Eu sou uma Pessoa Timida

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Hoje sou luxúria. Espero mãos pesadas, ópio na veia, sol de giz riscado no chão. Quero dividir meus erros, arranhar minha loucura.

Não sou perfeita, mas partes de mim são excelentes!

Parece, com efeito, que, se sou obrigado a não fazer nenhum mal ao meu semelhante, é menos porque ele é um ser racional do que porque é um ser sensível, qualidade que, sendo comum ao animal e ao homem, deve ao menos dar a um o direito de não ser maltratado inutilmente pelo outro.

Escrevo porque encontro nisso um prazer que não sei traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando...

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 23 de fevereiro de 1944.

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E eis que de repente agora mesmo vi que não sou pura.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trecho da crônica O vestido branco.

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Sempre que sou homem depois desperto a pior das minhas mulheres

Sou tão inseguro, meu bem, não faça assim comigo não, como dizia Carmen Miranda.

Tenho fé em mim mesmo, a minha experiência com Deus é por aí, sou muito pragmático, cético. Sou otimista. Se não fosse, num certo momento eu teria dançado. Mas, em relação à minha vida, o que está acontecendo é uma busca muito grande de felicidade que eu estou encontrando.

Sou um xamã que tem visões pela tribo e que é capaz de curá-la.

Sou desastrada, não tenho o corpo perfeito, gosto rápido das pessoas, meu cabelo é bagunçado, mas tento ser forte.

Na verdade, não sou um Beat, mas sim um estranho e solitário católico, louco e místico.

Não é confortável o que te escrevo. Não faço confidências. Antes me metalizo. E não te sou e me sou confortável.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Tudo o que não sou não pode me interessar, há impossibilidade de ser além do que se é.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sou um poeta
E não aprendi a amar..

Sei o que é o absoluto porque existo e sou relativa. Minha ignorância é realmente a minha esperança: não sei adjetivar. (...) Olhando para o céu, fico tonta de mim mesma.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Divagando sobre tolices.

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Mas sou dessas idiotas covardes que, quando percebem que estão gostando de alguém, resolvem gostar de vários. (...) Eu sou daquele tipinho baixo de mulher. Daquele tipinho que rouba o seu celular enquanto você faz seu xixi feliz da vida. (...) Não demora muito para eu começar a competir com você. E querer ser melhor que você. E querer isso justamente para que você nunca deixe de me admirar.

Sonho que sou Alguem cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!

E quando mais no ceu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...
E não sou nada!...

Não digo que sou um Vascaíno doente, pois doente é quem não é Vascaíno.

Quando sou visto, tenho, de repente, consciência de mim enquanto escapo a mim mesmo, não enquanto sou o fundamento de meu próprio nada, mas enquanto tenho o meu fundamento fora de mim. Só sou para mim como pura devolução ao outro.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Ser e o Nada, 1943

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.