Eu te Amo do Amanhecer ao Anoitecer

Tens um não sei o quê que me deixa não sei como, mas que eu gosto nem sabes o quanto.

Reciprocidade é o único motivo pra que eu estacione meu amor em outra vida. Caso contrário eu passo direto.

Embora eu tenha a saúde perfeita, meu coração não tem forças pra se afastar de você.

Que eu jamais permita que as decepções da vida aflore meu lado negro, e faça da minha vida uma eterna noite de pesadelos.

Se amor fosse um lugar, seria nele que eu gostaria de viver por toda minha vida.

Eu seria livre pra voar se minha cabeça não estivesse congestionada com tantas nuvens.

Para um bom entendedor o silêncio diz exatamente o que eu não sou obrigada a dizer.

Se a vida é feita de escolhas, eu escolho o A(mar), mesmo que essa escolha implique ser engolida pelas ondas de mim mesma.

Para os que tripudiam sobre minhas palavras simples, eu ofereço meu silêncio na taça do mais fino cristal da minha rebuscada indiferença.

Não, não! O mundo não está de ponta cabeça, eu só mudei meu foco de visão e passei a enxergar por outros ângulos.

Há mistérios que eu faço questão de nunca desvendar. Quero apenas dar uma olhadinha pelo buraco da fechadura e, nas silhuetas que se movem na difusa luz desse mistério, imaginar-me mais uma entre elas, recriando essa esfinge, sob o olhar curioso do tempo.

Que eu nunca perca a sensibilidade, a delicadeza, a capacidade de enxergar beleza nas miudezas da vida, e a ferrugem do tempo não endureça meu olhar.

Eu diria que é raro, raríssimo, em tempos de alma seca, encontrar alguém que goste de caminhar na chuva com você.

Às vezes eu sou assim: inteira! Lua cheia! Outras vezes, assim como a lua sou minguante, metade da metade, em minha fase de lua inteira.

Se ser feliz é um crime, eu dispenso o advogado. Dê-me logo prisão perpétua, sem direito a recorrer depois de sentenciada.

Quando criança eu fechava os olhinhos, e num passe de mágica meu dia se tornava noite. Naquela escuridão inventada e tão cheia de mistérios, eu adorava fabricar estrelas no meu céu particular.

A poesia é meu diário. Como todos os diários também seria secreto, se nele eu não desnudasse a alma.

É necessário que eu atravesse minhas tormentas, para retornar à condição de brisa.

Eu tinha certeza que esse tal de Funk só podia ser invenção do capeta. Ninguém mais teria uma ideia tão demoníaca.

Que jamais me falte fé, mesmo quando às margens de meus abismos eu achar que tenha perdido tudo.