Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Não Sou Um Personagem
Já chorei por amor e ódio...
Ah! De tanto rir também...
Já briguei sem motivo
E até humilhei alguém...
Já levei fora e já dei também...
Fiquei com quem não devia
Deixei partir quem muito queria...
E com certeza,
Das poucas que tenho na vida,
Ainda hoje me amaria...
Já conheci um anjo e a ele
Entreguei minha alma
Recebi muito amor por um tempo
Para a eternidade muita mágoa...
Conheci o céu e a felicidade
Até o fatídico dia em que
Conheci o inferno e a maldade...
Os primeiros frutos do amor
E os demais...
Da dor da saudade...
Já fui julgada...
Julguei e condenei a mim
Fiz de meu corpo,
Meu cárcere sem fim...
Minhas colegas de cela
Desilusão, mágoa e saudade...
Ás vezes deixam-me
Conversar com a vizinha
Chamada Fé, irmã da Esperança,
Que em nossos cochichos
Promete-me um amor de verdade...
Meu coração só eu conheço,
E o quanto dói
Só eu sinto
Não sou um personagem!
Em minhas veias corre sangue...
E quem pensa o contrário
Não pensa, acredita em bobagem...
Nada sou, nada posso, nada sigo.
Trago, por ilusão, meu ser comigo
Não compreendo, compreender nem sei
Se hei de ser, sendo nada, o que serei?
A minha religião?
Sou de Deus, de Ogum, de Oxalá, de Maria, de Iemanjá, sou da terra, sou do céu, sou do mar... sou de tudo que o amor me levar!
Sou um escritor de poucos livros e poucos leitores. Vivo extraviado em meu tempo por acreditar em valores que a maioria julga ultrapassados. Entre esses, o amor, a honra e a beleza que ilumina caminhos da retidão, da superioridade moral, da elevação, da delicadeza, e não da vulgaridade dos sentimentos.
Sim, sou sutilmente sarcástica com os medíocres, a ponto deles não entenderem o sarcasmo e se passarem por bobos.
Não sou seu dono!
Apenas te amo.
Por isso te liberto, pois para mim mais vale ver
teu sorriso longe dos meus braços do que sentir
tuas lágrimas a molhar meu poeito.
Sou como Edith Piaf: "Je ne regrette rien" (não lamento nada).
Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência.
Não tenho frustrações, porque vivi como em um espetáculo.
Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile.
Sou do tipo de HOMEM que vou te chamar de linda em vez de gostosa.
Que vou te ligar de volta quando você desligar na minha cara.
Que vou deitar embaixo das estrelas e escutar as batidas do seu coração, ou talvez permanecer acordado só para observar você dormindo.
Sou do tipo que vou te beijar na testa.
Que vou querer te mostrar para todo mundo.
Vou segurar sua mão na frente dos meus amigos.
Sempre vou te achar a mulher mais bonita do mundo mesmo quando você está sem nenhuma maquiagem e vou insistir para te segurar pela cintura.
Vou te lembrar sempre o quanto eu me preocupo com você e o quanto eu sou sortudo por estar ao seu lado.
Vou virar para os meus amigos e dizer, é ELA. ;D
Para os que Virão
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.
Sou filha do Sol, trazida pelo vento.
Sou verdadeira Bruxa por dentro.
Bruxa nascida do fogo,
meu espirito é soberano.
Sou a transformação,
a destruição e também
sou a criação.
Vivo com liberdade, criatividade e lealdade.
Assim vão me encontrar.
E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela
Os meus olhos vão achar
na chama daquilo que queima
o meu espirito, estará lá.
Mas logo vos aviso,
se mau intencionado estás,
não procurarás.
Não sou qualquer certinha ou sou um estereótipo de garota perfeitinha. Não sou qualquer amiga de todos, não concorro à miss simpatia nem sou adorada por unanimidade. As pessoas têm o direito de não gostar do meu jeito, assim como eu também posso não gostar do delas. Não sou qualquer politicamente correta. Não sigo todas as regras da sociedade e ajo por impulso. Erro? Admito, aprendo ensino... Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Não sou qualquer ditador, abro exceções, perdôo aos outros e a mim.
Todos merecem uma segunda chance, mas nunca uma terceira. Mudo de opinião, mas não de princípios, quem me encontrar daqui a 10 anos conseguirá me reconhecer. Não sou qualquer espectador...
Comovo-me, choro, sorrio! Quem nunca torceu pelo mocinho? Quem nunca sonhou em ser a mocinha? Não sou qualquer idiota... Não sou o Diabo muito menos Deus.
Sou arquiteto,
Aquele que dizem ser engenheiro frustrado,
Decorador disfarçado,
Esquisito, meio pirado,
Às vezes alienado, outras, por demais engajado;
Às vezes de Havaianas, outras engravatado.
Sou arquiteto,
Aquele que chamam de sonhador;
Ah! Pudesse eu ter meus sonhos de volta,
Mas sou ainda um aprendiz na escola da vida;
Dominei a forma, distribuo espaços,
Mas muitas vezes me sinto fora de esquadro,
Perdido em linhas paralelas demais,
Numa escala indefinida.
Mas sou arquiteto.
Sou poeta,
E sou muito mais que um sonhador,
Porque possuo em cima da velha prancheta,
Projetos para todos os sonhos;
Casas para abrigar um novo amor;
Caminhos para chegar ao arco-iris;
E jardins para o aconchego do entardecer...
Acredite, não sou frio. Apenas cansei de esbanjar sentimentos por aí, e, acredite, você também vai cansar...
