Eu sou uma Pessoa Timida
Ás vezes quando estou dando aula.. Um menino leva um golpe e então começa a chorar. Eu pergunto para ele " Você se machucou ou se magoou?" Se ele se machucou, eu o levo para casa. Mas se ele se magoou... "levante e volte para o tatame" Você tem que descobrir se está magoada ou se está machucada.
Eu não ligo para nada do que os outros exaltam ou condenam. Eu simplesmente sigo meus próprios sentimentos.
Porque é assim que eu vejo o universo. Vejo em cada segundo o que é, o que foi e o que poderia ser, o que não pode ser. Essa é a carga de um senhor do tempo.
Minha vida mental começou para valer quando pedi a Deus que me mostrasse a verdade mesmo que eu não conseguisse explicá-la a ninguém, mesmo que eu não conseguisse sequer expressá-la em palavras.
A religião tem a ver com respostas certas e algumas dessas respostas são de fato certas. Mas eu tenho a ver com o processo que leva você à resposta viva, e só ele é capaz de mudá-lo por dentro...
Eu tenho a incrível capacidade de poder ser quem eu quiser, mas eu prefiro simplesmente ser ninguém.
Eu ficava feliz quando estava com ela, mas isso doía um pouco, e doía quando não estávamos juntos também.
Eu não devo ter medo. Medo é o assassino da mente. Medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Eu enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e me atravesse. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu permanecerei.
Daqui, ligando pontos, encaixando peças, eu me surpreendo: não tive muita coisa que eu queria, mas tive tudo de que eu precisava.
Talvez eu nunca tenha sentido as coisas assim, tão genuinamente: a raiva, o amor, a alegria, a tristeza, a ansiedade, o afeto… As minhas emoções têm emergido sem qualquer filtro, sem qualquer disfarce. E pela primeira vez eu me permito ficar com elas dando a cada uma a importância que me pedem, porque elas não me governam, são apenas emoções, são a minha transparência.
A partir de agora e pra sempre, quero que cada dia dos anos que virão eu tenha o espaço do meu peito preenchido com tudo o que eu preciso, e que cada dia valha a pena. Que eu aproveite todos os momentos felizes até a última gota e guarde-os com carinho, para relembrá-los sempre que eu puder. Que eu saiba aproveitar sim minha dor, sofrer tudo o que tiver no momento e não ter pressa para que ela acabe rápido, pra que mais pra frente ela não volte a tona, quero aproveitar tudo o que ela me trouxer, todo o crescimento, mas que eu possa jogá-la fora depois, sem sentir que ainda falta um pedaço em mim. Que eu acredite na fé, e que eu tenha fé no que eu acreditar. Que eu mantenha minha personalidade sempre forte, não importa qual seja a situação. Que meus sentimentos sejam muito verdadeiros, e que eu aprenda com cada um deles. Que eu seja sempre eu mesma, mas que não seja a mesma para sempre. Que tudo, tudo mesmo o que acontecer, eu guarde no meu coração. Que cada dia seja melhor que ontem, e não tão bom quanto amanhã. Se não for assim, que seja, é só mais um dia mesmo.
Eu tento fazer várias coisas para poder me distrair dessa saudade que aperta o meu coração e me falta o ar...
Mas a vida é cheia de momentos, e momentos nos trazem lembranças, aí eu me lembro que você se foi Pai... e me deixou aqui, morrendo de saudade, querendo você aqui.
Não tive tempo de dizer meu último adeus, de te abraçar e dizer que eu te amo infinitamente!
Oh pai, como eu te amo! Sei que o senhor está ao lado de Deus... agora você me olha aí de cima...
Não se preocupe, vou fazer com que você tenha ainda mais orgulho de mim, e ficarei aqui pensativa, lembrando de todos os momentos que tivemos e no quanto foi bom.
Vou lembrar de você sempre sorrindo! Te amo!
Eu escancarei a porta – ridiculamente ansiosa – e lá estava ele, meu milagre pessoal. Meus olhos acompanharam suas feições: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios – agora retorcidos num sorriso –, a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maças do rosto…
Deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento. Eles eram grandes, calorosos como ouro líquido, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. Olhar seus olhos sempre fazia com que eu me sentisse extraordinária – como se meus ossos tivessem virado esponja. Eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar. De novo.
Não importam as circunstâncias e não importam as adversidades, por mais difícil que seja eu vou seguir em frente e vou reunir todas as forças para que eu me transforme cada vez mais na pessoa que eu decidir ser.
O mal e o sofrimento
Se eu conversasse com Deus
Iria lhe perguntar:
Por que é que sofremos tanto
Quando viemos pra cá?
Que dívida é essa
Que a gente tem que morrer pra pagar?
Perguntaria também
Como é que ele é feito
Que não dorme, que não come
E assim vive satisfeito.
Por que foi que ele não fez
A gente do mesmo jeito?
Por que existem uns felizes
E outros que sofrem tanto?
Nascemos do mesmo jeito,
Moramos no mesmo canto.
Quem foi temperar o choro
E acabou salgando o pranto?
Eu não sei, fui acostumada, fui criada, totalmente sem carinho ou atenção, tive um longo tempo da vida onde isso também não foi me dado. Então quando resolvi crescer e me reconstruir incorporei isso em mim. Dar atenção ao máximo, aos amigos, a família a quem vive nos meus dias, estar sempre presente, ler, ouvir, aconselhar e muitos me procuram pra isso, e em todo tempo. Agora! Chega um belo dia que eu preciso falar, que eu quero desabafar minhas neuras e algo que me angustia, e não tem ninguém ali, ninguém esta disposto, estão todos muito envolvidos com algo, ou em algo e fingem não ouvir, ou já julgam o que eu acho ser um problema como uma coisa banal e simplesmente ignoram-me. Vi isso e doeu. Me senti estranha por precisar disso, então vejo que ainda não me basto, e também isso tenho que aceitar. Aceitar que não me basto e que os outros não estão nem aí com o que penso, sinto ou julgo... Se eximindo, não me dando a mínima atenção quando eu sinto precisar tanto. Às vezes no auto da arrogância que "ainda" há em mim, queria falar de muitas coisas, contar histórias, conjecturar, discutir os problemas do mundo, mas me contenho, porque eu sei que a falta de atenção dos "queridos" a minha volta me corrói, mas não aceito e não entendo. Se não ajo assim com as pessoas, por que elas agem assim comigo? A falta de atenção de quem a gente gosta, falta de envolvimento no assunto, dói mais que bater o dedinho na quina do sofá e nos decepciona muito com as pessoas a nossa volta. Eu sempre fico angustiada, com falta de atenção mesmo quando a mesma não se dirige a mim, me sinto mal vendo alguém ser ignorado num momento em que precisa falar, pôr pra fora, e a pessoa é simplesmente ignorada, como se não existisse, como se não estivesse falando, ou não estivesse ali. Isso me corrói e causa ira, e não quero esses sentimentos em mim mais não. Claro que tem o povo chato, que tenta encher o saco todo dia e com os mesmos problemas e lamentações, que querem falar e falar, e falar. Me policio pra não encher o saco de ninguém. Então fico disponível pra ouvir, palpitar, opinar, rir, falar de merdas que nem me interessam, mas dando atenção. Quando eu precisei encontrei o vácuo, o "não to nem aí", o "ok"... (ah! como odeio os "ok"). Assim é a merda do ser humano: quando precisam, você dá. Quando você precisa, que se dane. Então disso tiro mais uma lição: não sou assim tão importante aos que penso ser, e meus problemas não interessam a ninguém. Ninguém quer perder conversas em outra telas, outros telefones, perder meia hora. Porque simplesmente, não importo pra ninguém e ninguém quer escutar, e o que me angustia não angustia o outro. Mas, ora, às vezes também preciso falar.
Sarcasmo não o único serviço que eu ofereço.
Eu até mudaria o mundo, se essa tarefa fosse bem remunerada.
