Falas do Texto a Caixa de Pandora
A vida realmente é uma caixa de surpresas, a minha esposa Maria de Fatima de Andrade Pereira partiu no dia 20 de Julho de 2021 para a eternidade fiquei viuvo. Não está sendo fácil viver a nova vida que todos apregoam a qual deverei seguir. Não consigo esquecer, sempre me lembro dela nos lugares que vou, ao amanhecer, ao anoitecer, não está sendo fácil. Os amigos de boa vontade dizem que devo levantar a cabeça e seguir adiante. A pergunta é: Para onde, fazer o que? Fatima era mais jovem que eu 10 anos e nunca passou pela minha cabeça ir ao seu sepultamento. Foi terrivel.
Os jovens pesquisadores somente funcionam como caixa de ressonância dos sêniores; toda narrativa vem de cima, somente se replicam como fake news, mesmo quando a narrativa o prejudica. Isso seria a armadilha da meritocracia no meio acadêmico. Um loop que poucos conseguem escapar, mesmo os mais geniais caem nesse loop, virando tão incapazes de pensar quanto alguém acéfalo.
Admiro pessoas que pensam, que saiam do tradicional, que pensam fora da "caixa", que arriscam e fazem da vida um eterno aprendizado, que lutam pelo que acreditam e tenha ideais e objetivos próprios, mesmo que vá na contra mão dos que os outros acham, pessoas de personalidade e por mais que discorde sempre as admirarei.
A vida é como uma caixa de surpresas. Muitas vezes ficamos com medo por não saber o que há lá, pensando que é algo ruim. Mas, para descobrir o que há, devemos colocar a coragem em jogo. Assim como na vida, devemos nos dedicar ao novo, e assim obtemos resultados. Tudo que vem com suor e dedicação pode se tornar eterno.
A política hoje é uma grande caixa d’água de 500 litros, imunda; se você derrama 250 litros de água limpa nessa caixa ela vai clarear; daqui a pouco você coloca mais 250 litros de água limpa ela vai ficar límpida; assim, com o tempo, vamos conseguir expurgar os bandidos da política brasileira.
enquanto relembrava a história de Harry Potter, percebi como essa saga me fez pensar fora da caixa e questionar as normas e padrões que a sociedade impõe. Através da história de Harry, Ron e Hermione, fui apresentado a um mundo mágico onde tudo era possível, e isso me fez perceber que muitas das limitações que acreditamos ter são, na verdade, construções sociais.
O Silêncio é como uma caixa que guarda um grande poder conhecido como Palavra, depois de fechada, não pode ser aberta facilmente, nem todos conseguem lidar com o que ela guarda e podem causar um caos eloquente, sendo assim, aquele fica dentro de uma fortaleza, muito protegida para que a Paz seja mantida. Então, agora, penso, seria a Caixa de Pandora uma forma lúdica do Silêncio? 🤔
Certa vez um camponês fez uma compra, foi-lhe entregue uma caixa vazia com um bilhete anexado discriminando os itens e a conta, o juíz chamou o louco da cidade para resolver o dilema, astuto e sábio, o louco convocou os envolvidos, lançou uma moeda de ouro em um recipiente de metal e disse ao vendedor: "pegue o tilintar da moeda como pagamento", e assim encerrou-se o caso.
“Ana” significa cheia de graça. E agora, olhando diretamente para ela de longe, não me parecia a mais nova das moças, mas certamente era uma das mais delicadas e graciosas. Uma princesa, diria Eduardo. O gentil homem que há anos atrás foi roubado o coração. E que aguardava a minha visita, com o mesmo partido, do lado de fora. Uns passos a mais e dava para olhar mais detalhadamente. A moça estava sem cor, coberta de tubos de variados tamanhos e com pequenos ferimentos no lábio inferior, o que de fato fez o meu coração apertar. Com as pernas bambas, custei-me para me aproximar, mas sem pensar duas vezes dei mais alguns passos tortos em direção a ela. Ao chegar à beira da cama, alisei-lhe o rosto e enfermeiras me fuzilaram com olhares furiosos. “As pessoas não entendem que aqui não se pode tocar nos pacientes…” escutei a de cabelo mais escuro dizer. Ao mesmo tempo em que olhei para trás, a mesma de cabelos escuros balançava a cabeça negativamente. Ignorei. Minha atenção era da moça, aquela doce moça deitada a minha frente. Não podiam me impedir de tocar-la, e então continuei a alisar-lhe o rosto e em seguida os cabelos, que frágeis se soltaram em pequenos tufos sobre a minha mão. Ela estava ali sozinha, tão debilitada, e precisando dos meus cuidados. Sussurrei, mas percebi que ela não podia me ouvir. Os remédios a deixavam fraca e ela não tinha forças para me olhar. Por um momento fechei meus olhos e pedi para que de alguma forma ela sentisse minha presença. Esperei. E esperei, e sem sucesso não houve nenhum movimento, nem mesmo um pequeno sinal que me fizesse acreditar. Por mais que a tocasse era inútil imaginar que poderia estar me sentindo. Às lágrimas escorriam pelo meu rosto e como tive vontade de pega-la no colo. Ninar, cantar… E cantei. Cantei no intuito de que pelo menos pudesse me ouvir. A música eu não poderei lhe confessar o nome, pois esse passou a ser o meu segredo e da doce moça deitada sobre minha proteção. Continuei a cantar por alguns breves e eternos segundos. Até minha voz falhar e meus soluços tomarem o seu lugar. Pus minha cabeça sobre a moça, e ali eu fiz meu pranto. E chorei, chorei, chorei.
Tentei me recuperar. Mas as lágrimas eu não podia conter. Percebi então que já não possuía controle algum sobre elas, nem sobre o meu coração, nem sobre a moça. Pudera minhas lágrimas fazer milagres, caírem sob sua face e a despertasse como nos contos de fadas. “Lágrimas de um amor verdadeiro” pensei. Mas a vida não era justa, sabíamos bem, e por mais que Ana em meu coração se igualasse a mais bela das princesas, também não era um conto de fadas. Olhei para o relógio e meus preciosos minutos tinham se passado, talvez os primeiros de muitos ainda, talvez os últimos, talvez lembrados para sempre, talvez esquecidos quando pela manhã ela voltasse para casa. Quem poderia saber ou me provar o contrário? Não havia explicação, apenas esperança. Sim, esperança era a minha palavra, e eu tinha a total esperança na minha doce moça. Preciso confessar lhe que jamais conheci alguém tão única como ela. Tão forte, tão minha. E naquele momento — naquele precioso momento —sem me sentir, sem talvez nem me ouvir lhe disse: “Eu sempre te amei e sempre irei amar” e com um beijo na testa me despedi da minha graciosa Ana.
Após nove dias naquele mesmo estado a moça partiu, levando consigo todo o meu coração. Ela se foi deixando uma dor profunda em cada um em que plantou o seu amor. Amor… Como era amada a minha moça, era a mais encantadora que o mundo já teve o prazer de conhecer. E apesar da saudade que deixou com a sua partida, deixou também o que de mais valioso trazia em seu coração: Sua graça e doçura.
(...)
— E esta foi à última vez que eu vi a moça — minha doce, doce vovó — ainda com vida.
Má influência não é somente aquela que vem visivelmente incrustada com os cristais do dolo, da má intenção como a conhecemos. A má influência pode vir recheada e coberta com o doce glacê das boas intenções que soam tão belas aos nossos ouvidos desatentos e fazem bem ao nosso ego, mas faz um mal muito maior por fazer apenas parte de uma pauta moral de um ‘ser bonzinho’ que não percebe e nem sofre as consequências, mas apenas influencia no que é de seu interesse convencer.
A. impossibilidade de participar de todas as combinações em desenvolvimento a qualquer instante numa grande cidade tem sido uma das dores de minha vida. Sofro como se sentisse em mim, como se houvesse em mim uma capacidade desmesurada de agir. Entretanto, na parte de ação que a vida me reserva, muitas vezes me abstenho e outras me confundo. […] A ideia de que diariamente, a cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu certamente deveria tomar conhecimento e que entretanto jamais me serão comunicadas — basta para tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro à minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido. Nem me consola o pensamento de que, entrando na confrontação simultânea de tantos acontecimentos, eu não pudesse sequer registrá-los, quanto mais dirigi-los à minha maneira ou mesmo tomar de cada um o aspecto singular, o tom e o desenho próprios, uma porção, mínima que fosse, de sua peculiar substância.
É curioso, a alegria não é um sentimento nem uma atmosfera de vida nada criadora. Eu só sei criar na dor e na tristeza, mesmo que as coisas que resultem sejam alegres. Não me considero uma pessoa negativa, quer dizer, eu não deprimo o ser humano. É por isso que acho que estou vivendo num movimento de equilibrio infecundo do qual estou tentando me libertar. O paradigma máximo para mim seria: a calma no seio da paixão. Mas realmente não sei se é um ideal humanamente atingível.
A influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade.
Mas para isso precisaria de um gênio criador, porque teria de carregar o homem de qualquer coisa, da mesma maneira que eu o carrego de uma inclinação para o mar que fará dele construtor de navios. Só assim cresceria essa árvore que depois se iria diversificando. E ele havia de pedir de novo a canção triste.
Aprendi muito cedo que o sonho é mais que a realidade. No sonho, o cruel se desfaz com a mudança de foco. É simples. É só deixar de pensar. Se a paixão não convém é só trocar a cara. Fácil de resolver. A imaginação permite retoques, mudanças constantes. De Belo Horizonte a Paris eu levo um segundo. Não pago passagem, nem tenho problema com excesso de bagagem. Eu vou leve. Esqueço as roupas, Volto pra buscar. Troco a cena. Mudo o clima. Faço vir a chuva pra dormir logo. Invoco o sol para o meu mergulho e imagino a neve para amenizar o calor. Acendo lareiras nas noites frias; encontro a promissória perdida; ganho na loteria, e divido o prêmio com os pobres. Na angústia, adio a decisão. Na agonia, antecipo o fim. Na alegria, prolongo o início.
Data daí a opinião particular que tenho do canapé. Ele faz aliar a intimidade e o decoro, e mostra a casa toda sem sair da sala. Dois homens sentados nele podem debater o destino de um império, e duas mulheres a graça de um vestido; mas, um homem e uma mulher só por aberração das leis naturais dirão outra coisa que não seja de si mesmos.
E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.
“Sinto sua falta, não deveria eu sei, mais sinto. Sinto falta do seu sorriso, da sua risada, de você falando o meu nome, até sinto falta de você me contando seus problemas, você não sabe, mas eu me sentia a pessoa mais importante da sua vida quando você fazia isso. Sinto falta das nossas brigas, e sinto mais falta quando você me ligava depois das brigas desesperado e eu com raiva não atendia e sempre dizia que estava no banho, e de fato eu estava. Sinto falta do seu carinho, sinto falta de ser alguém para você. Hoje eu não sei mais quem é você, e a única certeza que tenho é que você mudou. Não peço você para voltar a ser quem você era, tenho que aceitar que as coisas e pessoas mudam, a única coisa que peço é fazer parte da sua vida de novo, ser a pessoa mais importante para você, aquela que você faz planos para o futuro, aquela que você conta tudo, aquela que você ama. É isso, sinto saudade.”
Crise pra lá, falta de verbas pra cá, mas as "farras" das diárias, dos superfaturamentos, das propinas, "laranjas", funcionários fantasmas e "notas frias" não param em Pirapora. Aconteça o que acontecer, haja o que houver, o objetivo é encher o bolsos, eleger deputados maioritários em 2018 e "fazer caixa" para a eleição de 2020. Custe o que custar...
"Já recebi muitas cartas; mas os tempos eram outros. Antes que uma carta pudesse atravessar a distância entre o remetente e seu destinatário, às vezes até o sentido da postagem mudava. Hoje não, pois apertamos algumas teclas na tela do celular e recebemos e enviamos instantaneamente." ( Léo Pedacci )