Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Ela: Eu queria ter te conhecido antes...
Ele: Não, você não quereria.
Ela: Como assim?
Ele: Eu era aquele cara que ficava ali no canto, quieto, sozinho, sem nunca chamar a atenção e, tal como todas as garotas de tua idade, você me desprezaria. O tempo de você me conhecer e valorizar um homem de verdade - e não um moleque qualquer - é exatamente agora.
Escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma.
Se eu vivo bem sem você, porque eu continuo te olhando? Porque eu sempre volto aqui? Porque eu ouço musicas que falam de tristeza? Por quê? Você não vale isso. Mas eu faço. Eu continuo fazendo.
MARIANA
Desde que a vida me colocou diante de ti
Que eu tento e não consigo concentrar-me
Em nada do que eu faço,
Vejo-me sempre perdido em sonhos,
Devaneios inconseqüentes de um coração irresponsável
Mas que não faz menos verdadeiro o sentimento
Nem menos verdadeiro o fato
De que a todo momento só me vem ao pensamento
A beleza e a poesia
Dos encantos de Mariana...
Eu não gosto nunca de nada e gostei tanto de você. É? Droga. O quê? Eu falando de gostar. E daí? E daí que vai acontecer tudo de novo. O quê? Vou sentir demais, falar demais, escrever demais, você vai embora. Agora eu vou embora. E depois? Depois não sei. Tá. Eu ficaria, sério, eu ficaria muito, muito, muito. Eu sei.
Se eu fosse eu, riria abertamente do que acho mais graça:
pessoas prepotentes, que pensam saber mais do que os outros,
e encorajaria os que pensam que sabem pouco, e sabem tanto.
Crônica: Se eu fosse eu - Livro: Non-Stop
Que eu me empenhe todos os dias a realizar tudo o que quero, e afaste para bem longe de mim qualquer sombra de dúvida, de vazio ou de frustração. Apenas a Glória é o que viverei!
Eu arriscaria por ele, eu tentaria por ele e faria qualquer coisa por ele. Mas ele não estava disposto a fazer o mesmo por mim.
Hoje... a minha sede de infinito é maior do que eu, do que o mundo, do que tudo, e o meu espiritualismo ultrapassa o céu.
Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse.
É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é.
Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
Não sei se ela entendeu. Isabel já não me entendia, nem eu a ela: era um mistério para mim. Eu não sabia se ela havia mudado, ou se eu é que ia me tornando outro homem.
Com exceção de uns poucos, todos têm medo de mim como se eu mordesse.
Eu queria congelar aquele momento sem luz, aquele momento em que, aos poucos, eu sentia meu corpo e todo o resto feito de espírito voltar ao meu centro. A nossa morte que me retornava à minha vida.
Até hoje eu não sei se o nosso grande problema é o seu apego idiota a sua liberdade, ou a minha bipolaridade maldita que na nossa história, de alguma forma, é abafada por essa sua escolha de ter a mim e ao mundo, sem abrir mão de nenhum dos dois. Também não sei se o que me prende tanto a você é justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós. Mas alguma coisa me prende, e me prende demais.
