Eu sou tudo e nada

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- " Não diga mais nada, se nao me entende e nao me aceita do jeito que sou, é porque nao há sentimento da sua parte".

Nunca precisei provar nada a ninguém para ser quem sou, pois me falaram que para se encontrar o obvio deveria esperar o tempo;
E quem falou que busco o obvio? Eu procuro a felicidade que vem der repente!

E você, é feito de quê?

Sou feita de choros na madrugada, de tristezas vindas do nada.
Sou feita de amores mal terminados, de amores abandonados.
De amores que foram sem minha permissão.
Sou feita de atos por impulsão.
Sou feita da paz, de ter feito as coisas que fiz.
Sou feita de arrependimentos pelas coisas que não fiz, e pelas que fiz também.
Tenho medo do desconhecido, mas meu medo nunca é maior que a minha vontade de tentar.
Arrisco, me jogo e durmo com a paz da certeza.

Sou feita das pessoas que eu deixei no passado e das saudades eternas que me acompanham.

Sou feita de batalhas solitárias, batalhas internas.
Sou feita de alegrias e vitórias secretas. Pequenos detalhes que me preenchem.
Sou feita do abraço da minha mãe, dos conselhos do meu pai, do sorriso das minhas irmãs, da loucura de meus amigos.
Meu amor transborda, não cabe no coração. Dai que eu o distribuo.
Ponho na mão de quem puder cuidar dele pra mim.
Sou amor constante. Não durmo pra sonhar, sonho acordada.
Sou perdão, sou verdade, sou saudade, sou abraço, sou sorriso, sou mar, sou lua cheia, sou música.
Sou doçura, sou amargo, sou veneno, sou antídoto.
Sou o que você não vê apenas olhando pra mim.

Sou feita de certezas, daquelas que entende que toda certeza se esvaece ao saber que muito de nada certo e fixo a vida tem. Porque todo nó, a força do tempo desata. Porém, tudo que o laço monta, a vida pode até desfazer, quando da hora se aponta, só que, da lembrança, nem tudo se pode esquecer. E das poucas certezas que se tem, sendo certo que as coisas se vão, certeza ainda melhor é do que fica dentro de nós, pois nem o saber do tempo consegue romper.

E mais uma vez, eu abri uma página sua de uma rede social e fiquei olhando sua foto. Como eu já sorri olhando praquilo, você não tem idéia. Mas das últimas vezes, infelizmente não era sorrindo que eu olhava.

Eu era a mulher que esperava sofridamente você voltar mas nunca deixou de te amar mesmo quando você ia.

Eu acredito que não existem heróis.
A gente pode ter pessoas realmente espetaculares, por exemplo, figuras espiritualizadas, religiosas, que são grandes modelos para a humanidade, mas na verdade, todo mundo é igual.
Eu não acredito que eu tenha uma verdade a mais. E principalmente a juventude.
Se a juventude cair nesse erro de acreditar que sim, elas inevitavelmente vão acabar descobrindo que o ídolo delas tem pés de barro.

Eu tô só vendo, sabendo,
Sentindo, escutando e não posso falar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

— Gosto da sua risada.
— E eu gosto que você me faça rir.
— Como se fosse a primeira vez.

Quanto mais louco fica o mundo, mais espaço eu tenho para ser louca e parecer normal. Isso não é bom?

Eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

eu preciso dizer que eu te amo
te ganhar ou perder sem engano
e eu preciso dizer que eu te amo tanto

e até o tempo passa arrastado
só pra eu ficar do teu lado...
eu já nem sei se eu tô misturando

eu perco o sono...

lembrando cada riso teu...
eu preciso dizer que

eu te amo, Tanto!

Cazuza

Nota: [Preciso Dizer que Te Amo]

Você bem que podia ter surgido na minha vida
vinte anos atrás, quando eu ainda tinha planos
quinze anos atrás, quando eu estava me formando
onze anos atrás, quando eu morava sozinha
dez anos atrás, quando eu ainda era solteira
seis anos atrás, quando eu ainda estava tentando
dois meses atrás, quando sobrava alguma força
ontem à noite eu ainda estava te esperando.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Fica combinado assim: você louco por mim, eu louca até o fim.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

E eu achei que seria diferente, achei que pelo menos dessa vez eu seria feliz. E pra variar, os finais foram iguais.

Eu não vou dizer que não vivo sem você, porque eu posso viver … só não gostaria de precisar.

Eu era uma menina, quando saí desta casa, há quatro meses. Por que não me disse que havia perigo entre os homens? Por que a senhora não me avisou?
As damas sabem contra o que ficar prevenidas, porque leem novelas que lhes falam desses truques; eu, porém, nunca tive ocasião de ler dessa maneira, e a senhora não me ajudou.

E eu sempre digo que posso ter uma solidão medonha, mas sempre vai haver um vasinho de flores num canto. A gente pode enfeitar a amargura.

Zelador

No domingo veio o Gustavo. Esse eu confesso que não é o que se pode chamar de irmãozinho, ainda que a gente já tenha tomado muitos banhos juntos. Mas olha, seu Zé, que menino mais fofo: veio me trazer um presente. Uma luminária super bonita, dessas de chão. Você não acha que ele mereceu aquele beijo que eu dei nele no elevador? Eu sei que o senhor viu, sei bem. E sei também que o senhor viu que não foi bem um beijinho inocente. Mas ele não merece? Um presente bacana desses, veja só! O senhor entende, né?
Na terça tava um silêncio danado na rua, a maior paz. E eu sei que acordei o senhor. O senhor tava lá dormindo escondidinho na guarita, não tava? E eu no interfone desesperada pra subir logo. Mas o senhor logo entendeu meu desespero, não foi? Não vou enganar o senhor não, pra esse eu dei mais do que um beijo safado no elevador e uma mordiscada irmã no braço. Pra esse eu dei banho e fiz até torrada no café da manhã. O senhor viu como ele era bonito? Nossa. Ah, o senhor reparou também que ele é bem mais novo do que eu? Caramba, seu Zé, mas tá tão na cara assim? Só porque ele usa o moletom da faculdade? Aliás, que moletom mais cheiroso, seu Zé.
Que será que tá acontecendo comigo, heim? Ando muito a fim desses garotinhos que ligam pra avisar a mãe que não vão voltar. Será que é a crise dos 30, Zé? Ou será que já que o cérebro de um de 20 é o mesmo que o de um de 50, então pelo menos vamos ficar com o melhor desempenho na corrida dos 100 metros rasos? Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma tora. Um macho.
Na quarta eu não vi o senhor, mas será que o senhor me viu chegando cedinho, com o dia amanhecendo? Balada, Zé. E da boa. Sabe quem tava lá? Esse mesmo. Ele que veio me trazer, o senhor não viu? Ah, o senhor viu? Que vergonha. Eu tava meio caindo pelas beiradas não era? Era sono. Tá, um pouco disso e um pouco daquilo também, mas basicamente sono. O senhor não viu ele indo embora? Então somos dois. Mas vou confessar pro senhor: adoro quando eles vão embora sem me dar nenhum trabalho. Se eu cobro? Que é isso, seu Zé! Tá louco? Sou menina de família! Escritora, publicitária e à espera de um grande amor. Mas to me divertindo, ué. Não é isso que mandam a gente fazer? Quando a gente chora e escreve aquele monte de poesia profunda. Quando a gente se apaixona e tudo mais e enche o saco dos amigos com aquela melação toda. Não fica todo mundo dizendo pra gente parar de tanto drama e se divertir? Poxa, tô só obedecendo todo mundo. Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa. Mas hoje é quinta, hoje tem visita. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. Amanhã é sexta, um novo dia. Um novo outro qualquer. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.

Tati Bernardi
To com vontade de uma coisa que eu não sei o que é

Para ser feliz, eu preciso estar ao seu lado em todos os momentos.

Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor...