Eu Vou Errando e Acertando
O bem faço constrangido pelo Senhor. Não o faço como deveria fazer, mas vou tentando, de alguma forma buscando dar sentido ao meu viver. Se não faço o que deveria, apenas ignoro a oportunidade que me é dada, em ser útil a alguém, a cumprir o propósito da vida, onde ninguém é auto-suficiente, e independente o bastante, capaz de não depender de ninguém.
Vou do tédio ao remédio
E nessa ânsia de fazer bondade
Para ser verdadeiro basta primeiro
Espalhar amizade e verdade.
HORAS DE SAUDADE
Vou de avivo no repouso, descontente
E travas lágrimas nos olhos a prantear
Ah! quanta avarenta emoção a suspirar
Ah! quanto silêncio no sertão poente
A hora no horizonte é vagar cadente
Um adeus, sem acabar e a se quebrar
Um vazio apertando a alma no pesar
E uma solidão que fala com a gente
A escuridão, e um nó na garganta
Um feitiço que no amargor canta
Cravando a sensação pela metade
Tristura, e uma trova sem medida
Querendo versar, e na dor sentida
Redigem as horas duma saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/11/2020, 12’07” – Araguari, MG
Numa calma vou me entregando as ondas. O azul do céu e claridade que incomoda meus olhos me faz perder os sentidos.
Meu sol, minha paz, minha brisa! És o som que tranquiliza os meus ouvidos, o mar de sentimentos bons!
Em meu silêncio "externo", vou me encontrando, me reencontrando, me redescobrindo, cada dia partes que achei que havia perdido pelos caminhos são juntadas e coladas, pouco a pouco elas ressurgem em mim, em meio a quietude que sempre me acompanhou.
E é assim que eu vou!
Minhas asas
Vou escrevendo...
Descrevendo o que minha alma pede...
Determino...
A inspiração contínua...
Tem horas...
Não sei se vou finalizar...
Vou assim...
Dedilhando...
Borrando...
Restaurando...
Rasurando...
Poema curto...
Ou longo...
Imponente...
Impotente...
Uns podem até me chamar de demente...
Não uso martelo...
Nem marcador amarelo...
Imaginando...
Vou apenas voando...
Sem rumo...
Sem destino...
Fico as vezes á pensar até que sou um menino...
De pouquinho em pouquinho...
Vou brincando e sorrindo...
Elevo meus pensamentos...
Ando no além...
Viajo com minhas asas....
E nem sei se volto de trem...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que voa.
Vou ficar por aqui
É um misto de longe e perto
De estar não estando
De ver não vendo
De ter perto mesmo longe
Um longe irreal
Um longe que existe e não existe
Vou ficar aqui
Aqui me leva aí
De uma forma imperfeita
Mas presente
Essa presença que é marcante
Dia a dia
Esse negócio do virtual que faz o fisico latejar
O coração bater
A boca secar
A vontade tomar conta
Vou ficar aqui
Pois aqui é sempre aí
E o aí sempre está aqui
Sempre reciproco
Sempre cuidando um do outro
Sempre juntos
Sempre
Distância é um momento
Não um lugar
Nunca é um sentimento
Te amo
Meu hino minha oração
Às vezes, na chuva me perco
Deixo molhar o meu rosto
Vou caminhando pelo vento
E num abraço me encontro
Em cada passo que dou
Mais a vida me encanta
Nos olhos me reflete a esperança
E com Deus sempre estou
O sol é muito amigo
E a lua um retrospecto
Onde encontro abrigo
Onde encontro amor
Sempre hei de ter esperança
Que dias melhores virão
Tudo guardarei como lembrança
E farei como hino...minha oração
Às vezes, a tristeza me invade
Deixo molhar o meu rosto
As lágrimas vão pelo vento
Mas num abraço me encontro
Em cada pessoa que vejo
Mais fé encontro em Deus
O vento me sopra um beijo
E nele os carinhos seus
Deus é minha verdade
E a fé faz-me liberdade
Cada passo que dou
Com Deus caminhando vou
Sempre hei de ter esperança
Que dias melhores virão
Tudo guardarei como lembrança
E farei como hino...minha oração
Maria Lu T. S. Nishimura
O que o espelho mostra
É uma imagem que construo
Dessa carcaça que peguei emprestada
Vou devolver com a etiqueta de frágil rasgada
E cheia de marcas
Não vieram instruções na embalagem
Investigo e uso à vontade
Antes que seja tarde
O que o espelho não mostra
As vezes vejo
As vezes não
As vezes veem
As vezes criam
As vezes some
O que o espelho não mostra
Eu sinto
Está aí dentro dessa carcaça
Assim como em qualquer desgraça
E numa garça
Distante
Que faz como tudo que é real
- Passa
Sei que não sou importante para ninguém.
Mas brevemente vou partir.
Deixe-me somente cumprir meus breves deveres.
Desatando os nós da imaginação.
Cedo ou mais tarde...
No início da noite ou na madrugada...
Vou direto ver as lições que preciso termina-las...
Ao verifica-las...
Primeiro passo..
Um cabeçalho...
Segundo passo...
__É o parágrafo que nem sei de onde ele surgi com a força do vento....
E no terceiro...
Uma fantasia que flutua no mar azul de minha imaginação...
Se alguém me perguntar...
Na prosa....
Não conseguiria responder....
Apenas sei quê é uma jornada incrível...
Somente sei que escrevo...
Vou recheando uma frase...
Dou toques nos versos...
E de repente....
Um poema está montado....
Para mim...
É como se eu fechasse meus olhos e saísse por aí....
Acelerando em busca de uma aventura qualquer...
Aquele pequeno copo de vidro que em outrora caiu no chão...
E aos cacos ficou...
Desse objeto...
Faço dele um ou dois versos..
Dos cacos...
Eu faço um livro aberto...
Com requintes de uma inocência....
Ou até de uma bruta crueldade...
Pois ao quebrar...
Veio ao pó...
E é desse pó...
Que vou desatando os nós...
Ao elaborar sem usar ferramentas...
Sinto tristezas profundas...
Mas também é uma alegria que não cessa...
Talvez uma torre de onde os querubins estão me protegendo....
Ou uma pipoca e um filme no cinema...
Acompanhado de uma gelada Coca-Cola...
Na aprendizagem...
Fotografo paisagens....
No pior dos fracassos....
Faço um verso sem cor...
Talvez embaçado....
Mas repudio as limitações...
Tento evitar....
Mas as frustrações me desafiam....
Afinal de contas...
Eu tenho sim...
Uma ou duas...
Até dezenas de opções...
Fato é....
Agrado a mim...?
Ou ao mundo todo...?
E daqueles poemas já registrados...
Trago comigo um acordo...
Eu sou o poeta...
E eles...
São minhas lições....
Concordando ou não...
Não uso nem um ingrediente...
Só quero terminar mais uma tarefa...
Com minha ilusória...
Imaginação...
Se são devaneios ou anseios...
Sei lá...
Só sei que é uma sensação te satisfação...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Me deixe ficar séria
Respeite meu humor
Você não tem meu riso
Mas tem o meu amor
Vou mergulhar
Bem fundo pra eu me encontrar
Entrar na dança
Deixar a vida me levar
Talvez vai haver um dia em que não pensarei mais como está.
Talvez não sentirei sua falta.
Nem vou imaginar como deve ser você acordando.
A única certeza é que se acontecer é porque estarei em sua companhia desde o amanhecer.
Com quase 50 anos certamente já passei da metade do vou viver.
Tive erros e acertos incontáveis.
Já me vi apaixonado involuntariamente.
Já se apaixonaram por mim da mesma forma.
Dessas três narrativas o que posso mais fazer ?
Parar de me apaixonar não deixar apaixonar ou morrer?
Minúcias
Analisando o teu rosto, vou
notando detalhes que até então
não havia visto.
Olho os teus lábios e os vejo
mexer bem devagar, são pequenos
e tentadores.
O narizinho jeitoso, dá vontade
de o beijar.
Os olhos são alegres, mas algo
parecem ocultar.
O formato do rosto, minha memória
absorveu e guardou.
Cabelos nada irei sobre eles falar,
os tenho em minhas mãos e adoro os
lábios neles encostar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. R/J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
