Eu sou tudo e nada
Tá vendo? minha intuição nunca apita a toa. Não gosto de mentiras! Porque sou de verdade! Não gosto de ilusões, de falsas palavras e atitudes mentirosas.
Já fui inverno rigoroso, calor intenso de verão e folha seca de outono. Hoje sou primavera, uma nova estação.
Sou louca, tenho risada ridícula, sou pateta, sou insensível, posso ser antissocial, posso amar em segredos, posso ser quem quer que eu seja, mas vivo em um mundo onde eu mesma faço as minhas regras!
Sou nordestino...
Sou nordestino e tenho orgulho de ser
A minha terra é bonita e transparente
Gosto quando alguém me fala oxente
Que é coisa que no ouvido dá prazer
Mas eu tenho um recadinho para você
Que acha que é doutor de formatura
Eu sou mesmo comedor de rapadura
E até hoje não encontrei esse defeito
Porque todo portador de preconceito
Fica curado com uma dose de cultura
Já me cansei dessas mentes poluídas
Coisas de quem não tem o que fazer
Vão estudar um pouquinho e aprender
Que o nordestino já tem a alma sofrida
Mas ninguém é diferente nessa vida
Porque em Deus nasceu cada criatura
E em cada um pôs um tanto de ternura
Mas não pode o ser humano ser perfeito
Porque todo portador de preconceito
Fica curado com uma dose de cultura.
Eu sou nordestino e porque não?
O que importa se eu nascesse lá no sul
Nunca vi um céu que não fosse azul
Ou um peito que não bata um coração
Que diferença vai fazer a região
somos irmãos e precisamos ter postura
Quem passa fome ou se vive na fartura
Nesse mundo o que vale é ter respeito
Porque todo portador de preconceito
Fica curado com uma dose de cultura.
Estou mais feliz do nunca. Finalmente encontrei alguém com quem sou totalmente compatível. Não importa se ela é homem, mulher, hermafrodita ou um burro. A gente é compatível.
Não sou perfeita, nem dona da verdade, mas descobri que sou dona de mim e das minhas vontades... Então não espere que eu me esforce para te agradar, minha vida não depende de suas aceitações!
O silêncio da noite é meu refúgio, sou filho da escuridão, sou uma criança perdida e tristes. Já não sinto mais nada, somente medo.
Mas medo do quê?
Medo de mim mesmo?
Ou medo de tentar ser o que na realidade abominamos?
Não sei, hoje não procuro mais a felicidade, e sim a paz, acho que isto vai me consolar, saber que não sou feliz, mas saber que tenho paz em minha vida, paz e felicidade, seria bom juntas, mas me contento, aaaahhhhh como eu queria nossa, como queria, cara, falar o que eu acho, mostrar o que eu quero, viver o que eu sonho... mas algumas coisas me confortam...
O primeiro passo foi dado, resta seguir andando, começar de novo, antes que eu mergulhe novamente em minhas próprias tentações, em meu próprio vício... às vezes acho que sonho demais... acho que estou no caminho errado... porque acredito que meus sonhos são somente sonhos... enquanto vivo em um profundo pesadelo... Eu quero esquecer algumas coisas... mas como esquecer quem mais amo? Simples. Pare de amar. Mas como? Simples, pare de respirar!
Não me procure nas evidências.
Nem nas coisas fáceis.
Sou tão mais intensa.
Me escondo na delicadeza.
Na sutileza.
Atrás de um coração.
Eu só existo na
alma sensível,
de uma mulher
que você ainda não viu.
MINHA DEMÊNCIA
Não é fácil definir minha personalidade. Não a tenho. Um dia sou uma coisa (coisa literalmente); no outro dia sou outra. Vivo em constante metamorfose reversível, não como o personagem kafkiano que foi se transformando de gente em barata e nunca mais voltou a ser gente. Meu caso é diferente. Um dia me sinto muito gente, grande até. No outro me percebo como uma bosta fedorenta e desprezível. Tudo depende de como consigo aceitar ou não a loucura de um mundo formado por hipócritas, cretinos, violentos e, o que é pior, imbecis, já que, isso tudo somado, dá no que deu essa humanidade que integro, mas que abomino, desde que raríssimos são os que conseguem enxergar o óbvio. Quase todos são como vacas: seguem uns atrás dos outros, sem o cuidado de verem se quem lidera o rebanho tem capacidade para tanto. Mas o pior de tudo é que o mundo se divide em muitas boiadas, quase sempre comandadas por “touros” que se fazem senhores de todos, havendo mesmo aqueles que interferem nos destinos de quase todos os outros rebanhos. E os idiotas que vão atrás, por safadeza (os touros menores); preguiça mental, ou idiotia progressiva (os touros sem berros), sabem que não está bom, mas não se unem para tomar o comando para formar um sistema social onde todos comandem e ninguém mande, ou seja, onde cada um seja dono de si, respeitadas as individualidades para o bem-estar próprio de cada um ou do coletivo.
Isto posto, e como muitos males já me vêm de longa data, desde quando eu mal sabia como escrever uma carta anônima, mas identificável, para a desejável mulher do vizinho, comecei agora, já não muito longe dos finalmente da meia-idade, a perceber que uma certa demência pode aniquilar-me, se eu continuar dando apalpadelas nas bundas flácidas, fedorentas e horríveis dos meios políticos e sociais do mundo e do meu próprio país.
Informar-me já não me atrai com nenhum prazer; me deplora, deprime, convulsiona. A mesmice é um óbice repelente às forças progressistas, e o conservadorismo travestido de liberalismo falseia desavergonhadamente as idéias de um futuro solidário, de uma justiça independente, nunca refém da libertinagem ideológica da ditadura capitalista, do elitismo oligárquico ou individualista que estraçalha os seres de menor força e destrói o planeta a uma velocidade vertiginosa.
Ler as desgraças do mundo é algo que vem de encontrar-me apático, abatido, sem mais vontade de lutar, desde que o mal do ter sempre venceu a dignidade do ser e, à medida que o homem evolui em ciências exatas, ou mais se enfronha nos terrenos das humanidades, mais carrasco ele se torna, porque, paradoxalmente, a sabedoria o torna mais senhor de si e de outrem, prevalecendo mais e mais a falta de escrúpulos, de sentimentos de justiça e de “vergonha na cara”.
Ver e ouvir um político de cargo de comando ou de Leis, ou qualquer outro cargo de alto, médio ou baixo escalão, ocupar postos ilegitimamente (pelo voto da ignorância, por enxertos de recursos corporativistas, pelo dom maldito da palavra, rica de retórica e paupérrima em sentimentos), tanto em meu país quanto em qualquer parte do mundo, chega a causar-me uma sensação de ódio mortal e a tirar-me muitos momentos de sono e de serenidade.
Passo horas a fio analisando injustiças, indiferenças com o terrível sofrimento de bilhões de pessoas subjugadas pelo neoliberalismo nefasto e dadivoso com a cruel macro-economia que destrói o bom senso, que afasta homens sem caráter e nenhum escrúpulo dos problemas que impingem dores inenarráveis aos pouco bafejados pela sorte, ou que não tiveram como alcançar o reino do roubo, da corrupção e da insensibilidade.
Passei muitos anos da minha vida sonhando que um dia eu não veria mais famintos, nem seres como eu vivendo pelas ruas, sem-educação, sem-teto, sem-terras, sem-respeito, sendo violentados em seus legítimos direitos, desde que nascidos seres vivos pensantes.
As classes mas abastadas dão as costas a esses humanos que povoam o mundo em condições piores do que vermes, pois vermes estão sempre em seus devidos lugares. Não lhes interessa, ou por imbecilidade ou por medo de que desiguais se tornem mais iguais, repartir conhecimentos, bens morais e materiais. Então se arvoram de donos do mundo e, embora vão servir de comida para os mesmos vermes que devorarão os miseráveis, ou virarem cinzas num forno crematório, sempre julgam que isso é algo que o dinheiro pode até minorar.
Tudo isto (poderia escrever mil páginas) embalado e, caprichosamente instalado em minha mente, me assusta e me dá sinais inequívocos de que não posso mais pensar. Minha impotência e minha insignificância ante os direitistas mal informados, sempre deu em nada, e agora, embora ainda precocemente, sinto que posso caminhar para uma demência incurável e ficar louco de vez.
Não posso mais tolerar o que vejo nem assimilar o que leio e ouço, sem que estremecimentos me abalem de maneira assustadora. Tenho medo de perder de vez a razão e sucumbir definitivamente.
Assim, é uma questão de lucidez para a sobrevivência o meu afastamento total e irrestrito dos problemas que minha incompetência não me permitem nem permitirão jamais resolver. As forças do mal já contaminaram, combaliram e aparvalharam os cérebros formados sob a égide da moderna barbárie do neoliberalismo.
Está aqui decretado o fim de um contestador, Nada impedindo que novos fatos positivos venham alterar esta minha decisão.
Não sou apenas do tamanho dos meus sonhos, vou além, hoje poderia me definir, em erros, acertos, tristezas, alegrias... me definiria até por aqueles momentos de fúria, ou de intensa paz. Eu sou uma junção de sentimentos, cada um no seu devido momento... isso é viver, porque viver é sentir!
Sou a cada dia... Precisaria parar o tempo para dizer quem sou...Se digo quem sou... na realidade estarei dizendo quem fui,pois quando terminar de dizer... o tempo já não será o mesmo...terá passado...e terei sido... Só posso dizer que desde que me conheço...penso... e o pensamento me acompanha...cada dia com vestes diversas...algumas vezes ele aparece nú...outras vezes disfarçado...mas sempre me espanta!!! É o pasmo essencial!!! Pois o espanto é o motivo do ser!!! É quando ouso...É onde eu habito! Simplesmente no pensamento...no tempo...pois só nele eu fui, sou e serei...a cada instante!!!
O mar escuro
Trará o medo
Lado a lado
Com os corais
Mais coloridos...
Valeu a pena
Sou pescador de ilusões
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