Eu sou uma Mulher Super Perigosa
“Sinto você em todos os lugares q eu vou, sinto a sua vida presente na minha e sinto que não consigo mais viver sem ter você.”
“Eu te quero a qualquer custo, o teu amor para mim é tudo, quero realizar os seus mais secretos desejos.”
A pior besteira que eu tenho escutado ultimamente é: "em pleno século XXI é normal isso e aquilo (....) temos que aceitar a realidade". NÃO! Eu não tenho que aceitar a realidade. Eu não tenho e não vou me conformar com esse mundo. Como vou experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus dessa forma? Sendo conformado com as aberrações desse mundo? Nunca. Romanos 12:2 diz "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possas desfrutar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus", então, porque devo achar que essa é a realidade? Não adianta, eu NUNCA vou me conformar com isso, eu NUNCA vou me amoldar a esse mundo. Nada daqui vai me deixar conformado, nada daqui vai preencher meu coração. Meu lar é na nova Jerusalem, eu to nesse mundo só de passagem. O cristão é inconformado com esse mundo, nada aqui irá satisfaze-lo. Nada.
Estou experimentando um sentimento diferente
que faz com que eu mergulhe numa fantasia inebriante
que parece me levar a loucura ...
Será amor?
Será paixão?
Preciso parar e ouvir a voz da razão para que
não aconteça de eu me perder ...no mar da desilusão.
A palavra de Deus me mantém vivo! O dia que eu não tiver mais inspiração,pode ligar para alguém da minha família para perguntar a hora do meu funeral...
Se algum brilho eu tiver é… com toda a certeza neste céu azul e transparente que o encontro,agora que me vergo à sua luminosidade estática.
Mesmo quando me defronto inesperadamente com nuvens ou neblinas, é o sol que me espreita sedenta que está a minha alma mais do que nunca de se alimentar dessa energia positiva.
Por isso vos asseguro que deixei de me sentir só… já não me fazem falta as pessoas que se afastaram do meu caminho abruptamente e muito menos penso nelas porque a obscuridade onde se encontram agora dentro de mim é o fim dum circulo que dia após dia me abre novas expectativas.
Reencontrei-me no exato momento em que me dispus a vencer quaisquer dificuldades
com paciência mas determinação.
Eu tento,
Mas não são mais que olhares
Numa encruzilhada,
Em que nossas vidas se cruzam,
Mas nunca se enlaçam.
“Eu queria caber num segundo teu.
Naquele sorriso bem demorado, assim como na palma da tua mão. Queria fazer parte das entrelinhas dos teus versos, entre as linhas tortas do teu caminho. Ah como eu queria! Ah como eu queria entender como consigo acomodar tanto de ti no meu um metro e sessenta e três de altura. O problema dos encontros são os desencontros ao final de tudo. E agora passo pela cena difícil te desenhar em uma máquina de escrever. Se eu te dissesse que a palavra despedida tem exatamente o formato das tuas mãos, você ficaria para mais uma valsa? Que a meia-luz da sala me incomoda. Que o sofá não está aonde eu queria nem com quem eu gostaria. Adiantaria? Prender a brisa do teu perfume em porta-retratos, o sorriso na cabeceira da cama, os teus cotovelos na mesa de jantar. Eu desabafo com a televisão ligada, trocando os canais como se fosse encontrar teu rosto em algum comercial de margarina. Bebo café para sentir teu gosto, tomo banho quente para murmurar junto ao vapor sobre as curvas do teu corpo. Descobrindo que quanto mais o tempo passa mais tudo perde a graça, que até tuas palavras eram macias e confortáveis. E acho que, sinceramente, eu me acomodaria até num “bom dia” seu. O que me consta que tenho acordado tarde para evitar esses tais “bom dia” que há muito não me confortam. Tenho também um bocado de sotaque bonito preservado no canto do ouvido ecoando na primeira hora da manhã na varanda. O chimarrão me arrepiava a nuca e eu percebia, enfim, que estava num inferno e ele era o meu próprio corpo. As lembranças eram bombas relógio, a explosão unilateral de um afeto platônico. Moreno, só queria te dizer que eu apostei todas as fichas em você e perdi. E talvez as casualidades do universo ainda te recoloquem no meu jogo. E você vem. Claro que um dia vem. Primeiro escuto os teus passos, logo após a essência do perfume, o corpo provocativo, contudo nunca a alegria das pulsões. Pergunto-me então se a tristeza lhe acompanha a qualquer segundo. Se for assim, fique por aí. A monomania de sentir a tua tristeza como um ombro amigo que me puxa para dançar em dias difíceis, que rodopia meus sentidos até eu cogitar ser algo bom. Tua tristeza acena pra mim e eu me conforto. Qualquer sensação compartilhada do teu corpo é navalha e, sinceramente, eu me acostumei com o latejar das ideias e dormência da alma. Convencendo-me, pra variar, que não é pecar errar pelo excesso, mas sim pela falta. Encarava-me com meio sorriso, dois tapas nas costas e um "Acalme-se, menina, essas consternações acontecem nas melhores almas.".
Mas e as tremuras do corpo?
Falência múltipla dos sentimentos, um AVC de remorso e o latejar do silêncio.
♦Um dia ele me disse: “Vamos ser mais do que montinhos de areia no tempo?”
E eu não fui.
O LABIRINTO DA VIDA
É como eu se tivesse acordado
em um extenso labirinto, cheio de atalhos
tortuosos, e armadilhas infindáveis.
É como se falseasse cada suspiro
E roubasse momentaneamente o ar,
O oxigênio seco, a mistura com outros
Causadores dos formigamentos indesejáveis.
É como se andasse descalça,
Num mar de espinhos prontos
Para perfurar, sangrar os pés
As camadas de meu próprio eu,
Foram rompidas.
É como se a fortaleza que segura
Desabasse, descesse lentamente,
Machucando as últimas esperanças.
Dos obstáculos, desviavam-se, mas
A válvula de escape se rompia
A cada nova tentativa.
A saída se perdera no instante da entrada
O labirinto da vida se fechava,
A inconstante vontade de fugir,
Empurra o corpo que jaz na forma física
Da persistência.
Pelo suor gasto no caminho galgado,
Nada surge para salvar, para mostrar
Que a labuta estava valendo apena
Que no final do labirinto,
Uma luz iluminaria a saída.
É como se tudo transcendesse
a realidade, o reflexo da imagem
no espelho transformasse a face num
Místico mistério que já não suporta a pressão.
Afastou-se o cansaço, e convidara-se o descanso
para terminar a jornada, os sentidos que dantes
Furtara o ar, já não tem sede de respirar.
É como se a luz tão desejada,
Surgisse para mostrar finalmente,
Uma rota de fuga, toda via, sucumbiu-se
O corpo desfaleceu, a frieza tomou conta.
Avistou-se o fim do labirinto, a vida,
O roteiro de existência chegara ao
Seu desfecho final percorreu-se todas as
Curvas, cada espaço planejado.
A única verdade que jamais
Refuta-se é chegar à saída do labirinto
E não encontrar a liberdade.
Deparar-se com a certeza que
Viver é um labirinto.
MEMÓRIAS DA MINHA DOCE INFÂNCIA
Eu vivi no paraíso onde tudo tinha cor
Mata verde, céu azul, nuvem branca e sol laranja
Formava um lindo arco-íris, belo emaranhado de cores
Que se enlaçavam no brilho do dia.
Eu vi os sorrisos mais sinceros e repletos de felicidade
Nasci no interior, no leito do rio Gurupí
Cercada por águas doces e cachoeiras que se debruçavam
Nas correntes nervosas do rio.
Tinha sonhos inocentes que não se realizavam,
Mas vivia tão feliz que nunca me importava,
Continuava dormindo sem me preocupar,
Sem me magoar, sonhando num suspirando sonante
Esperando ansiosamente o desejável dia do amanhã
Pois sabia que acordaria para uma nova aventura começar.
Ah, como eu brincava! Corria como em um desespero
Mas ao contrário de buscar socorro, procurava diversão
Na areia ou na terra preta do quintal, descalça deslizava
Sobre a maciez da lama, tudo, tudo com a mais pura emoção.
Sob as sombras dos cafezais eu pulava, subia em mangueiras
Apanhava frutas, não tinha temor à altura, embalava-me no
Balanço fechando os olhos sentido o vento suavizando minha pele
Nos dia de verão. Quando o suor escorria sobre meu rosto
Descia para beira do rio Gurupí, me jogava, mergulhava
Ficava alguns segundos submersa, como quem tivera saído do
Deserto e encontrado uma fonte, maná de sensações,
Ah, como era bom o barulhinho da água que me molhava,
Aquele arrepio frio que percorria meu corpo!
As tardes no sítio dos meus avós eram deliciosas
Amava aquela simplicidade, o silêncio que nos
Permitia ouvir o canto dos pássaros, o som que
Ecoava dos troncos e galhos das árvores
O toque leve e sedoso dos dedos da minha avó
Passando óleo de coco babaçu que exalava um
Cheirinho de carinho, enquanto ela penteava e
Massageava com todo cuidado os fios do meu cabelo.
À noite, permutava-se a soluta da escuridão pela luminosidade da
Alegria presente nas rodas de amizade. Ouvia- se versos, histórias
De assombrações, mais principalmente, contos da gente que despertava
curiosidade. Quem não se lembra das brincadeiras de rodas, ciranda-cirandinha
e das cantigas? Que acalantava o sono dos pequeninos, dos anjinhos!
Tinha liberdade de aprender, de errar, de brincar,
Liberdade de ter medo, medo dos olhos ofuscante da coruja que
Assustava-me por noite, deixando-me com sono por dias.
Pura superstição dos velhos sábios da aurora de minha vida
Nossa! Quantos valores e saberes me transmitiram!
Vejo-me agora como uma boba em companhia de lembranças dos
Anos maravilhosos que vivi, mas sinto-me livre para reinventar os
caminhos de hoje para alcançar, talvez, novas e esplendorosas
aventuras amanhã, sem esquecer-me da minha doce infância vivida.
"Eu creio que cada um de nós tem algum talento. O que se deve fazer é tentar descobri-lo e usá-lo da melhor forma possivél."
Gota
Gota
Gota, gota
Goteja
Anseia
Livre e solta
Você
Me
Nega a
Gota
E
Eu
Me sinto
Solta
Sem estar
.
Pinga
Sinta
Senta
Venha
Linfa
E menta.
É a mistura perfeita...
Tenta.
Eu não tenho mais tempo para não perder tempo.
Quero perder tempo sorrindo,
Quero perder um tempo conversando,
Perder tempo abraçando meus amigos.
Perder um tempo amando,
Perder dois tempos brincando,
Quero perder um tempo só lembrando,
Quero perder outro tempo planejando
como posso perder mais tempo ainda vivendo,
Quero descobrir entre um tempo e outro
Um tempinho para perder também com
o que eu nem sei ainda que vou perder tempo.
Perder um tempo para chorar, para sorrir, festejar, gritar, cantar.
Provar o que eu acho que não gosto e nunca experimentei,
Jogar bola, jogar bolita, jogar pião, empinar pipa,
Soltar pandorga, brincar com um cão, acariciar um gato,
Aprender a falar currupaco com o papagaio,
Perder um tempo só ouvindo, quero perder um tempo não fazendo nada,
Perder um tempo aprendendo coisas inutilmente úteis,
Quero perder tempo só para ganhar tempo para viver.
''Dura caminhada''
Mau começa o dia,
E eu já estou apressado,
O sol nem seus raios irradia
E eu já estou atordoado,
Basta despertar e a lágrima já cai.
Dura caminhada cotidiana,
Os mesmos olhos, os mesmos rostos,
Cruzam meu caminho toda semana
De tantos vê-los, já sei os seus desgostos,
São só faces mórbidas e isto não me atrai.
Pelas longas estradas prossigo solitário,
Tendo apenas a minha sombra companheira
Que me guia à pé para o trabalho,
Pensando se sozinho, hei de seguir a vida inteira,
Já nada me faz falta, a solidão está sempre comigo.
Dura caminhada tristonha,
Lá vai meu coração qualquer,
Com desesperança de quem não sonha
E a tristeza daquele que já perdeu a fé,
Vai a vida a passar e eu a carpir este castigo.