Fabio de Melo Acaso Deus Felicidade
Poetisa nasci, poetisa me criei...
Poesias nas veias, poesias no coração,
da poesia amei, lendo poemas chorei.
Poetas admirei, pensadores irmãos.
Ainda menina ganhei um diário,
nele compunha meus primeiros versos,
meus segredos, meus lamentos, meus pesares.
Poetisa me vi, poeta me encantei!
Logo, poetisa me encontrei!
Com a poesia correndo nas veias,
não exitei; Me pus a escrever...
Do amor, de amar, sonhar, sonhei, chorei...
A poesia é meu melhor remédio,
pro amor, pro pensar, pro tédio.
Poeta de missão, poeta de herança, poeta de coração.
Num olhar perdido me dispersei, cresci, escrevi, fascinei.
Poetisa, mulher vento, menina tempestade, mãe brisa.
Encantei-me!
O perdão não destrói as mágoas, ele é apenas um recipiente onde elas ficam ocultas, mas não esquecidas.
Nós não temos que ficar foda em alguma coisa com o objetivo de impressionar alguém.
A graça de ficar foda é você se impressionar com você mesmo.
E Sam olhou o papel, e olhou para mim.
- Charlie, você já beijou uma garota?
Sacudi minha cabeça em negativa. Tudo estava muito silencioso.
- Nem mesmo quando você era menor?
Sacudi a cabeça novamente. E ela pareceu meio triste.
Ela me falou da primeira vez que beijou. Me contou que foi com um dos amigos do pai dela. Sam tinha sete anos. E ela não contou a ninguém, exceto a Mary Elizabeth e pois Patrick, há um ano. E ela começou a chorar. E disse uma coisa que eu nunca vou esquecer:
- Eu sei que você sabe que eu gosto do Craig. E sei que te disse para não pensar em mim daquele jeito. E sei que podemos ficar juntas assim. Mas quero que você esqueça todas essas coisas por um minuto, tá bom?
- Tá.
- Quero se a primeira pessoa a beijar você. Tudo bem?
- Tudo.
O que é o amor? Sempre dar significado a algo abstrato e desconhecido. Não seria isso o amor verdadeiro?
Hoje sou livre como um pássaro e não me importa que me achem do tamanho de um grão de mostarda, por que plantando, regando, cuidando o pé de mostarda cresce e dá sombra para abrigar o pássaro que sou.
Poesia à Padroeira!
Que alegria saber que não estamos sós,
Que bom saber que olhas pro nós,
Nunca nos abandona e vem em nosso socorro,
Não nos decepciona, porque somos seu povo;
Pro filhos somos chamados,
Por Vós muito amados,
A Ti nos consagramos,
Para Ti caminhamos;
Em Vossa Casa nos recebe,
De Graças nos concede,
Pelo Pai Fostes Escolhida, (Lc 1,26-38)
Sem pecado és concebida;
Do Seu SIM veio o Redentor,
Para ser O Nosso Salvador,
Tu És A Mãe de nossa vida,
A Senhora Aparecida.
Parece bobagem, mas, assim que nos olhamos, a dor do término que estava me corroendo até um minuto atrás derreteu como a neve.
Eu quero o teu beijo, tua boca na minha inteira. Tua língua madura enroscada na minha, numa busca sem tréguas e sem caminhos. Eu quero teu hálito perfumado invadindo meu gosto. Eu quero engolir o teu desejo, colar teu corpo no meu e num abraço sem fim, olhando nos teus olhos, dizer que tudo o que quero na vida é ter você só pra mim, como numa poesia. Eu me despeço e sigo trôpego ao sabor do vento. A madrugada escura envolve com seu nevoeiro a minha alma e o meu coração segue apertado, batendo descompassado e chorando a tua ausência, gritando a distância dos teus beijos e deixando escorrer uma lágrima vermelha que se misturou ao escuro da noite, enfeitando a saudade e o sofrer de mais uma espera com a cor escarlate. E vento soprou forte cortando o meu rosto triste, carregando-me para cada vez mais longe. O vento sibila em meus ouvidos e congela os meus lábios que agora já não sentem o calor dos teus. Vento cruel, irresponsável, que veio não sei de onde com a missão de nos separar. Mas que ele não saiba que enquanto soprava com sua volúpia indesejável, ele trouxe para mim o teu perfume. E eu aqui calado, sorrio pela felicidade de guardar na distância o teu cheiro, que é o meu cheiro que me invade tirano ao sabor do vento.”
—
Cinzentos.
Dói-me saber que a lua que agora vejo, também olha prá você inteirinho... Dói-me, não por ser lua, mas porque ela te vê e eu não!
Estupram de lá, esquartejam de cá, mas o pior crime que eu vi foi um pai de família se matando... todos os dias... indo trabalhar sem saber pelo quê.
Não faço parte deste mundo, onde o ideal é que é o aceito, e o Ser que não tem um ideal é o que mais se aceita como é, mas que é o mais inaceitável dos seres.
Este meu ser insignificante mas pleno de significado teve no aluno mais errante o que de melhor há no aprendizado: o amor.
O medo de sofrer deve ser esquecido porque, todos, sem exceção, quando projetam uma ação de vida, fazem antes uma prospecção para analisar as probabilidades e, se após isto falharem, não há o porquê sofrer, pois havia a consciência.
FORA DO NORMAL?
Por que me olham os pés
Se podem olhar para os meus olhos?
Por que sempre há alguém parado
Tentando ficar mais leve?
Por que o terno se suja rápido
Quando tentamos adivinhar os seus pensamentos?
Por que tu não ajudas aqueles à que te beijão os pés
Só por dizerem que não é esse o reino que te pertence?
Por que viver?
Por que do por quê?
Por que de amar?
E por que do sofrer?
Será que para ser correto
Devemos nos habituar aos princípios da terra?
Acho que um louco
Tem muito mais do que a sua loucura
Acho que um jovem
Tem muito mais do que a vontade do agora
Como um bebê
Que sempre olha para o além
E ri com leveza e doçura
Tento me espelhar
