Fabio de Melo Acaso Deus Felicidade
Não vim aqui pra ser um mártire nem messias, saca? Tão pouco ser o divertimento de uma massa opaca, se quando nem meus semelhantes me compreendem, sinto que a missão tem sido um tanto quase quanto fraca.
Somos escravos dos sentidos. Desejo o que está além da reprodução do inconsciente. quero rasgar o véu que separa o mortal do eterno. Separar céu de inferno antes de vestir o último terno.
Mesmo que tudo me dome, retomo meu rumo avante, na queda levante, o topo alcance, olhe de relance o que se esconde no estante, precioso é o momento em si indiferente do que aconteça, olhares que invadem sua cabeça, epidemia de porquês, só quero viver sem ter que me explicar, olhar pra lá e pra cá.
Coloco beat e começo a rimar, são vários temas, várias manias que eu quero curar, imagine ter o poder e descobrir que tudo que se esconde aparece pra você, a realidade é o culta, já vivi vidas inimagináveis, encontrei em destroços tudo que me fazia falta eu me restava a sensação de possuí-los.
E se todas nossas memórias fossem impressões implantadas e nunca tivéssemos vivido nada daquilo que pensamos? A vida seria um sonho onde cada dia é uma vida por si só, e tudo que foi imaginado seria possível transformar-se em realidade.
É melhor ter muitas ideias sem desenvolver nenhuma ou cultivar poucas ideias durante uma vida inteira?
O mundo está dividido entre os que entretém-se com sombras dentro da caverna, e os que guiam-se pela luz que os liberta para a realidade.
Evolução espiritual? Parte de mim diz pra me conter e me manter racional, a outra parte diz que o objetivo é sentir prazer além do carnal.