cada conversa, em cada pessoa, em cada história de vida que eu não conheceria se tivesse continuado abraçada ao comodismo.
Eu perdi o medo. E esse, esse foi o mais difícil de perder. Às vezes ele visita, tenta se agarrar de volta, mas não demora a ser expulso. Perdi o medo da estrada, perdi o medo da solidão, perdi o medo do futuro. Eu perdi o medo da vida, eu perdi o medo da sociedade. E esse foi o mais lindo dos medos perdidos. Não, eu não ouvi falar. Eu vi. Eu vi que nesse mundo tem – SIM!- gente capaz de fazer o bem pelo bem. E isso trouxe a esperança de volta. Ah, a esperança! Mas, peraí, essa entra nos ganhos. E esse texto é sobre perdas, certo? Melhor parar por aqui...
Ah, eu também perdi o apego material. Claro que, infelizmente, ainda não totalmente. Sim, ainda lentamente, ele se esvai. Ele se vai. Ao longo de todo o processo anterior ao intercâmbio e ao longo do próprio intercâmbio. Primeiro por uma questão de racionamento de dinheiro e, pouco a pouco, por uma questão de consciência. As coisas materiais acabaram por se tornar simplesmente...materiais. Apesar de matéria, elas carecem de substância!
É a tal da filosofia da banana, que minha grande amiga, companheira, aventureira desse ano de filosofias, viagens e aventuras, Jana Maurer, bem nomeou e descreveu aqui.E isso só entende e concorda quem já sentiu a sensação de ter a “vontade de conhecer” mais pesada que a “mochila nas costas”. É incrível como o “ter” se torna totalmente substituível pelo “conhecer”.
E, finalmente, alguns irão argumentar: mas, e os momentos com seus amigos e familiares que você, efetivamente, perdeu? Aqui, eu reconheço, eu perdi. Mas, com isso, eu (re)conheci o que e quem eu realmente sinto falta nos meus dias. Eu (re)conheci o que realmente é importante pra mim no Brasil e/ou em qualquer lugar do mundo: pessoas, afeto, laços, momentos, que se criam e renovam no tempo. Ops! Esses são, de novo, ganhos e não perdas.
E aí eu chego à última e mais importante da lista (não exaustiva) de perdas: eu perdi o lado negativo da vida. Perdi essa mania de ver tudo pela ótica da perda. Porque, no fim, toda perda tem seu ganho. Você só estava cego demais para enxergar.E aí, eu também perdi a cegueira. Cegueira de achar que eu era incapaz de narrar minha própria história.
Pois é. Eu perdi muito.
Sobre trevos e sorte
Dia desses de muito silêncio e calmaria, estava eu num belo jardim procurando trevos de quatro folhas. O lugar era pequeno e nas horas livres não havia muito o que fazer. Logo me dei uma tarefa: procurar trevos.
Lá pelo segundo dia estava bem focada em olhar e contar cada uma das pétalas dos bonitos tão pequenos tanto formigas (tá, acho que um pouco maiores), quando um pensamento veio direto e certeiro como um raio:
- Por que está procurando a sorte? Já não é sorte o bastante estar aqui agora? Por que não parar para apenas admirar?
Logo me dei conta que muitas vezes estamos procurando trevos. Olhamos pra cá, olhamos pra lá. Nos damos metas para encontrar esse grande trevo de quatro folhas. E esquecemos é de contemplar pro jardim a nossa volta. A sorte é sempre compreendida como algo por vir e nunca como o presente.
Depois daquele dia, não procurei mais trevos.
Me perdoe
Pelos meus privilégios. Pelos espaços que ocupei e pelos momentos em que não silenciei.
Pelo fato de ter tanto preconceito mesmo sem perceber.
Por favor, me conscientize de sua dor.
Me diga que espaços estou perdendo de ver. Me mostre como posso te ajudar. Me mostre como posso te deixar falar.
Tenho muito a aprender. Só posso fazê-lo através de você.
Me conte tudo o que se passou. Ou não.
Eu estou aqui. Pronta para ouvir.
Quando o espaço de fala não me é justo de preencher, prometo aprender a silenciar.
E se por acaso você quiser me abraçar, saiba que também estarei aqui.
Receba minha gratidão pela sua existência. Pela possibilidade de sentir tanto além de mim.
Quem sou Eu?
Um dia eu me fiz essa aparente simples pergunta.
Me neguei a aceitar meu cargo, meu histórico escolar ou meus títulos para designar quem eu era.
Me comprometi a descobrir o que me fazia bem e como poderia despertar nas pessoas a importância de prestar atenção nos momentos simples da vida.
Percebi cedo que as conquistas do mundo do sucesso tampouco preenchiam quem eu era.
Senti a tristeza do desencantamento. O mundo por um segundo se torna um local escuro de se viver quando todo o seu foco é o dinheiro.
Descobri em encontros inesperados, longas conversas que alternavam uma fala sincera e uma escuta comprometida o preenchimento de partes de quem eu seria.
Percebi logo cedo o valor de uma troca. O profundo toque do amor em um abraço.
Somos muito mais do que imaginamos ser.
O mundo nos reserva tantos bons momentos quanto permitamos que ele apresente.
Está tudo dentro de nós.
Quem sou Eu?
A pergunta mais enigmática, desafiadora e a única pela qual faz sentido viver.
Entremundos
Quando entro no seu mundo, eu gosto de prestar atenção. Ouvir cada detalhe e ver a sua expressão.
O que faz o seu olho brilhar? O que te faz baixar o olhar?
Eu não quero a síntese. Eu quero todo o enredo: qual o reflexo de cada momento?
Me mostre, eu quero ver. Melhor, eu quero ouvir. Me deixe descobrir qual é a SUA palavra. Sim, aquela que você sempre usa quando está muito feliz. O que faz seu corpo fluir?
Percorra lugares, caminhe até o cais. Fale onde a maré nos afoga. No silêncio, prometo não perguntar mais. Divido a minha corda. Segure a minha mão, me levanta desse chão.
Sorrio onde a luz é plena. Contorne um a um os meus espinhos. Te juro não desistir na subida. Na descida, perdoe meus tropeços. Sim, estamos sozinhos no escuro. Eu tenho uma vela. Podemos acendê-la. Que tal uma fogueira?
Me leve pro seu melhor lugar. Me deixe participar.
Fale sobre o cheiro, o som e as cores. Viu? Te trago flores.
Entre aromas e sabores, agradeço a viagem entremundos.
Mesmo que, às vezes, mudo. Ainda que um pouco surdo. Talvez cego por segundos. Todos temos nossos vultos, sombras e sussuros.
Está bem. Explorar mundos pode ser inseguro. Prometo respeitar o tempo da visita. Me disponho a retribuir a visita. JEscolhe aí: um vinho ou uma pizza.
Me despeço em bom tempo. Enaltecermos a saída. Lembre, despedida é convite.
Saio de mansinho, te solto com carinho. Um dedo de cada vez. Até que nossas mãos se soltem de uma vez.
Pela primeira vez, eu olho para trás.
Até mais.
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Pode ser o seu tamanho
Ou o jeito que você erra
No momento em que eu te ganho
Ou no barco que te leva
Pode ser o que você quer
Ou o que eu tenho pra te dar
Uma vida inteira pra viver
Ou um só segundo pra lembrar
Um dia eu vou ficar bem
Só pra te querer mais
Onde quer que eu ande bem
Domingo é pra te dar paz
Vida de Valor - Dê valor à vida
As mudanças movem nossas vidas. Por isso, não tema o novo, saiba usufruir da expectativa de renovação e se agarre na possibilidade de um novo começo. O futuro está muito mais próximo do que você imagina! Para uns o amanhã pode significar um recomeço, para outros, finalmente, o merecido descanso e, finalmente, o fim.
Não se preocupe em vão, pense um pouco: Se a sua mãe estivesse com dor de cabeça naquele dia, você não existiria hoje, certo? A grande mágica reside na relatividade das coisas e dos acontecimentos. Em uma fração de segundo de diferença tudo pode ser ou estar diferente, simples casualidade temporal. Assim, por bilhões de anos, funciona o universo. Após o Big Bang a coisa toda começou a acelerar e hoje nem se fala. Hum ano, para mim, infelizmente, está durando pouco mais de um trimestre. Tão logo eu termino de contar o primeiro trimestre do ano, respiro um pouco, e quando reabro os olhos já estou no quarto. Com esta aceleração toda, muito em breve, todos iremos dormir mais cedo, disso eu não tenho dúvida.
Fora isso, penso que não tenho tudo o que amo, mas já entrei na fila. Nunca deixo de fazer uma fezinha lotérica, vez por outra.
Além do mais, eu não esquento, muito porque também sei que o melhor momento para se plantar uma arárvore foi há 70 anos atrás, porém visualizando bem sei que o segundo melhor momento é hoje. Assim sei, muito bem, que a vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria.
Por tudo isso sou feliz em poder aproveitar bastante o tempo que me resta, seja quente, frio, primavera ou outono, não importa. É tão gostoso ter tido a oportunidade de viver num futuro tecnológico tão maravilhoso, onde, embora com parcos recursos, mas aliados a muita criatividade e muito estudo e meditação, posso me dar ao luxo de curtir de verdade este momento, devido eu ter-me engajado e seguido de perto todo este desenvolvimento cultural do exterior, que nos foi dado absorver e entender, para completa compreensão de como as coisas realmente funcionam, sem quimeras ou fantasias fúteis, exceto aquelas do mundo digital, que muito me agradam e distraem.
memórias
aquele moleque travesso, avesso a cercas, à revelia dos pais, sem um vintém "varava" a estação de são miguel, e no balanço do trem, ganhava novos mundos, novos cheiros e aromas de mogi até o brás.
sabedor q 'manoel feio' fazia jus ao nome, e senhor absoluto das lagoas de 'ururai' até 'aracaré', aos treze já com responsabilidade de homem operário, em busca de salário, às cinco já estava de pé.
deixara para trás as peladas no campinho e o pega-pega, e na gaveta da memória o seu estilingue, suas bolinhas de god e o pião, distanciando-se temporariamente do cheiro cáustico e do apito da nitro, calçando um vulcabras apertado p pisar em outros chãos.
sonolento e sem poder dar no pé, aquele ainda menino, sem despertar do cochilo, sabia estar em ermelino ao sentir o cheiro de enxofre da matarazzo, dona de outra chaminé.
de 'eng. goulart', 'eng. trindade' e 'penha', a única memória afetiva e q pode fazer parte dessa resenha, é ter visto de longe e ao logo da linha o que seria o bucólico parque ecológico e o inalcançável clube esportivo da penha.
da 'carlos de campos', ja livre da busca pelo feijão e arroz, soube tempos depois que o governador de são paulo, patrono da estação, a fez quartel general na revolução de trinta e dois.
já na quarta e quinta paradas, área mais industrializada, aliás, até o brás, o cheiro o remetia à usinagem; a uma montanha de cavaco do ferro descascado, imagem que o menino não esquece jamais.
tudo mudava no tatuapé e no belém, quando o cheiro da fábrica de bolachas, e o aroma da café seleto, produtos às vezes arredios à mesa daqueles passageiros, tomava o trem por inteiro.
aos operários apenas cheiros que vão e que vêm, e aquele moleque, agora com mais idade, relembra Solano Trindade, e em noites insone ainda ouve no ranger das ferragens do trem: "tem gente com fome / tem gente com fome / tem gente com fome".
15/04/2017
" O PODER DO AMOR "o
" O amor é como o oceano,
Cabe todos seres humanos e sobra espaço,
Muitos tem deixado essa dadiva de lado,
Não o recebendo no coração,
Não transmitindo alegria ,
E não libera perdão ,
Fazendo coisas que somente agradam a você ,
Não se preocupando com o que há de vir,
O amor transforma vidas e ambientes ,
Tornando-os mais felizes conscientes ,
Consciente que todos somos iguais ,
Seja rapaz ou moça ,
Não feche a boca ,
Quando lutares pelo amor ,
Pois através dessa luta ,
Nessa vida dura ameniza a dor ,
Na estrada que trilhamos ,
Ganhamos experiencias ,
Amadurecendo o corpo físico ,
E também a consciência ,
Gravando oque é bom ,
Para não guarda o errado ,
Pois com o amor ,
Tudo fica mais fácil ,
Fantástico o poder do amor ,
Não levando dor ,
Transmitindo paz ,
Tendo união entre todos ,
Acabando com o pedido de socorro ,
Esse é o poder do amor , "
Eu particularmente não sou contra nenhuma autoridade eleita, entendo que até o termino do mandato são meus representantes legais. Além de torcer por seu sucesso, temos que ajudar e cobrar no parâmetro legal nossas reivindicações. A política de maneira correta é benéfica a todos. Temos que parar de agir errado seguindo politiqueiros que visam seus próprios interesses. Pois os eleitos em maioria trocam de partidos, entram nas convenções se unindo e fazendo acordo para ganhar um novo pleito.
A população em geral não pode ficar com ódio ou rancor de seu representante eleito escolhido pela maioria. Isto é um atraso para comunidade que precisa estar unida e buscando o interesse para todos. Quando exigimos nossos direitos de forma legal, com protocolo respaldado de uma Associação de Moradores estamos agindo certo, assim conseguimos que o impossível se torne realidade dependendo da câmara de vereadores e Ministério Público. Vamos fazer nosso dever e exigir nosso direito. Os partidos fazem reuniões mensais, participando entendemos melhor e conhecemos o quem é o certo. Mas decidir em quem vai votar! Vamos esperar e decidir isto nas eleições.
Recalcados, invejosos, ambiciosos. Será que existe: fato ou mito? Infelizmente é realidade, você não se julga, mas gosta de se sentir superior e criticar pessoas que dependem de você. As pessoas deste instinto são fracas, de mente vazia e orgulhosa, não consegue entender nada sobre a vida. Pensa somente em si e se acha melhor do mundo. A grande sabedoria da vida é viver com um objetivo, UNIÃO.
A falta de sabedoria faz indivíduo deixar se levar em pequenos grupos e não conseguem se libertar. Com isto, se matam para defender uma raça, um território, um direito que nem mesmo eles conhecem.
Vamos nos unir, buscar mais informação, pois se cada um conhecesse a realidade, poderíamos fazer a vida ser uma maravilha.
Antes de ver os defeitos do amigo, faça critica construtiva, e reconheça o seu defeito. Tente ser perfeito, mas não se elogie, deixe alguém te elogiar, seja um bom exemplo. Vamos acabar com os nossos inimigos, trazendo os para o nosso lado. Vamos unir força para vencer na vida da melhor maneira possível. Ajudando uns aos outros a ser Feliz.
SERENATA NOSTÁLGICA
Está chovendo agora, eu nesta estrada a te procurar;
sinto frio; o vento sopra cortante o meu corpo molhado,
somente o corpo; a alma encoraja-se a te encontrar,
mesmo me expondo as intemperes e ao medo domado.
Vejo luzes velozes que se colorem ao tom dos faróis;
carros e caminhões à noite são
companhias diletas.
Tenho que parar; o abrigo se faz mister; estou a sós.
em teus pensamentos faço-os meus, formas prediletas.
Pela distância, parece-me que ao andar conto passos,
estrada alongada, horizonte perdido ligando ao céu.
O alvorecer me impulsiona a crer que terei teus abraços,
as nuvens escuras vão mudando as cores em novo véu.
Nossos desencontros agora são finitos; nos encontramos,
toda caminhada ficou para trás, pelo tempo compensada;
nossa estória é vida, é luta, é amor que muito buscamos,
rompemos a nostalgia, somos o prazer da vida desejada.
ROMPE-SE A AURORA E QUEBRA-SE A NOSTALGIA.
O que é o amor
O amor é um riacho que corre a mata obscura
A luz resplandecente vinda do fim do túnel
A esperança em uma única palavra
O amor é capaz de parar o tempo
E quando você se importa gosta e não tira uma pessoa do pensamento
Mais muitas vezes são apenas lindas palavras jogadas ao vento
Os dez mandamentos da serenidade..
*1 - Só por hoje... Praticarei uma boa ação sem contá-la a
ninguém.
* 2 - Só por hoje... Terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: Delicado nas minhas maneiras; Não criticar ninguém; Não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém, senão a mim mesmo.
* 3 - Só por hoje... Me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só na vida eterna, mas também neste mundo.
* 4 - Só por hoje... Me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos.
*5 - Só por hoje... Dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma.
* 6 - Só por hoje... Tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver os problemas da minha vida, todos de
uma vez.
* 7 - Só por hoje... Farei uma coisa que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
* 8 - Só por hoje... Farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas, em todo caso, vou fazê-lo. Guardarei bem duas calamidades: a pressa e a indecisão.
* 9 - Só por hoje... Ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo se existisse somente eu no mundo e ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.
*10 - Só por hoje... Não terei medo de nada em particular; Não terei medo de desfrutar do que é belo e; Não terei medo de crer na bondade.
Independente de religião repetindo essas frases e tentando vivê-las, com certeza sua qualidade de vida vai melhorar e você se sentirá muito mais sereno(a).
O MEU SILÊNCIO, A TUA CALMA
Se o laço dos meus abraços é teu acalanto,
como criança rebelde adormeces vagarosa
e na suavidade dos meus braços tu suspiras;
balbucias a pronunciar uma história amorosa.
Ao cair a noite, na escuridão eu sou teu anjo,
te protejo dos perigos que nela se escondem;
me sinto um guerreiro que por ti vai as lutas,
que não tem medo de guerras e da desordem.
O amor e o coração são os conflitos da alma
roubam a paz, anestesiam todos sentimentos
deixando inebriados de paixões nossos egos,
tornando cálidos nossos corpos e momentos.
Ao acordares, saiba que adormeceste comigo,
que ao meu corpo confiaste em entrega teu ser.
Claro que sabias a grandiosidade do querer-te
em devoção. Nada no mundo será maior que meu querer.
DEDICO ESTE POEMA AOS MEUS SONHOS DE POETA.
A voz do povo não é a voz de Deus
A voz do povo não é a voz de Deus como diz o velho ditado. Desde o início dos tempos existem quatro tipos de classe na humanidade os espertos, os bem informados, os inteligentes e a grande classe operária é uma classe manipulada. Neste processo é claro que não tem nada a ver esperteza com informação e inteligência. Os inteligentes são as pessoas que criam, os bem informados estudam e os espertos vendem para os operários. Estes fazem e compram. Os inteligentes e os bem informados trabalham para os espertos que dizem a voz da classe manipulada é a voz de Deus, mas na realidade a voz do povo não tem nada a ver com a voz de Deus.
Pilatos por exemplo sabia o que estava fazendo quando disse que ia lavar as mãos deixando o povo decidir entre Barrabás e Jesus Cristo, a multidão gritou pra soltar o criminoso e crucificar o santo, pense bem: se você estivesse lá, iria ser do contra ou ia ficar do o lado da maioria
Jesus Cristo na cruz sendo condenado pela multidão pediu perdão ao pai, pois eles não sabiam o que estavam fazendo. Na realidade a maioria não se informa e não conhece a verdade, é motivada pela razão de um instinto emocional e seguem a maioria.
Na hora da bonança todos te amam, torcem por ti, querem estar ao seu lado, dizem: Parabéns você merece, sempre acreditei, glória a Deus...
Na hora dos apertos, das dificuldades, das "vacas magras", dos erros, da insistência em acreditar em seus sonhos e lutar pela sua família, para dar a ela uma vida melhor ... Não suportam, ficam tristes, acham que não vale apena.